Para Sempre Minha Garota |FINALIZADA|

Capítulo 32

O relógio marcou três da manhã em ponto, mas o celular começou a apitar sem parar.

Thomas acendeu o abajur e pegou o aparelho que estava em cima da mesinha no canto da cama dele o retirando do carregador, levou ele em frente ao rosto.

Ainda sonolento, ele esfregou os olhos antes de fixar na tela. Havia inúmeras notificações de notícias, de Duskwood.

Ele ainda não havia desbloqueado o aparelho, mas pela barra de notificações parecia ser de um vídeo do hacker, Thomas se ajeitou na cama, desbloqueou rapidamente o celular e começou a ler. 

Um novo vídeo feito por um hacker acusa o governo de ser sujo e de estar com as mãos manchadas de sangue… 

Thomas esfregou os olhos e abriu o vídeo para ver do que se tratava todo aquele alvoroço. Ao assistir ao filme, ele começou a sacudir a Hannah que dormia ao seu lado. 

— Hannah — Thomas a sacudiu sem tirar os olhos do celular. — Acorda Hannah. 

— Ai, Thomas, o que foi? — Hannah disse sem se virar para ele. 

— Um vídeo está circulando nas redes… 

— Você está me acordando para ver um vídeo? Volta a dormir. 

— O vídeo está falando do Jake e da Laisse. 

Hannah se levantou e pegou rapidamente o celular das mãos do Thomas e deu play no vídeo. 

***

Na cabana onde ocorreu o Assassinato. 

Aquele lugar estava vazio.

Seus passos começaram lentos, sem pressa olhou todo aquele lugar que um dia estava cheio de risadas e agora não passava de um lugar frio e sem vida.

Passou pela sala e subiu as escadas, abriu a porta do quarto e pegou o papel que estava em seu bolso.

Caminhou até o guarda-roupa e pegou um pendrive e passou tudo do computador para ele, pegando tudo que estava lá dentro sem deixar nada para trás. 

Desceu as escadas carregando uma mala de rodinhas que teve que segurar firme ao descer o degrau e foi para fora da cabana, deixando tudo no porta-malas.

Voltou para dentro da casa e pegou uma cadeira a levou para fora e subindo nela avistou a primeira câmera que havia ali.

Suas mãos seguem até ela a retirando dali teve que levantar os pés, pois não dava altura e ao alcançar a colocou no bolso da enorme blusa de frio.

Ainda em cima da cadeira olhou em volta e observou uma árvore se lembrando da gravação lembrou se que lá havia uma segunda câmera. 

Desceu da cadeira e a levou até a árvore onde subiu e pegou a segunda que estava escondida ali, fez o mesmo colocando no bolso da blusa e descendo.

Andando seguir para trás da casa que sabia haver outras duas câmeras, todas muito bem escondidas.

Procurando as encontrou, as duas estavam apontadas para a floresta, mas de lados opostos. 

As câmeras foram retiradas e levadas para o bolso da blusa, pegou de volta a cadeira a levando para dentro da casa onde outras duas que haviam na área interna.

As procurou e as tirou, no total havia seis câmeras.

Novamente fechou a porta que estava trancada com uma chave que tinha e saiu deixando tudo do jeito que encontrou.

Entrou no carro e deu partida sem olhar para trás. 

***

Sentou-se na ponta da cama olhando para os computadores e todos os equipamentos retirados da cabana.

Tudo estava organizado do mesmo jeito que antes, pegou o pendrive que estava em seu bolso com as câmeras e colocou sob a cama. 

Foi até a mesa onde o equipamento estava e pegou seu notebook voltando para a cama pegando o pendrive conectando-o ao seu aparelho eletrônico.

Ali estava a prova de que o governo incriminou o hacker e que ele é inocente pela morte da esposa e do bebê. 

Sentiu seu sangue pulsar na veia, a raiva estava lentamente consumindo tudo dentro de si.

Eles mentiram e o hacker não matou ninguém, mas levou a culpa.

Seu olhar seguiu a cada cena, a cada detalhe e a cada movimento que Laisse e os federais deram durante toda a gravação. 

Eles nem imaginavam estarem sendo gravados, agora teriam que agir cautelosamente se quisessem defender o hacker por um crime que ele não cometeu.

Sabia muito bem onde isso daria, ao revelar isso os federais começaram uma busca implacável até prender o verdadeiro responsável por expôr o governo uma vergonha dessas. 

Entendia todos os riscos, mas como poderia deixar um inocente sendo acusado por um crime no qual o governo é responsável? Faria a coisa certa. 

Aquela cena ferveu sua cabeça tanto que imediatamente arquitetou um plano, o mais arriscado de todos os planos.

Decidiu que aquele ato de violência não ficaria impune e os culpados pagariam.

Se levantou e pegou o notebook o levando para a mesa, pegou a roupa com uma carapuça a mesma que Jake usava e organizou um lugar ali mesmo no quarto.

No computador tinha tudo que precisaria para seu primeiro ato de justiça. 

Direcionou a câmera para si e apertou o play.