2

2.9K 311 36
                                    

Pov Kara Danvers

-Você ainda está aqui? - murmurei ainda de olhos fechados sentindo Mike, o cara que transei na noite anterior, se mexer na cama. - Já passou da hora de você ir embora.

Ele se mexeu mais um pouco mas se levantou juntando as suas roupas do chão e rapidamente vestindo. Ouvi a porta do quarto abrir e fechar indicando que ele havia saído e eu poderia voltar a dormir, se não fosse a voz de Lena claramente irritada gritando, detalhe, ela nunca fica irritada. Com nada e nem ninguém.

-Que porra... - abri a porta de uma vez, minha voz morreu no meio da frase quando encontrei Mike pressionando Lena  na parede, suas mãos desciam pelo corpo dela, e sua boca grudada no pescoço pálido da minha garota, aquele corpo que eu sonhava em tocar praticamente todas as horas de todos os dias.

- Por favor, manda ele me soltar. - ela pediu baixo, suspirando e fechando os olhos em seguida quando a mão nojenta dele alcançou seu seio direito, eu quase vomitei de nojo por ter passado a noite com alguém como ele.

Eu estava incomodada e em partes sabia o motivo, não queria ver ninguém tocando Lena da mesma forma que eu já havia tocado e queria tocar novamente, ela repetiu mais algumas vezes pra eu fazer alguma coisa, e eu, dominada pela raiva, avancei encima dele dando tapas e socos. Em um impulso acabei empurrando ele escada a baixo. Quem ele pensava que era pra ficar de gracinha tocando na minha garota?

- Você não ouviu quando ela pediu pra você solta-la? - gritei descendo as escadas lentamente, ele gemeu de dor com a mão na cabeça.

Aparentemente e infelizmente ele estava bem.

-Louca! Qual é o seu problema? - ele resmungou.

-Eu que te pergunto, você é idiota ou é imbecil? Ah, acho que os dois. Some da minha casa, agora!

Mike  não falou mais nada, balançou a cabeça negativamente e se levantou ainda cambaleando, assisti ele caminhar até a porta de saída e passar pela porta. Respirei fundo antes de levantar meu olhar até Lena, ela me encarava e eu via que ela tentava parecer brava, mas ela era tão doce e sutil, que eu nem me abalava com aquele olhar de maldade.

-Eu fui assediada dentro da minha própria casa! Isso foi o ápice da sua falta de noção. - sua voz doce soava fria e eu só pensava o quão atraente ela ficava tentando bancar a durona pra cima de mim. - Eu te agradeceria se parasse de trazer esses machos nojentos pra cá. Eu não dou a mínima se você quer colocar chifre no meu pai, aliás eu sei que ele coloca o dobro em você, mas por favor, vai transar com esses caras longe da minha casa.

Eu sorri internamente, ela ficava ainda mais linda brava. Óbvio que por fora eu permanecia com aquele olhar frio e a cara de estar pouco se importando com o que ela dizia. Ela virou de costas e seguiu andando até seu quarto visto que eu não iria discutir com ela. Tive tempo de acompanhar a bunda dela sumir dentro do quarto, era definitivamente uma das coisas eu amava nela, a bunda.

- Meu Deus garota! Você é de outro planeta. -sussurrei entrando no meu quarto.

Lembranças daquela noite invadiram a minha mente, a noite em que transamos no banheiro de um bar qualquer. Me sentei a cama respirando fundo, fechando os olhos e me deixando recordar de cada detalhe que havia acontecido aquele dia.

Flashback on

"Hoje o dia foi cheio, eu estava cansada e só precisava de uma boa dose de álcool pra relaxar, logo após o término do meu expediente segui em direção ao primeiro bar que encontrei.

Entrei observando todas as pessoas que haviam ali, a maioria das pessoas acompanhadas e aparentemente aproveitando a noite, eu respirei fundo antes de andar até o balcão de bebidas e me sentar. Meus pés latejavam pelo longo período em que estive de pé sob aquele salto quinze.

Querida Madrasta - Supercorp Onde histórias criam vida. Descubra agora