Capítulo 7

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Apo POV

Mile tinha ido realmente preparado para colocar seu plano em prática, ele troca o terno caro por jeans e camiseta, e ainda assim continua exalando riqueza, em seu pulso um relógio que deve custar mais do que um ano de salário meu.

- Também trouxe roupas para você – avisa.

- As minhas já são boas o suficiente para um "encontro".

- Não para um chefe da máfia, coloque pelo menos uma grife, entenda como um presente. Se estiverem nos seguindo de perto, perceberão que você trocou de roupa depois de entrar no hotel, isso dará algo para sua imaginação. – o sorrisinho irritante está de volta ao seu rosto.

Olho para roupa que ele me entregou e apesar de parecerem simples todas as peças tem nomes de marcas caras que mal sei pronunciar. Já percebi que de nada adianta discutir com ele, no fim ele vai sempre conseguir o que quer, por isso troco de roupa e volto para a sala.

- Vamos – ele diz já pegando minha mão e me puxando para sairmos do quarto. Assim que a porta se abre Nodt assume uma posição de guarda.

- Não precisa me seguir, Nodt, já tenho um policial comigo – vejo a boca do guarda costas se abrir mas antes que ele fale algo Mile o cala – Isso é uma ordem. Vá para casa. – Dessa vez Nodt apenas se curva e nós deixa ir.

Quando saimos de dentro do elevador o mafioso logo trata de segurar minha mão novamente, seguro o ímpeto de revirar os olhos. Na porta do hotel um porsche cayenne azul escuro nos aguarda, gosto de carros, sempre gostei, então não nego que me senti um pouco, apenas um pouco, animado para andar em uma máquina dessas.

- Deseja dirigir? – como que ouvindo meus pensamentos Mile pergunta.

- Tá falando sério? – não consigo manter a postura – Seria foda dirigir um desses.

Ele pega a chave com o manobrista e me entrega.

- Vá em frente – diz apontando para que eu entre no carro – Te dou as coordenadas de onde vamos.

Me apresso e tomo o assento do motorista, o carro é ainda mais magnifico por dentro do que é por fora, completamente tecnológico e confortável.

- Então, para onde vamos? – tento soar menos animado.

- Primeiro, vamos visitar um dos meus negócios – meus olhos se arregalam – Um dos meus negócios legalizados, Apo. Eu não seria louco de levar um policial em outro tipo de negócio.

- Pelo pouco que te conheço, já posso dizer que você é louco – dou a partida no carro e o som do motor é como música para meus ouvidos. Mile ajusta no GPS a localização e eu apenas sigo os comandos.

Não estamos muito afastados do hotel quando noto que um outro veículo está nos seguindo.

- Estão atrás da gente.

- Sim, já tinha percebido, desde que saímos do hotel, como esperado – Mile sorri e se inclina, falando baixo em meu ouvido – Deixe-me ficar assim, um pouco mais perto, para que eles vejam.

Um arrepio percorre meu corpo.

- Você vai aproveitar cada oportunidade, não é? – tento me concentrar na estrada.

- Cada. Uma. Delas. – ele diz pausadamente e mordisca o lóbulo de minha orelha, agora sinto meu sangue fluir para outro lugar – Uma coisa interessante dessa roupa que te dei – Mile olha para baixo – É que o tecido é fino o suficiente para se notar um pau duro facilmente.

- Você está me desconcentrando, quer perder seu carro caro? – o afasto com o braço.

- O carro tem seguro e airbag, além de que posso comprar mais dez desses se me der na telha, agora, a chance de te ver excitado com apenas algumas palavras não acontece todo dia, ainda – ele volta a se aproximar e a sussurrar – Vamos, Apo, vamos dar um pequeno show para eles – A mão de Mile começa a descer pelo meu corpo, começando pelo peitoral e parando em minha ereção. Minha libido está no limite e não tenho mais força de vontade de nega-la por isso eu mesmo desabotoou a calça.

- Finalmente, estava me perguntando quanto tempo mais você pretendia dificultar nossa vida.

