Estocolmo-Sombras e Luz (VegasPete)

Eu vou te abraçar como se estivesse dizendo adeus (14)🔞

A maior parte deste capítulo é obsceno (pela maioria, quero dizer 95%) porque eu precisava de algo para aliviar a dor da última parte do capítulo anterior.

Para Pete, beijar Vegas é tão fácil quanto difícil. É sempre uma mistura complexa de mil sentimentos que ele tem pelo outro e até por si mesmo, todos girando juntos para serem despejados em Vegas, pelo doce contato de seus lábios, pelo toque firme de seus dedos, e através de seus corpos pressionados juntos.

Desta vez é um pouco diferente, no entanto. Pete ainda sente mil emoções fluindo dele para Vegas, e o outro homem espelha seus sentimentos enquanto os aproxima, pressionando Pete contra a parede mais próxima. Em contraste, as mãos do homem não conseguem se fixar em um lugar e continuam vagando por todo o corpo. Porém, desta vez, o beijo deles é uma promessa, um voto a cumprir, um compromisso com o outro... É algo novo. E sentindo essa nova ânsia e a saudade queimando sob a pele de Pete, ele quer manter Vegas com ele, assim, para sempre, mesmo sabendo que esse beijo, esse abraço, marca seu adeus.

Ele precisa sair para poder voltar para Vegas. Mas ele deve ir primeiro.

A partir de agora, no entanto, Pete está contente o suficiente para deixar Vegas manipulá-lo e pressioná-lo ainda mais contra a parede, suas mãos agarrando seus quadris, dedos cavando a pele, enquanto ele o beija sem fôlego, sua boca o devorando. Por causa das algemas, Pete não pode segurar Vegas como gostaria. Ainda assim, ele agarra a camisa do homem como se sua vida dependesse disso, reclinando a cabeça enquanto sente a mão esquerda de Vegas se movendo para envolver sua garganta suavemente, as pontas dos dedos pressionando levemente, apenas para lembrar Pete que ele está aqui.

É fácil para Pete se perder no beijo. Tudo em Vegas deixa sua mente em branco e seu corpo relaxa agradavelmente enquanto ele faz o possível para responder com o mesmo fervor. Até Vegas romper o abraço, recuando um pouco apenas o suficiente para que eles possam respirar, ele agarra Pete pela cintura, o segura e começa a caminhar na direção de sua cama.

Assim que chegam a cama, Vegas deixa Pete cair suavemente, e este espera que ele o siga imediatamente, cubra-o com seu corpo e continue o que estavam fazendo antes, mas Vegas não faz nada disso. Ele fica por um breve instante na frente de Pete antes de ir para a mesa de cabeceira certa. Pete o observa abrir a gaveta e pegar algo que não consegue ver na mão. Vegas não fecha a gaveta; em vez disso, ele rapidamente volta para Pete, ajoelhando-se na frente dele enquanto pega suas mãos.

Vegas fica imóvel, de joelhos, por um longo momento, sua testa chegando a pressionar os dedos de Pete enquanto ele respira profunda e lentamente. Então, ele beija o interior dos pulsos de Pete, a sensação de seus lábios deixando uma sensação de formigamento antes de Vegas pegar as algemas entre seus dedos. Imediatamente, Pete percebe que está segurando uma pequena chave cinza, e ele observa em transe Vegas abrindo as algemas, soltando seus pulsos e massageando a pele com ternura.

Lentamente, Vegas olha para Pete, seus olhos brilhando com adoração de uma forma que faz Pete se sentir muito quente, mas não o suficiente. O que ele vê nos olhos de Vegas o aterroriza porque ele não tem certeza de que merece tanta devoção e amor, mesmo de alguém como Vegas. Eles não são perfeitos; Vegas está longe de ser perfeito, e ele fez coisas terríveis em sua vida por motivos egoístas. Mas...

Mas Pete não é melhor. E ele está ciente de que Vegas deve estar tão aterrorizado quanto ele, porque para ele, manter o que eles têm, comprometer-se com isso, significa trair tudo o que ele já conheceu, tudo o que provavelmente já amou. É trágico, acredita Pete, mas Vegas olha para ele como se ele fosse o próprio sol e tudo parece que vai ficar bem. Porque Vegas acabou de libertá-lo.