Olhar..

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Imediatamente pedi para que a Camila preparace um leito. Quem vê de fora não sabe o quão complexo é um leito de UTI, precisamos de respirador mecânico, bombas de infusão, monitor multiparâmetros, entre outros equipamentos.

Camila:Nick pode pedir para subir com o paciente, o leito já está pronto.

Nicole: Ok, vou avisar.
Pego o telefone e disco o número da emergência.

Nicole:  Oi é a Nicole enfermeira da UTI, Dr. Rodrigo solicitou uma vaga o leito já está pronto pode subir o paciente.

X: Tudo bem.

Coloco o telefone no gancho. E me preparo para recepcionar o paciente junto com a equipe, sempre que recebemos um paciente a equipe se reune para realizar um exame físico e avaliar todo o quadro clínico do paciente para direcionar melhor esse tratamento e cuidados.
Escuto a parta do setor se abrir e avisto de longe a maca de transporte, imediatamente os membros da equipe se posiciona em seus devidos lugar. Quando a maca se aproxima posso ver o cabelo do paciente, ele tem umas mechas loiras e quando ia falar Camila me cutuca.

Camila:Amiga é ele... Antes que ela possa terminar falamos juntas baixinho quase em sussurro.

                  "Mc cabelinho"

Dr.Rodrigo: Boa tarde, Dr.Marcos. diz ele comprimento o médico da UTI. Esse paciente é o Victor Hugo Nascimento, ele sofreu um acidente carro x carro, teve uma fratura de fêmur que já fez uma cirurgia de emergência e está com os fixadores, teve um rebaixamento do nível de consciência pela perde de fluidos então entubamos.

Dr.Marcos: Ok Dr pode deixar comigo agora.

A equipe que veio deixar ele sai e logo começamos ajeita-lo no leito, colocamos todos dispositivos necessários.

Dr.Marcos Nicole, preciso que faça uma coleta de gasometria vamos avaliar antes de realizar uma transfusão de sangue.

Nicole:Ok doutor.

Marcos é um excelente médico ele olha os mínimos detalhes de cada paciente não deixa escapar nada. Preparo o material para realizar a coleta de sangue, chegando no leito para para observar Victor e imagino como essa família deve está os fãs também.

Nicole: Oi Victor me chamo Nicole, sou enfermeira, eu vou precisar coletar uma amostra de sangue ta bom vai ser bem rápido.

Por mais que o paciente esteja sedado devemos sempre comunicar qualquer coisa que vamos fazer nele, afinal o corpo é dele temos que pedir licença. Pego seu braço e acomodo de um jeito que eu consiga visualizar melhor a arteria radial. Para um pouco e fico analizando as tatuagens que cobrem todo seu braço são desenhos e frazes diversas, mais a palavra fé tatuada em sua mão me chama muito atenção.E digo em meus pensamentos "Fé isso ai".

Após realizar a coleta e encaminhar as amostras ao laboratório Camila me chama dizendo que o doutor pedio para que eu fosse falar com os familiares do Victor. Pra mim essa é a pior parte não no caso dele pois o estado clínico dele não é tão complicado mais em outros casos é muito difícil falar com a família ainda mais pra mim que sempre valorizei muito isso e hoje é minha maior saudade.
Ao sair no corredor avisto duas mulheres uma mais nova que não sei se é sua namorada ou alguém da família e uma mulher com mais idade, as duas aparentemente estão muito abalada e visivelmente cansadas devem ter passado a madrugada aqui já são 6:00 da manhã.

Nicole: Bom dia, vocês são familiares do Victor? Pergunto quando meu olhar se cruza com o daquele mulher, não sei porque mais esse olhar mecheu comigo é exatamente como minha mãe olha pra mim. E sem querer solto um sorriso meigo. Imediatamente as duas se levantam.

Cláudia: Bom dia eu sou a mãe dele. Diz ela

Nicole:  Oi sou a Nicole enfermeira do setor, tudo bem? Obviamente não está tudo bem mais vai ficar eu sinto que vai.

Cláudia: Oi minha filha. Ela sorri. Esse olhar de mãe me distroi mais um vez.

Nicole: O Victor já está bem dentro do possível, ele realizou uma cirurgia né como já foi dito, coletamos exames agora para verificar se ela vai precisar de uma transfusão de sangue. Para isso precisamos saber se você concorda.

Cláudia: Claro que sim, eu só quero que ele fique bem, esse menino é minha vida. Ela diz imediatamente.

Victoria: Nossas, né mãe. Quando vamos poder vê-lo?

Nicole: Perfeito, a visita aqui é da 12:00 a 12:30 e das 18:00 a 18:30 sei que o tempo é curto mais são protocolos.

Cláudia: será que não podemos ver ele só um pouquinho? Pergunta ela aflita.

Eu não deveria deixar elas entrarem mais logo penso na minha mãe e como ela se sentiria nessa situação.

Nicole: Olha eu não poderia, mais irei deixa-las entrar, mais tem que ser bem rapidinho tá bom .
Elas sorrir e aquilo me faz sentir muito bem, esse tratamento humanizado não é mais que minha obrigação mais não é isso que muitos profissionais da saúde faz.

















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