Atrasada, essa é uma palavra que me define mais do que qualquer outra, tirando " miope", e essa foi a palavra que me fez estar atrasada, como boa lezada que sou esqueci de colocar colírio nas minhas lentes e elas rececaram e por causa disso tive que procurar por toda a casa meus óculos que até com o grau errado está por conta do tempo que não os uso. Chego na escola faltando poucos minutos para bater o sinal, mas mesmo assim passo na sala dos professores para ver se consigo beber no mínimo uma xicara de café, a vantagem de ser professora é que posso me atrasar alguns minutos para a aula e ninguém vai me deixar para fora. Terminado meu café na velocidade da luz saio correndo e sem olhar pra frente acabo esbarrando em alguém, peço desculpa sem olhar quem era e volto a correr pra sala. É hora do intervalo, descido ficar na sala, tenho duas aulas seguida nessa turma, então não compensaria descer todas as escadas para ter que subi-las novamente em menos de quinze minutos
- te achei...- me assusto ao ouvir Hinata- estava te procurando, trouxe pra você- comenta envergonhada me entregando um potinho com bolo, sorrio em agradecimento- esbarrou em mim hoje cedo, estava tudo bem?
- era você?!- questino envergonhada- desculpa, estava atrasada- justifico sem graça
- esta de oculos- comenta fofa, me fazendo corar, tinha ate esquecido que estava com eles- deveria usar mais vezes, fica bonita com eles- diz se sentando na minha mesa, me solto na cadeira para me afastar um pouco da Hyuga, seu cheiro estava me sufocando, mais um pouco e estaria a mercê da azulada
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- acho melhor não, iria ficar três vezes mais distraida- comento com a professora de literatura, a azulada me olha curiosa, sorrio
- porque?
- você também fica linda quando estou de óculos - respondo vendo minha namorada corar, sorrio, me levanto, vou ate ela e lhe dou um selinho
- sabia quem tem câmeras nas salas, né?- a mesma fala envergonhada, namoramos a três anos e mesmo assim a mulher morre de medo se algum dos alunos souber que temos algo
- idai? Não é como se Tsunade não desconfiasse de nós - é claro que minha vó não precisava desconfiar de algo, já que a Hyuga já é mais parte da família do que eu
- mesmo assim, aqui não é lugar
- então é melhor descer da minha mesa, porque a unica coisa que consigo pensar é em te fazer gemer meu nome sobre ela - sussurro vendo a mais nova se arrepiar, eu não seria louca a esse ponto, mas provocar a azulada era divino
- pervertida!- grita me empurrando pra longe e descendo da minha mesa- acho melhor eu ir, o intervalo ja vai acabar- antes que a menor saísse a puxo e lhe dou um selinho rápido
- vai lá em casa hoje?- questiono recebendo um aceno positivo da Hyuga- até de noite pequena, obrigado pelo bolo
