Capítulo 1

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Era uma manhã como qualquer outra, dia 13 de fevereiro de 2020. Verônica normalmente acordaria às 6 da manhã para se preparar para uma rápida corrida, banho e ir para a delegacia trabalhar. No entanto, naquele dia, Verô acorda uma hora antes de seu despertador, completamente suada depois de um pesadelo estranho que a fez sentir-se horrível e com muito medo.

Verô: Jesus.

Paulo: Verô, o que foi, amor?

Ele diz olhando para ela enquanto ela se senta na cama assustada, sentindo ele acariciar seu braço. Ela suspira sentando na cama ofegante, olhando em volta em seu quarto até que seus olhos pousam no relógio e vê que ainda são cinco da manhã.

Verô: Pesadelo, amor. Estou bem, volta a dormir, vou trabalhar.

Paulo: Verônica, fala comigo, amor. Pesadelo sobre seu passado de novo, não é?

Verô: Eu estou bem, dorme.

Verônica levanta da cama indo direto para o banheiro, olhando seu rosto no espelho e suspirando, dando um bocejo em seguida, tentando esquecer seu sonho. Toma um banho demorado e decide ir mais cedo para a delegacia, que está completamente vazia, exceto por seu melhor amigo, Nelson (TI da delegacia), que está na mesa da escrivã olhando arquivos.

Verô: O que está fazendo na mesa da Giovana, Nelson? Meio cedo para roubar arquivos, não acha?

Ele sorri ao vê-la e pega uma pasta na mão, olhando ela segurar sua jaqueta e sua pasta.

Nelson: Caiu da cama, foi? O que a investigadora criminal mais linda de São Paulo está fazendo às 6 horas da manhã na delegacia?

Verô: Todo caso é urgente, né Nelson.

Nelson: Algum problema com as crianças?

Verô: Não... só não dormi bem.

Verônica olha para ele e toma café, suspirando.

Verô: Eu não sei... tive um pesadelo sobre minha infância... quer dizer, não sei se foi pesadelo ou lembrança, estava tudo muito confuso.

Nelson: Pensei que você não lembrava quase nada da sua infância.

Verô: E eu não lembro, só flashes. Tudo na minha vida até meus dez anos é um completo borrão na minha mente. A única coisa que eu sei é que falo seis línguas diferentes e que nasci aqui no Brasil, mas fui levada para os EUA e depois lembro de ser adotada com 11 anos aqui no Brasil mesmo.

Nelson: Você nunca foi atrás para saber?

Verô: Claro que fui, né Nelson? Acha que eu sou o quê? Idiota? Mas é sempre a mesma história,
talvez eu ligue para tia Helo

Nelson: Okay, estressadinha... E seus pais?

Verô: Já falei para não falar sobre meus pais, Nelson, e eles nunca me disseram nada, sempre me enrolaram. Não sei...

Nelson: Ok... sonhou com o quê?

Verô: Eu estava em um quarto... luzes estavam apagadas, tinha uma porta de metal enorme e quando as luzes acenderam eram vermelhas. Tinha duas meninas comigo, uma acho que mais nova que eu e outra não muito mais velha que eu... elas começaram a gritar meu nome e aí eu acordei.

Nelson: Bizarro, muleque.

Verônica suspira olhando para ele.

Verô: Vai me falar o que estava fazendo na mesa da Giovana e que pasta é essa?

Nelson: Tenho um caso para você, Verô. Você vai adorar.

Ele entrega a pasta para Verônica, que abre, olhando.

Nelson: A delegada Anita quer manter isso fora das suas mãos e das mãos de qualquer um que possa descobrir o fundo dessa porra aí. Eu roubei da mesa dela hoje de manhã. Faz dias que eu
estou observando ela, por isso eu estava na mesa da Giovana, para ninguém desconfiar.

Bom dia VerôOnde histórias criam vida. Descubra agora