Depois dos discursos os alunos foram dispensados para suas próprias salas, Sora como sempre estava junto comigo na classe 5 do terceiro ano. Costumava ser apenas nós do clube de vôlei, mas esse ano ganhamos uma companhia para representar o time, dessa vez o masculino.
— Washio tem certeza que quer ficar na última carteira? — perguntei ajeitando a bolsa no meu ombro. Ao lado da janela, na fileira do canto, as três últimas carteiras estavam vagas, não devia ter muitas pessoas mais altas que nós para brigar pelos lugares. Acredito ser um consenso de que aquelas carteiras em específico eram para os alunos mais altos.
— Sim, você sempre senta atrás de Sora, não é? — ele colocou a bolsa na carteira e olhou pelo vidro — Tem uma boa vista.
— Nisso você tem razão. Sora reclama que fico olhando por ela durante as aulas e consigo tirar boas notas mesmo assim.
— Por favor, toda vez que ela passar mais de 15 minutos olhando para o lado a acerte na nuca — a vice-capitã pediu ao amigo, que apenas riu em resposta. Ajeitei minhas coisas e me sentei, tinha uma animação dentro do meu ser que apenas me deixava feliz.
Sentia que aquele seria meu ano.
— Não sabia que Saki virou a capitã do time de basquete — comentei com minha amiga —, claro que sei que ela é boa jogando. Só não pensei ser o perfil dela comandar o time.
— E não é — Sora respondeu com uma feição séria, ela ainda não tinha se sentado, então apenas levantou a mão até o pescoço correndo dos dedos pelos fios curtos —, o time não está passando por bons momentos até onde eu sei. A colocaram por ser uma última esperança, mas não sei se ela vai ficar por muito tempo.
— Acha que ela pode pedir para deixar de ser capitã? — Washio que perguntou após colocar alguns cadernos sobre a mesa já sentado apropriadamente.
— Talvez.
Ajustei a minha bolsa ao lado da carteira no chão, me sentando em seguida — Não sei se posso falar muito porque estou nesse posto a quase três anos, mas lidar com pessoas no geral é difícil. Gerir conflitos, entender que cada um responde a situações de estresse de um jeito e ainda conseguir tirar o melhor, é mais que complicado.
Levantei a cabeça — Mas claro que tem exceções, quando o time é preparado para isso o capitão deixa de ter essa responsabilidade de pilar principal para abrir o caminho.
— Que é o caso do Bokuto. — Sora deixou o corpo cair na cadeira.
— Que também é o caso dele — corrigi —, tem outros times onde o principal atributo do capitão e uma força bruta, não necessariamente o apoio emocional para momentos difíceis.
— Shiratorizawa é assim — Washio completou meu pensamento —, concordo em pontos. Diferentes times fazem nascer diferentes capitães, de acordo com suas necessidades, colocar alguém só para tampar um buraco não me parece uma boa estratégia.
— Washi-kun é tão bom ter uma pessoa sensata entre nós — fingi enxugar uma lágrima imaginária —, Sora só me maltrata, não sabe argumentar sem sua amiga agressão.
A meio de rede teria me dado uma resposta bem mal criada se o professor não tivesse entrado na sala de aula. Se existe algo como sorte, com toda certeza hoje ela está ao meu lado, as primeiras aulas não tiveram muitas novidades, uma pequena explicação das matérias e como o semestre seria trabalhado. Além de todo o assunto sobre carreira e futuro acontecendo.
Alguns docentes até chegaram a sugerir de leve que as atividades de clube não eram tão importantes quantos os exames, coisa essa que foi prontamente ignorada por mim. Porém, um pensamento corria em minha mente, com preocupação e o mesmo tinha nome e sobrenome.
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Immortals - (Bokuto x [Nome])
Fanfiction🥇 1° em haikyuufanfiction • agosto/23 *Sequência da História Champions É isso. A última chance, depois de dois anos sob o comando brutal do treinador Esparta, o time de vôlei feminino da Academia Fukurodani se vê à frente de mais um desafio. E dife...