Capítulo 6 - Ísis/ Ian

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                                                       Capítulo 6

- o que você está fazendo aqui? - Perguntei enquanto lançava um olhar furioso em sua direção

- Espere, eu só vim me desculpar por tudo que falei para você na semana passada...

- Sinceramente não acho que está arrependido, você parecia ter muita certeza em tudo aquilo que estava falando. E para começo de conversa como você sabia quem eu era?

- Eu ouvi algumas coisas sobre o clube, você e as outras donas, então coloquei algumas pessoas de olho no local e acabei descobrindo você e as outras garotas - Ian fala enquanto me lança um olhar triste - Me desculpe, por favor, eu não queria falar tudo aquilo, você não merecia isso, eu juro que estou sendo sincero, me perdoe. Eu truxe até essas flores para mostrar o quanto eu estou arrependido - Ele me deu um buquê de rosas vermelhas, que até então não tinha notado em sua mão.

E agora você me pergunta, tinha como não perdoar? Não claro que não, ele estava me olhando com aqueles lindos olhos azuis, e aquela carinha de cachorro sem dono que caiu da mudança. Me derreti toda. Claro, eu sei que ele foi muito grosso, e o que falou  para mim realmente me magoou bastante, porque por mais que você seja, que não é o meu caso, ninguém gosta de ser chamada de vadia estúpida. Mas agora ele parece realmente sincero e arrependido.

Com certeza não custa nada dar um voto de confiança a ele.

- Tudo bem, eu desculpo você. Mas de agora em diante pense muito bem antes de tratar uma pessoa assim

- Tenho certeza que dessa vez aprendi a lição. Tudo isso foi um enorme erro, e eu queria reparar isso te convidando para jantar. Sabe, conversar pra nos connhecermos melhor e tirar essa primeira impressão horrível -  Quanto mais ele falava, mais de boca aberta eu ficava. Como assim esse gato quer jantar comigo? Quando ele disse que estava arrependido, eu apenas esperava um pedido de desculpas seguido por um adeus, não um encontro.

- Eu não sei, talvez não seja uma boa ideia - O que? Claro que eu quero jantar com ele, cada célula do meu corpo grita " Sim, Ian seu gostoso eu aceito", mas eu não posso parecer muito oferecida, tenho que fingir, pelo menos um pouquinho, que sou difícil.

- E por que não? Só vamos nos conhecer melhor. Eu não mordo, a não ser que você queira - Oh Jesus, porque o Ian foi falar isso? Agora minha mente está recheada de cenas de nós dois rolando na cama, nus e suados, enquanto ele fala sacanagem e me morde.

-Por favor aceite, é um covite de amigo- Coitado, mal sabe ele que eu quero ser tudo, menos sua amiga

- Tudo bem, eu aceito, me passe a hora e o lugar que encontrarei você lá

- Nada disso. Eu faço questão de vir lhe buscar, e além do mais, eu quero que o lugar seja uma surpresa

- Então quando e a que horas o cavalheiro virá me buscar? - Perguntei ironica

- Amanhã às 19:00 passarei aqui na boate pra te pegar, esteja pronta - E assim que terminou de falar se despediu e foi embora

Uns 10 minutos haviam passado, e eu ainda estava lá embaixo pensando em tudo que aconteceu, perdida em meus pensamento quando Miranda me encontrou e perguntou:

- E afinal quem era ele?

- Você não vai acreditar!- Falei entusiasmada

- O quê? Fala logo! Assim você vai me matar de curiosidade

- Sabe aquele dono da boate da esquina que eu te falei?

- Sim, me lembro, não é aquele tal de Ian? - Perguntou

- Esse mesmo! O cara que veio aqui é o Ian

- O que ele veio fazer aqui? Gritar com você denovo?

- Não, pelo contrário. Veio pedir desculpas, disse que falou tudo aquilo sem pensar e que estava imensamente arrependido

- E você acreditou? - Miranda me pergunta desconfiada

- Claro, ele parecia realmente sincero, e eu não tenho motivo nenhum para desconfiar dele

- Você tem razão. Mas ele veio aqui só para pedir desculpas?

- Na verdade não, ele também me convidou para jantar - Eu disse

- Rápido ele, em? - Riu Miranda

- Não seja maliciosa, é so um jantar entre amigos

- Aham, só pela sua cara já da pra ver que isso tudo é mentira, você tá é afim dele - Realmente não tinha como negar, porque tanto eu como ela sabíamos que se dependesse de mim, esse jantar não ficaria preso na linha da amizade.

                                                        Ian

- Você conseguiu falar com ela e resolver o problema? - Perguntou Lucas

- Claro, a garota é uma tonta, é só fazer uma carinha de bom moço que ela se derrete toda - Eu falei

- E agora o que vai fazer?

- Convidei ela para jantar comigo amanhã?

- O quê? Isso não estava nos planos, porque sair com ela? No que isso vai ajudar na sua vingança? - Perguntou Lucas

Eu conheci Lucas Frömming a dois anos atrás, em uma boate, eu era acostumado a ir sempre lá me embebedar e reclamar da vida, Lucas sempre me escutava e dava conselhos. Passei a gostar de sua companhia, e de conversar com ele, tanto que  nem ligava mais para a bebida. Nos tornamos amigos e eu começei a confiar plenamente nele, ao ponto de contar minha história e meu desejo de vingança. Ele me apoiou, e tornou a minha luta a sua luta. Arriscando tudo para vingar a destruição que aquela boate causou a minha família.

- Eu vou deixar ela cega por mim, vou fazer de tudo para influenciar seus pensamentos  e decisões,  vou criar entrigas, ao ponto  de desconfiar das amigas, e é ai com amizade enfraquecidaque você entrará em ação 

- E eu continuo seguindo com o plano?

- Absolutamente sim, Lucas

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