Eu bem que queria ir até ele e tirar satisfação, na verdade a minha vontade é meter a mão na cara dos dois. Mas eu não posso fazer isso, pois tenho que fazer de tudo para ser imperceptível a Ian. Tenho que parar de agir só com base nos sentimentos e usar mais a minha razão.
Portanto, me escondi durante toda a noite. Fiquei encostada em uma parede, só os observando. Ian vestia um blazer preto com uma camisa roxa por baixo, calça jeans escura e sapatos Buck preto. A garota, por mais que eu odeie admitir, estava belíssima em um vestido prata colado e de alcinhas, e para completar saltos de 15 centímetros capazes de sambar na cara de qualquer inimiga. Se eu estou com inveja? Sim eu estou.
Durante todo o tempo em que fiquei na Amnesia os observando, eles estavam se pegando. Cansada de ficar vendo os dois se esfregando a minha cara, e de não conseguir nada novo sobre ele ou sua boate, decidi ir embora. Empurrei as pessoas suadas do meio do caminho e segui o meu rumo em direção a saída. Assim que saí da boate e dei os primeiros passos na calçada da rua, o meu braço foi agarrado e eu fui puxada rudemente para trás. Tentei gritar, mas taparão a minha boca, fui sendo arrastada até um beco, o medo começou a dominar todo o meu corpo.
De repente, o homem para e logo depois me vira de frente para ele. Assim que meus olhos no rosto do cara, eu o reconheço. É aquele segurança da boate! Eu não acredito que ele vai ser capaz de atacar desse jeito.
- Agora você vai me pagar tudo que me deve - Disse ele.Seu rosto estava bem próximo ao meu, eu via seus olhos vermelhos e até o bafo dele eu sentia.
- Eu não te devo nada - Tentei transmitir toda a força que continha no meu corpo para a minha voz, mas infelizmente não consegui, no final a minha voz falhou.
Eu estou com muito medo! Ele é mais forte que eu, e daqui desse beco ninguém vai escutar os meus gritos.
Meu Deus! Onde eu fui me meter?!
- Deve sim, princesa. Por duas vezes eu te ajudei, você prometeu me dar algo em troca mas até agora só está me enrolando. Já que você não vem por bem, eu faço você vir por mal.
- Para por favor! Você só vai perder se fizer isso. A polícia vai descobrir e você só vai se ferrar. Existem milhões de garotas que irão fazer tudo com você por livre e espontânea vontade, vai lá encontre uma delas e me deixe em paz.
- Você acha mesmo que eu vou me ferrar? Eu conheço gente importante princesa, quando eu acabar com você, nem um rastro seu vai ficar. E adivinhe só? Eu sairei ileso. - Assim que ele terminou de falar, eu desandei a gritar até que um objeto pontudo pressionou a minha barriga e eu me calei. - É melhor você ficar bem quietinha, tá ouvindo? Ou eu furo você toda agora - Ele terminou de falar e logo começou a me apalpar, ele foi me pressionando contra a parede, o meu medo foi aumentando eu comecei a chorar desesperadamente. Eu estava perdida.
Eu já estava conformada que esse seria o meu fim, quando todo o peso daquele homem asqueroso foi tirado de cima de mim. Dois caras eram os responsáveis pelo meu salvamento, e logo começaram a brigar com o meu agressor. Eram murros para cá e para lá. No final o segurança que tentou me estuprar, terminou caído no chão todo ensanguentado, com o rosto deformado pelos murros e desacordado.
- Você está bem? - Um dos homens perguntou
- Sim, agora estou. Nervosa, mais bem. Eu não sei nem como agradecer a vocês por terem me salvado dele. Muito obrigada, de verdade.
- Não precisa agradecer, homem nenhum tem o direito de fazer isso com uma mulher - Disse o outro - Você quer que nós te leve para casa?
- Na verdade vocês podem me acompanhar até o Club5? Eu trabalho lá e minhas amigas também, elas podem me dar uma carona.
- Claro, vamos.
Fomos até a minha boate, e eles fizeram questão de me acompanhar até a porta.
Contei tudo para as garotas, e elas me aconselharam a ir fazer um B.O. o mais rápido possível. Mas eu não estava em condições físicas e emocionais de ir a uma delegacia agora. Amanhã eu resolveria todos esses problemas.
Fui para casa, e caí na cama. Meu sono foi conturbado e agitado todo permeado por pesadelos.
Acordei e ainda eram 09:00 horas da manhã. Pode parecer tarde, mas para quem foi dormir lá pelas tantas e ainda por cima foi atacada, era de se esperar que eu dormiria durante todo o dia. Mas o meu sono foi inconstante, fiquei acordando durante toda a noite.
Fui até a geladeira e peguei um suco, sentei no sofá e fiquei assim durante todo o dia. Com uma moleza no corpo e vontade zero de sair de casa. Eram 17:30 eu estava assistindo mais um filme "mulherzinha", comendo pipoca e me entupindo de chocolate, quando Ian me ligou.
- Alô? - Falei
- Oi, é o Ian - Eu sabia que era. Essa é a primeira vez que ele me liga, mas essa voz eu reconheceria até do outro lado do mundo e depois eu tenho o número dele salvo na minha agenda.
- Ah oi, eaí como estão as coisas? - Eí, não me julgue. Eu só estou sendo amigável é como Alice disse " Deixe os seus amigos perto, e os seus inimigos mais perto ainda". Deixa o Ian pensar que está me enganando.
- Está tudo bem, na verdade tudo ótimo e eu queria te chamar para sair comigo de novo. Será que você está livre hoje?
- Sim, hoje eu estou o dia inteiro livre
- Então eu posso te buscar às 20:00 h?
- Claro, então a gente se vê lá. Tchau
- Tchau - E a ligação foi encerrada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Club5
RandomESTA OBRA ENCONTRA-SE REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL. PLÁGIO É CRIME! PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DA OBRA. Criado por 5 mulheres, o club5 hoje é considerado um dos mais badalados e conhecidos da cidade de Nova York, uma boate feita exc...