𝘁𝗵𝗲 𝗸𝗮𝗿𝗱𝗮𝘀𝗵𝗶𝗮𝗻; eminem.

one.

LÁ ESTAVA eu encarando o teste na minha mão.

— Merda, por que essas coisas só tem que acontecer comigo? - eu me pergunto enquanto eu estou quase chorando.

— Vai morar aí? tem gente que quer usar o banheiro, porra. - uma mulher aleatório grita do lado de fora.

Suspiro e reviro os olhos.

— Já vai. - eu falo guardando o teste na minha bolsa e saindo da cabine.

Meu celular começa a tocar.

Era ele, o homem que eu não queria olhar na cara por um bom e longo tempo.

marshall

— Alô? - eu falo com uma voz embriagada de choro.

— Estou com saudades, eu cheguei na cidade hoje. - ele fala.

— Hoje não vai dar, eu estou muito ocupada. - eu falo e fungo o nariz logo em seguida.

— Aconteceu alguma coisa? - ele pergunta.

— Depois a gente conversa, tá bom? eu preciso ir para casa se não vou me atrasar para o trabalho. - eu falo e desligo sem mesmo esperar uma resposta.

Saio andando pelas ruas de New York e pensando em tudo que eu fiz...

Me envolver com homem casado e com filhos com certeza foi a pior merda que eu já fiz. Por que eu fiz isso? simples, nem eu sei.

Era um dia normal no meu trabalho que eu estava limpando balcão e quando nada mais e nada menos que Eminem entra.

— Você atende? tenho que organizar as bebidas que chegaram. - Jason, meu amigo de trabalho fala.

Estava só eu e ele no bar naquela madrugada.

— Atendo sim. - eu falo.

Saio de trás do balcão e pego o bloquinho de notas indo até eles.

— O que desejam? - Eu pergunto educada.

— A mais forte que vocês tiverem. - ele fala e logo depois levanta o olhar até mim.

Os olhos deles estavam avermelhados e meio caídos, já até sabia o que era.

Ele realmente é muito gato como todos dizem, meu deus! Angelina, na pira, você está no seu trabalho!

Então eu anoto a bebida mais forte que tínhamos.

— E o senhor? - eu pergunto ao segurança.

— Uma cerveja. - Ele fala.

Eu anoto os pedidos e antes de me sair totalmente, eu e ele trocamos olhares rapidamente.

Vou para o balcão preparar as bebidas e logo o mesmo vem até o balcão.

— Deseja mais alguma coisa? - eu pergunto dando mais atenção as bebidas que eu estava preparando.

— Uma companhia... talvez. - ele fala se sentando em um dos bancos altos que ficava encostado no balcão.

Eu apenas foi um pequeno sorriso e olho para ele.

Eu não sabia nada sobre o Marshall, não acompanhava o mesmo, só ouvia as músicas dele que tocavam em rádio e via o rosto dele estampado em revistas, apenas isso.

— O seu amigo não é uma boa companhia? - digo insinuando o segurança.

— Nah, ele apenas é um dos meus seguranças. - ele fala me olhando.

— Tudo bem, aqui a sua e eu vou agora servir a do seu segurança, já volto. - eu falo saindo enquanto ele já da um gole na bebida dele.

Entrego a bebida do segurança dele e volto para o balcão para organizar as coisas, para assim que eles forem embora nós fecharmos e também fazer companhia à Eminem.

— Então... qual é o seu nome? - ele pergunta do nada enquanto eu pego um pano para passar em cima do balcão.

— Angelina, Angelina Beatrice Vardanyan, meu nome é muito grande, então prefiro só Angelina mesmo. - eu falo dando um pequeno sorriso.

Creio que ele falou aquilo apenas para puxar assunto, porque eu tinha meu nome em um broche que tinha na minha camisa de trabalho.

— Que nome lindo e sobrenome diferente, nunca tinha ouvido falar. - ele fala aparentemente interessado à saber sobre o meu sobrenome.

— Ele é um sobrenome armênio, minha família por parte de mãe é toda de lá. - eu falo

– Interessante... seu pai também é de lá, então? - ele pergunta.

— Na verdade eu não faço ideia de quem é meu pai até hoje... Mas e o seu nome, qual é? porque eu tenho um pouco de certeza que uma mãe não colocaria o nome 'Eminem' em seu filho. - eu falo mudando de assunto e realmente interessada em saber seu nome verdadeiro.

— Marshall, Marshall Bruce Mathers III. - ele fala e depois da um gole em sua bebida.

– Seu nome é lindo também. - eu falo parando de limpar a bancada e só prestar atenção na nossa conversa.

Continuamos conversando sobre várias e várias coisas aleatórias por quase uma hora.

— Tá ficando muito tarde, não é querendo expulsar você e o seu segurança... mas é que já passou da hora de nós fecharmos e eu vou sozinha para casa e é perigoso eu sair esse horário. - eu falo.

— Não seja por isso, eu levo você até em casa. - ele fala.

— Quanto cavalheirismo para um rapper. - eu falo rindo.

(...)

— Você quer mesmo ir para a sua casa? - ele pergunta assim que o segurança para o carro.

Isso realmente foi um pergunta muito tentadora, eu estava à um passo de pular em cima desse homem e beijar ele aqui mesmo. Puta merda, ele é muito atraente.

— Se eu não fosse para a minha casa, para onde você me levaria? - eu pergunto olhando para ele.

Ele da um sorriso de lado me olhando e logo depois bate no ombro do segurança para ele seguir.

Isso foi o pior erro que eu já cometi na minha vida... ou talvez o melhor? nunca saberemos.