Capítulo 4

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Nat: Verônica, precisamos parar com isso de uma vez por todas e precisamos começar por aqui.

Ela olha para Verônica, que estava sentada com as mãos na cabeça apoiada no joelho, nervosa.

Nat: Eu sei muita coisa sobre essa porra toda aqui no Brasil, mas você é a única que pode se infiltrar.

Verô: Por que eu sou policial ou porque seu português é horrível?

Yelena dá risada olhando para elas.

Verô: O seu também não fica muito longe, Yelena.

O telefone de Verônica não para de tocar por uma hora já.

Verô: Eu preciso ir, já é meia-noite. Paulo deve tá surtando de preocupação com as crianças.

Verô olha para Natasha e suspira.

Verô: Me bate.

Nat: O que?

Yelena: Enlouqueceu de vez.

Verô: É meia-noite, eu preciso ir pra casa e preciso de uma desculpa do porquê eu não cheguei e não atendi o telefone. Ou você quer que haja desconfiança?

Nat suspira olhando para ela e dá um soco no rosto dela com força.

Verô: Só isso?

Ela diz em um gemido de dor ofegante e sente Yelena dar um chute no seu estômago, e Natasha dá uma joelhada quebrando seu nariz.

Nat: Desculpa.

Ela diz ofegante, vendo Verônica levantar do chão gemendo de dor.

Verô: Tá tudo bem... Não liguem, eu procuro vocês.

Ela diz saindo de dentro do celeiro com dor e vai para casa, tentando entrar em silêncio, sentindo o sangue escorrer de seu nariz. Quando acende a luz, vê Paulo sentado com expressão de preocupação que só se agrava vendo o rosto ensanguentado de Verônica.

Paulo: Verônica? O que aconteceu?

Ele diz levantando rápido, indo até ela, colocando a mão no seu braço, ouvindo ela gemer de dor.

Verô: Eu tô bem...

Paulo: Bem? Porra, você viu que horas são? Olhou seu telefone? Ninguém do seu trabalho sabia onde você tava, meu! Você tá com o nariz quebrado, Verônica.

Verô: Eu tava seguindo uma pista... fui sequestrada, mas consegui fugir.

Paulo: Vem, vou te levar pro hospital.

Verô: Paulo, meu amor, olha pra mim.

Ela diz segurando o rosto dele.

Verô: Se eu for, vai acabar com a operação, okay? Eu tô bem, eu coloco meu nariz no lugar. Eu só preciso de remédio e minha cama, okay?

Ele suspira acariciando sua cabeça e olha pra ela.

Paulo: Eu achei que algo tinha acontecido com você.

Verô: Vai pra cama, tá bem? Eu vou tomar um banho e dar um jeito de por meu nariz no lugar.

Paulo: Tá... eu... eu vou subir.

Ele suspira e sobe as escadas. Verônica vai para o banheiro do andar de baixo e se olha no espelho, colocando as mãos no nariz e respira fundo, colocando ele no lugar, dando um gemido baixo de dor, sentindo sua cabeça latejar. Sobe as escadas, toma um banho longo e deita na cama, ainda tentando processar tudo que aconteceu e sentindo dor em todo seu corpo. Vira para o lado e olha Paulo olhando pra ela.

Bom dia VerôOnde histórias criam vida. Descubra agora