A casa

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   * * * * * *

   Eu desço do carro juntamente a Ran e Rindou. Olho para a casa, impressionada com o tamanho.

— Nossa...quantas pessoas moram aqui?

Eu pergunto olhando para o Rindou, que pensa por alguns segundos antes de responder.

—  Não tenho certeza, oito pessoas talvez.

Suspiro. Oito pessoas é bastante gente, ainda mais se todos forem homens.

— Por que o Mikey não te matou?

Ran pergunta, e eu tento pensar em alguma explicação lógica. Mas não encontro.

— Não sei, foi muita sorte.

— É melhor torcer pra que essa sorte não acabe, vai precisar.

Ele diz com um sorriso de canto e eu encolho meus ombros cruzando os braços. Como assim "vou precisar"?

— Vou rezar por isso.

Nós não falamos mais nada depois disso. Entramos na casa e eles me apresentam alguns cômodos. Só a cozinha é bem maior que o meu apartamento.

— Como eu vou limpar isso sozinha? Vai ter mais alguém pra me ajudar?

Pergunto confusa. Me sinto cansada só de olhar para as escadas.

Ran solta uma risada nasal, olhando para mim antes de também desviar o olhar para as escadas.

Isso aí é problema seu.

Pulo de susto quando o som de uma voz desconhecida ecoa atrás de mim.

— Que susto.

Suspiro.

— Então você vai trabalhar aqui agora?

Ele pergunta cruzando os braços. O homem de cabelos brancos me olha de cima abaixo, com julgamento. Eu me lembro desse cara...foi ele quem disse que eu iria morrer.

— Sim, meu salário vai ser minha vida.

Concordo, pensando no quão absurdo isso é. Há algumas horas atrás eu estava na minha cama, sonhando com o dia em que iria sair daquele buraco. Eu só eu não esperava que seria dessa maneira.

— Mais do que justo, não acha?

Arregalo meus olhos ao ouvir a voz do chefão atrás de mim.

Respondo balançando a cabeça positivamente.

Sanzu bufa, jogando a cabeça pro lado.

Ficamos em silêncio por alguns segundos antes de eu resolver falar.

— Onde eu vou ficar?

Tem um quarto pra você lá em cima. Sanzu vai te mostrar.

O "chefe" diz saindo da sala.

Olho para ele, meio cabisbaixa e ele revira os olhos, me chamando com a mão.

— Me segue...

Nós subimos as escadas em um total silêncio, e eu olho para ele fixamente tentando encontrar alguma coisa. Talvez um movimento brusco ou...uma arma.

Ao notar a coisa em sua cintura, paro no meio das escadas. Ele sobe mais dois degraus antes de olhar para trás, suas íris azuis se escondem quando seus olhos se estreitam.

Balanço a cabeça, voltando a realidade. Sigo ele em passos rápidos, mas distantes. Me assusto quando ele para repentinamente de frente para uma porta, quase colidindo nossos corpos.

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⏰ Última atualização: Oct 30 ⏰

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