Prólogo

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Desconhecido: Lai, tem uma escotilha no chão perto da cachoeira no Grimrock. Abaixo disso há um túnel que leva à Mina Ironsplinter, é onde a Hannah e o Richy estão. 

Laisse: Por que você está me contando isso? 

Desconhecido: Vou deixar os dois irem sob uma condição. 

Laisse: Que condição? 

Desconhecido: Eu quero que você venha para Duskwood. 

Laisse: O quê?!

Desconhecido: Ninguém vai se machucar. 

Laisse: Por que, Michael? Você realmente acha que eu acredito em você? Depois de tudo que você fez? 

Desconhecido: Venha até o Grimrock e eles estão livres para ir. 

Desconhecido está agora offline

Laisse colocou o celular sob a cama e se levantou, ela foi até a janela e se virou encarando o aparelho.

Ela levou a mão no cabelo e retirou bruscamente a buchinha que o prendia revelando seus cabelos longos. 

A mulher voltou para a cama e se sentou novamente, mas não pegou o celular, ainda não o pegaria.

Pensaria em tudo, nos prós e contras de toda essa situação e o que estava em jogo devido a essa gata cega que o sequestrador estava jogando. 

“É um jogo perigoso Laisse”, disse a si mesma olhando para o aparelho sob a cama. 

Michael a queria, ele a queria e por mais que isso fosse assustador e estranho, Laisse viu ali uma oportunidade de ajudar seus amigos.

“Algo estranho”, pensou Laisse.

Michael chamou pelo nome, um sentimento duvidoso começou a passar pela cabeça dela. 

Mas aquela transmissão que Michael a enviou foi a prova de que ela precisava, e aquilo era muito mais do que ela poderia imaginar.

Há algumas semanas Richy foi atacado na sua frente, isso desencadeou em Laisse uma força surreal.

Jessy foi marcada e não podemos esquecer dos atentados contra o grupo e contra a própria, que recebeu inúmeras ligações e mensagens de ameaças. 

Mas agora poderia ser diferente, era diferente ou talvez ela queria que fosse. 

Michael a chamou até ele por um motivo, e por mais que Laisse não soubesse o que aconteceu com o senhor Hanson para tomar essa atitude ela estava pensando seriamente em aceitar o convite dele. 

Hannah e Richy estavam vivos, eles estavam vivos e precisando dela. Sentia um medo “é claro que estou com medo, me sinto apavorada”, disse. 

Um frio na barriga que a dava calafrios na espinha e aquela parecia uma ótima emboscada e se ela fosse cairia direitinho na armadilha que ele planejou. 

Laisse não poderia apenas contar com a palavra de um sequestrador, ela precisava de mais do que isso, mais do que a palavra de um louco.

Mas naquele momento ela não tinha nada, nada além de algumas mensagens trocadas com Michael, uma prova de que ele é extremamente instável, porém calculista em cada passo que deu até aqui, até esse momento. 

Agora Laisse tinha que prever o que poderia acontecer, ele certamente a queria para uma conversa “não seja ingênua”, pensou Laisse consigo mesmo. 

Pode ser uma armadilha para matá-la. 

“E se ele tentar me matar?”, pensou Laisse. “Você já passou por situações assim antes, então pense Laisse o que fazer?”

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