21. O PEDIDO

1K 104 105
                                    

Observei a expressão de Edward, que misturava frustração e ansiedade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Observei a expressão de Edward, que misturava frustração e ansiedade. Sua testa estava franzida, obviamente irritado com seu irmão adotivo, que pegou Bella pela mão, a fim de levá-la para longe de nós.

Fiquei surpresa ao Edward rosnar:

— Emmett... Só... Sai daqui antes que eu arranque teus membros.

O grandalhão gargalhou baixinho e saiu com minha amiga. Olhei curiosamente para o ruivo, que estava rígido como uma estátua ao meu lado. Percebendo minha expressão, ele falou:

— O Em nunca foi discreto, e agora que se acertou com a Bella, os pensamentos dele estão descontrolados. — Ele pigarreou, parecendo sem graça. — É tanta libido que me faz querer me enterrar num buraco por tempo indeterminado.

Eu me remexi na cadeira, me sentindo desconfortável. Por um momento esqueci que ele podia ouvir os pensamentos de todo mundo, exceto os de Bella e os meus, porém, eu ainda não sabia controlar esse poder recém-descoberto. Olhei para ele, o homem que protagonizou meus sonhos molhados desde que o vi pela primeira vez na aula de inglês, declamando um trecho de Hamlet e impressionando o professor.

Edward Cullen era lindo, perfeito, gostoso, o sonho de consumo de toda adolescente, pervertida ou não, da cidade de Forks, entretanto, jamais lançava um segundo olhar a nenhuma de nós, a não ser quando conheceu Bella. Ele não só olhou como tocou, abraçou e beijou minha amiga enquanto eu secretamente desejava que aqueles beijos fossem para mim. Agora, ali estava eu, sentada no sofá caro dos Cullen depois de perder minha humanidade e me tornar uma assassina, e o mais surpreendente, Edward afirmava que eu era sua companheira esperada.

Quão cruel a vida poderia ser? Eu era uma garota comum, invisível para todo mundo, filha de um pastor que ensinava os fiéis a fugir dos demônios e do pecado. E agora eu era um demônio bebedor de sangue. Como se não bastasse, o ex-namorado da única amiga de verdade que eu tive na escola de Forks, um cara que nunca reparou em mim, agora agia como se eu fosse um anjo na sua vida, e sua devoção era tanta que me confundia.

A verdade era que eu estava aterrorizada. Fui jogada nesse mundo que misturava fantasia e terror, sem saber nada sobre como funcionava. Eu não pedi por isso, não desejei virar uma estátua de mármore com desejos assassinos e que, segundo o Dr. Carlisle, era imortal.

— Anjo... — Ouvi a voz suave dele e olhei para seus olhos âmbar-escuro, quase pretos, provavelmente não se alimentava há dias. Ele me fitava, perplexo. — Seus pensamentos...
Oh, merda!

— Você conseguiu ouvir de novo? — perguntei em pânico.

— Não totalmente, apenas fragmentos. Desculpe-me, nem sempre consigo controlar, é muito difícil deixar no mudo, o esforço para isso dói. É só que... bem... Tem uma emoção que está muito presente em você e que me deixou intrigado.

— Que emoção?

Ele passou a mão pelos cabelos, deixando-os mais bagunçados que o normal.

— Humm... Não fique zangada, por favor. Eu captei ciúme e luxúria.

Quando Você Me OlhaOnde histórias criam vida. Descubra agora