Roberta moradora do apartamento 21.

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No Interior de Teresópolis no Rio de Janeiro, 2015. safira encontrava-se em uma situação delicada. Havia acabada de ser despejada por conta do aluguel da residência a qual morava — exaltava tanto o decorrer da sua vida naquela moradia desde a infância que estava se sentindo em deleites de frustração e angústia. Não poderia explicar como estava se sentindo tão humilhada. Seu trabalho de meio período não conseguia cobrir mais nem a metade da quantia certa para o aluguel, então havia decidido que era melhor se mudar.

Por um lado, achava bom por que lhe traziam memórias de seus pais, mas não cabia mais no seu bolso, a quantia que dava na residência. Então sua jornada agora, era, procurar um apartamento bom nos arredores do Rio que lhe cobrassem uma quantia acessível na sua mensalidade, e que não atrapalharia em sua faculdade também.

Depois de uma semana, conseguiu uma locação num subúrbio bem confiante dos corretores de imóveis, gostou do local, apesar de ser um pouco afastado da locação do seu trabalho, tinha sorte em ter um carro na garagem. Por fim quando fez a mudança, entorno de três dias conseguiu arrumar o básico. Conseguiu descobrir que sua vizinha de apartamento, era evidentemente estranha.

Não que queria a sua bajulação igual os outros moradores que a receberam de portas abertas, lhe convidando para tomar um café e lhe entregando bolos, iguais aos filmes americanos.
Mas ela ainda não havia se manifestado, ou dado as caras.
Estava curiosa.
Afinal, elas seriam vizinhas, pensou também que ela pudesse ser uma daquelas senhoras de idade rabugenta que não aceita conversas na ponta do ouvido.

Então por hoje resolveu esquecer isso.

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Quando já havia feito uma semana e meia de sua mudança, resolveu ligar seu rádio num volume acessível que o síndico havia indicado, e então começou a limpar a casa com seu gato batendo as patinhas na mesa de mármore, querendo derrubar um copo de água que havia esquecido ali de repente.

— Félix — exclamou safira no mesmo tempo que o gato a olhou de forma brincalhona, se espreguiçando em cima da mesa fazendo o copo cair mesmo assim.

Riu, e se aproximou do animal, lhe acariciando ouvindo seu ronronar, querendo prender suas mãos de forma afetuosa.
Dois toques na porta de uma vez foram o suficiente para safira estranhar, não estava esperando visitas.
Se afastou do animal, que logo pulou para o sofá, olhando atento também.

Safira logo abriu a porta.

— Seu rádio. Ele está me incomodando. — cita ela de forma firme e fixa parecendo irritada.

Safira a admirou, ela era muito linda.

— você é minha vizinha?

Ela assentiu cruzando os braços ao peito, seus cabelos pretos escorriam por suas costas e a forma como olhava demonstrava que ela estava desgostosa.

— sim, tem como abaixar seu rádio por favor, estou tentando trampar no meu escritório

Safira sente vontade de rir.

— meu volume está acessível para você vim querer reclamar, se estivesse tão alto, a vizinha da minha frente já teria vindo aqui também — revidou.

Ela volta a postura normal, arqueando uma sobrancelha, e sem querer dizer mais nada vira as costas querendo ir.

— não irei abaixar o volume se você quiser saber, estou no meu direito como moradora também — safira diz alto assim que a porta ao seu lado se fecha quando ela entra. — Poisé sua vizinha do número 21 não era nenhum pouco agradável como pensava.

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