2|| Wi-fi

89 15 5
                                    

Ouço a batida na porta e gemo de dor

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ouço a batida na porta e gemo de dor. Não consigo abrir os olhos, a dor de cabeça está me matando.
A batida se repete e meu pai entra falando alto, me fazendo protestar.

— Desse jeito vai perder o primeiro dia de aula, Mel.

— Tô com enxaqueca de novo, pai. Não consigo abrir os olhos, quem dirá ir pro colégio hoje. — Murmuro cobrindo a cabeça. — Deixa as cortinas fechadas por favor.

Sinto o colchão se afundar quando meu pai senta na beira da cama.

— Vou te levar ao médico, essas dores de cabeça não são normal.

— Pega um remédio para mim. — Peço gemendo de novo ao sentir uma pontada forte na cabeça.

Ouço os passos do meu pai saindo do quarto e quando ele volta me estende um copo de água e um comprimido. Coloco o remédio na boca sentindo o gosto amargo e bebo a água de uma vez, entregando o copo novamente a ele.

— Vou pedir para a Annabeth vir ficar com você. — Fala, referindo-se a sua secretária.

— Não precisa, pai. Eu não vou sair do quarto, mesmo.

— Tem certeza? — Resmungo um sim deitando com cuidado — Qualquer coisa liga que eu venho correndo.

— Tenho. Além disso, a Bianca está aqui. — Falo me referindo a nossa governanta — Pode deixar, que se alguma coisa acontecer eu ligo. — Sorrio na tentativa de tranquilizá-lo — Te amo. — Sinto seus lábios encostando na minha testa antes dele se afastar.

— Também te amo, Mel.

Depois que ele sai, fico deitada quieta e acabo adormecendo. Não tenho qualquer sonho, apenas uma sensação estranha de que algo mudaria. Sempre odiei quando me senti assim, isso é uma merda, saber que alguma coisa importante vai acontecer, mas não saber o que e nem quando.

Quando desperto, ouço um barulho alto de música eletrônica, a dor na cabeça diminuiu um pouco, mas a cada batida que a música dá, parece que é dentro do meu cérebro.

A contragosto levanto e desço até a cozinha, preciso de água pois minha boca está seca e ardendo. Pego um copo no armário e encho na pia, virando de uma vez.

O som irritante parece vir da casa da frente, preferia mil vezes quando a casa fantasma estava vazia, assim minha paz não era perturbada.

Vou até o sofá da sala sentando no estofado macio, fecho os olhos massageando a têmpora na tentativa de amenizar a dor. De repente a campainha toca, decido ignorar, mas a pessoa insiste em me perturbar.

Levanto e sigo até a porta tendo uma surpresa ao abri-la. Parada com um sorriso no rosto, está a garota que vi entrando na mansão na madrugada.

— Oi. — A voz doce fez meu estômago revirar — Eu sou Mona Lisa. — Continuo a encarando me perguntando o que eu tenho a ver com isso. — Escuta — ela passa a mão pelos cabelos castanho-avermelhados, que descem até abaixo do ombro — Aconteceu alguma coisa com nosso Wi-fi e o técnico só vem amanhã, será que você poderia emprestar o seu?

A Queda Do Anjo Rebelde (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora