família

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Eu me chamo Kelly, tenho 12 anos

Eu estudo em uma cidade pobre e não muito conhecida, meu pai morreu e a minha mãe vive com meu padrasto idiota. Eu sou filha única mas queria ter a companhia de um irmãozinho.

Em uma praça sentada em um banco isolada, olho para os lados e não a muita gente, a um cara fazendo caminhada, uma mulher com um carrinho de bebê em quanto fuma... E uma garotinha na grama, parece ter no máximo uns 8 anos.

Eu a observo brincar até que sinto uma sensação de está sendo observada, atrás de mim eu sinto um arrepio na espinha e o gelo, vocês já sentiram como se alguém estivesse respirando perto do seu ouvido ou pescoço? Essa foi a sensação...

Eu viro rápido arrastada e me levanto, não vejo ninguém mas a quela sensação ainda não se vai em bora, me sinto aterrorizada até virar novamente olhando para a menina... De repente ela sumiu, eu fico confusa... Pós ela estava bem ali

Eu fico confusa e saio do lugar rapidamente, sem pensar muito. Eu não gosto de ficar em casa por isso que sempre depois da escola eu vou passar em pracinhas, essa é a primeira vez que acontece algo assim comigo. Ah quela sensação não sai da minha cabeça e a garota, mas eu não posso fazer nada

Vou para casa e antes de bater na porta eu já escuto meu padrasto gritando com a minha mãe, eu até hoje espero o dia em que ela vai larga-lo de uma vez. Meus olhos enchem de lágrimas e eu não bato na porta, apenas entro indo rápido para o meu quanto.

- ei sua pirralha, aonde que você estava em? Sua mãe precisando de você em casa, você é uma inútil mesmo, VOLTA AQUI GAROTa - ele vem atrás de mim gritando quando me ver mas eu apenas coloco as mãos no ouvido e corro.

Me tranco no meu quarto e me jogo na cama, o resto da noite eu chorei feito uma condenada no breu.

(Dia seguinte)

Eu vi o sol nascer e esperei bater a hora de ir ah escola já arrumada, com o sorriso destróido e os olhos inchados de tanto chorar desço as escadas e me deparo com a minha mãe já arrumando as coisas.

A sala está cheia de garrafas de vidro de cerveja, um prato com comida e rato de baixo da mesa, parece que eu moro em um lixão.

- boa sorte na escola filha - abraço ela e dou um beijo na testa dela - meu amor eu tenho um dinheiro para você comprar lanche tá bom? - ela me dá umas moedas e uma nota de 2 reais.

Era tudo que a minha mãe tinha dependendo do meu padrasto. Sorrio para ela gentilmente quase chorando novamente guardo o dinheiro e saio de casa indo para a escola.

Hoje será mas um dos meus dias, onde o passeio de ida e volta e longo, na escola com a queles bando de mulekes barulhentos e na praça onde só oque eu penso é em não voltar para casa.

Hoje será mas um dos meus dias, onde o passeio de ida e volta e longo, na escola com a queles bando de mulekes barulhentos e na praça onde só oque eu penso é em não voltar para casa

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É verdade que todo mundo tem um sonho e um desejo que alguns de nós lutam por eles, não é o meu caso, não é o meu caso porque não acho que vou conseguir... Meu desejo é que a minha mãe fuja e seja feliz, feliz com alguém que a mãe como meu pai que se foi e deixou um grande buraco no coração dela.
Eu nunca vi ela sorrir como sorria com meu papai, como ela era feliz. Eu sei que não vou conseguir que ela seja feliz porque ela está presa nesse homem, ela não tem para onde ir porque depende dele para tudo... Minha mãe depende das mérrecas desse traste. Isso me dói o coração

Chorando na praça abraçando os joelhos de cabeça baixa, em baixo da chuva intensa.





Continuação...

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