⋆ "apresentações" ─ capítulo 3 ⋆

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A repercussão formada em minha mente, tentava lembrar aonde já ouvi aquela voz, mas em tudo que eu já havia armazenado, nada explicava de onde conhecia aquela tonação vocal. Estava sendo inexplicável, e forte pra caralho o questionamento intercalado a falta repentina de memória. Era como se eu estivesse em uma sala branca, que cegava meus olhos, porém eu prosseguia tentando procurar algo mais claro que os tons da parede, mas não achava, pois estava cego.

Eu tentei recordar de todos os lugares possíveis aonde já escutei essa voz. De bares, clubes, mercados, lojas... Mas meu cu caiu das calças ao ver Tommy passando pela porta, caminhando de vagar, com um sorrisinho estranho e peculiar preenchendo as facetas do seu rosto.

Ao Tommy aparecer, a sala se tornou completa por alegria e comoção de quem conhece a figura - por quem não o conhecia, não tendo-o como amigo ou íntimo, sobrou-lhes a dúvida.

Rapidamente minha visão correu a Hivi. Sua instigação pela revelação repentina é tão transparente como vidro. Em seu cérebro além de rodar o sangue quente, há misturada a reflexão precoce do aparecimento do primo, com entusiasmo.
Seu rosto transcreve o que ela sente; em seus lábios um semi sorriso de canto trazendo a felicidade, sua testa e sobrancelhas cerradas revelam intrigação, suas bochechas imóveis captam a essência da supressão, e seus olhos, reluzem a felicidade, transbordam sentimentos.

Ao voltar a correr meus olhos a cima, pela passagem que Tommy entrou no cômodo, uma sombra corria em direção a porta, agitada, e com pressa. Minha visão seguiu a sombra, até vê-la realmente nas paredes da sala, indicando que a quem ela pertence, está aqui.

Elevo o olhar, encontrando a porra do Nikki Sixx.

Meus lábios se entre abrem, expressado indubitável surpresa.

É óbvio que eu estou feliz, não haveria dúvidas de que não estivesse. Garanto haveria mais felicidade se houvesse uma circunstância aonde eu poderia beijar a prima do Tommy, porém, vamos abafar o caso.

Agora não seria - e nem é - o momento mais adequado para tais pensamentos, mas eu quero beijar aquela garota. Ô se quero!

Entre tantos fatos e pessoas, me incomoda um pouquinho estar sobre o mesmo teto que Nikki Sixx e ambos Lee. Suponho que nenhum dos três tenha todos os parafusos da cabeça no encaixe devido, e eu poderia ser considerado ainda mais maluco por estar interessado pela garota.

Escutei rumores divididos em fragmentos do que Tommy e Hivi já haviam feito. Algumas partes das histórias sempre chegaram a meus ouvidos alteradas, aumentadas, por tal nunca acreditei por completo; mas eu já havia dito que a dulpa unida incorpora o capeta, então apenas fodasse. Contudo, Nikki Sixx meus caros amigos, é um ícone do desastre - um desastre proposital, o que transfigura-o a pior.

Como sempre, havia alguma merda explosiva rolando nos miolos de Sixx, e simplesmente, ele o colocaria em ação, através de uma garrafa de Jack Daniel's cheinha.

Nikki, percorre o pequeno corredor encontrado nas alturas das escadas, avançando na direção de Tommy. Ele ri abestalhadamente, como se estivesse chapado; estivesse não, acredito que está pela estranhesa de sua alegria, e presumo que possivelmente esteja bêbado.

A garrafa presa em suas mãos, miravam o crânio de Tommy, seus pés avançam de maneira ligeira, mas dava para perceber que seus movimentos estavam embriagados, e sua boca reproduzia o mesmo risonho morfanho e bizarro.

Apertei meus olhos, focando a visão no rapaz, avistando então seus dedos se pressionaram contra a garrafa, e Nikki, tendo certeza de que ela não escoregaria de suas mãos, mirando certeiramente, para não errar de forma alguma, a nuca de Tommy. Mas a garrafa simplesmente evapora de suas mãos. Isto, no instante em ele passa pelo grande homem ruivo.

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