Para Sempre Minha Garota |FINALIZADA|

Capítulo 27

— Senhor — um policial o chamou, ele estava agachado perto de Laisse. — Ela ainda respira. 

— O quê? — ele disse se aproximando. — Isso não é possível, ela levou um tiro no peito. 

— Ela está respirando o que devemos fazer? 

— Eu… 

— Senhor — um segundo oficial chegou. — Se me permite, acho que tenho uma ideia que pode ser útil. 

— Então diga logo — disse o homem olhando para ele. 

— Eu pego ela e a levo para um hospital… 

— Mas já chamamos as autoridades. 

— Sim, eu sei disso, mas podemos dizer que ela ainda estava viva e que a levamos para a emergência na esperança de salvar eles. 

— Onde ganhamos com isso? Ela sobrevive e conta para eles que atiramos nela — o oficial se levantou e se aproximou do chefe. 

— Ele está certo. 

— É muito pouco provável que ela vá sobreviver, mas podemos ganhar pontos com o pai dela, sendo um ex policial muito influente, e de todo caso o hacker levará a culpa, ajudando a moça mesmo que ela não sobreviva é um ponto a mais para contar aos superiores. 

— Você está certo — disse o chefe. — O ajude a levar ela para o carro. 

— Se o senhor permitir também quero levar outro oficial para me ajudar. 

— Faça como queira desde que isso nos dê pontos. 

Os dois oficiais pegaram Laisse e a levaram para dentro do carro. Ao chegar, um terceiro oficial estava aguardando no banco do motorista. 

— Vamos logo.

Ele entrou junto de Laisse no banco de trás, ele colocou a cabeça dela deitada em seu colo e o seu parceiro deu partida indo para o hospital mais próximo, Duskwood. 

— Você acha que ela vai sobreviver?

— Não sei, ela ainda respira e isso é um bom sinal. 

— Bom, se ela sobreviver, então será ótimo. 

— Estou começando a acreditar que o amor é o poder mais forte deste mundo, ele enfrenta até a morte. O coração dela está fraco, vou te falar que se me dissessem eu não acreditaria, ela levou um tiro no peito e ainda respira. 

— Estamos chegando. 

— Ligarei para o doutor Romero, me passe o celular.

O motorista passou o celular para o seu amigo de atrás que digitou o número e o levou no ouvido. 

— Alô. 

— Doutor Romero, sou eu. 

— Estou a caminho de uma cirurgia. 

— Deixe que outro médico faça isso, preciso que me ajude. Estou a caminho do seu hospital com uma mulher grávida de cinco meses, ela levou um tiro no peito e o estado dela é grave, pode ter atingido o coração… 

— Se atingiu o coração ela já deveria estar morta, isso é impossível. 

— Eu sei, mas ela ainda respira, se não acredita em milagres então passará a acreditar, preciso que arrume todos os equipamentos para retirar a bala, eu ainda tenho esperança de que ela sobreviva. 

— E a criança? 

— Não sei dizer… 

— Venha o mais rápido possível e eu estarei esperando, se existir alguma chance de salvar a vida dela então eu o farei.