A mão quente de Mile começa a me masturbar enquanto sua boca beija e chupa meu pescoço, gemidos escapam da minha boca e mal consigo me concentrar na porra do trânsito enquanto ele movimenta sua mão para cima e para baixo. Começo a parar o carro no acostamento.

- O que está fazendo?

- Vou te foder no banco de trás – digo sem hesitar – Quer show melhor que esse?

- Apo, geralmente, eu não sou caça e sim caçador mas por você, abrirei uma excessão. – consigo ver em seu rosto sua animação e excitação, ele passa a acariciar minha glande com seu polegar e eu solto mais um gemido.

As pessoas que nos seguem e até mesmo Build é apenas uma desculpa, eu estou ansiando pelo corpo desse homem, quero sentir como é estar dentro dele, quero ouvi-lo gemer assim como eu.

O mafioso pega em seu porta luva uma caixa de camisinhas e lubrificante.

- Você anda sempre preparado? – não nego a surpresa.

- Nem sempre – ele ri - mas já esperava que precisariamos em algum momento, só não esperava que seria usado em mim.

Fecho minha calça e passamos para o banco de trás. Mile não perde tempo, o homem com mais de 1,80 sobe em cima de mim e passa a beijar-me ferozmente, sua lingua invade minha boca, ele está sedento e isso apenas me enlouquece mais. Minha mão se apressa em sua calça abrindo desajeitadamente o botão e ziper, agarro sua bunda com tanta força que quero deixar minhas digitais marcadas.

- Apo – ele geme em minha boca e é como gasolina em uma fogueira, não aguento mais a pressão em minhas calças, jogo Mile no banco, arrancando sua roupa e a minha. Ambos estamos completamente duros e nossos olhos se encontram, uma mistura de desejo e expectativa.

Passo lubrificante em meu dedo indicador e médio, abro as pernas de Mile, levo meus dedos para sua cavidade anal, massageando o local, com delicadeza empurro os dois dedos para dentro e o mafioso geme novamente, eu gosto desse som, gosto demais, por isso continuo movimentando meus dedos e com minha mão livre passo a masturba-lo.

- Porra, Apo, eu vou acabar gozando, para de me provocar e me come.

A pressão em meu pau é tão grande que também não aguento continuar por muito tempo, mas não posso evitar o jogo de gato e rato. Retiro meus dedos e coloco a camisinha, meu parceiro me observa a todo momento, quase implorando para que eu entre. Me inclino sob Mile, nossos rostos grudados, posiciono meu membro em sua entrada e começo a deslizar suavemente enquanto observo seu rosto, apenas sua expressão já seria o suficiente para me fazer gozar, mas ele é tão apertado que me faz gemer a cada centimetro que entro.

- Está tudo bem? – ainda tenho a lucidez de perguntar.

- Sim, continue – Mile diz em um fio de voz.

Sou obediente, faço como me diz e depois de alguns segundos começo a me movimentar, cada vez mais rápido até que o estou fodendo e sinto como se o carro pudesse virar de tanto que estamos balançando.

- Apo – o outro agora grita – AH! – Mile segura minha bunda com as unhas me puxando ainda mais para si, não vou aguentar muito mais tempo quando também o escuto dizer – Vou gozar, porra, vou gozar.

Com essa afirmativa colo meu corpo no do meu parceiro, seguro em seu ombro e passo a dar estocadas fundas e compassadas, na terceira sinto o liquido quente de Mile em minha barriga e na quarta eu mesmo atinjo o orgasmo, naqueles poucos segundos é como se minha cabeça tivesse flutuado para o céu e sou trazido de volta com uma lambida em meu rosto.

- Seu suor estava escorrendo – a voz baixa deMile voltou, não consigo segurar o impeto de beija-lo mas dessa vez é um beijode carinho, sem pressa, eu ainda estou entre suas pernas, seu gozo ainda estáem meu corpo e eu ainda estou dentro dele.


Nota: o que acharam da primeira vez dos MileApo? Quero opiniões hein

ArmadilhA | MileApo BibleBuildOnde histórias criam vida. Descubra agora