COLETANÊA DAEMYRA

I

Oieee, pessoal!!Olha eu aqui de novo!Venho trazendo mais uma fanfic de A Casa do Dragão, porem desta vez voltada para o Daemon e Rhaenyra.Dedico esta fanfic a @Maah_Bey e a @AlissandraCosta... espero de coração que gostem.

Boa Leitura!!

D&R

A ultima vez em que Daemon pusera os olhos em sua sobrinha fora na longa ponte de Dragonstone.

Ali, para muitos, eles não possuíam mais a forte ligação que era visível para todos. Ali, muitos acreditavam, não passavam de dois inimigos. O ex e a atual herdeira do Trono de Ferro.

Daemon Targaryen apenas poderia dizer que não passavam de tolos medíocres que não tinham consciência do quão profundo era o amor que existia entre eles.

Olhando-a tão altiva, corajosa e desafiadora, Daemon perguntou-se pela enésima vez desde o nascimento de Rhaenyra como ela poderia ser filha de Viserys e Aemma.

Falando a língua materna deles de forma perfeita e majestosa, aproximou-se sem medo, sem guardas, sem reservas. Diante dele, trajada com as roupas de montaria com as cores de sua casa que valorizam sua beleza mística, ele viu o sangue Targaryen em sua essência mais pura.

Quem era Viserys e Otto Hightower que precisaram cercar-se de Mantos Brancos para encará-lo? Ali, diante dele, ela fez o que o pai não tinha coragem. Daemon soube desde que a pegou pela primeira vez em seus braços que Rhaenyra era como ele. Diferente de todos os membros de sua família, finalmente havia nascido aquela que iria completá-lo, entende-lo e amá-lo totalmente imperfeito como era.

Não permitiria jamais que uma cadeira de ferro estúpida fosse maior do que ela. Para ele, Rhaenyra sempre estaria cima de tudo e de todos.

Objeto de sua ira, ela disse? Não... ela jamais seria ligada a algum sentimento negativo. Se havia algum sentimento bom dentro dele, era o amor que tinha à ela.

O príncipe realmente amava Viserys, era seu irmão mais velho... mas o que sentia em relação à sobrinha era muito além do que palavras poderiam expressar. E acreditava piamente que nem os deuses novos ou antigos fossem capaz de compreender.

Desde que nasceu, Rhaenyra era a única que conseguia extrair bondade do príncipe rebelde. Era a única a quem ele dedicava tempo, afeição e mimos. E ela cresceu sempre buscando por ele, por seus braços. O próprio pai muitas vezes era preterido diante dele. Orgulhosamente, Daemon sabia que por diversas vezes essa visível preferência por ele despertou ciúmes em seu irmão. Viserys podia ter ser trono, portar a maldita coroa, mas ele tinha a preferência do Deleite do Reino. E com honra, ele ostentava isso.

Ela era a menina dos seus olhos. O seu ponto fraco. E cedendo a ela, incapaz de machucá-la ou contrariá-la, de mentir ou escarnecer, naquele momento o seu inimigo mais odiado também sabia disso.

Foda-se a atenção de Viserys! Quando Rhaenyra chegara majestosa em seu dragão, Daemon sabia que ele já havia perdido aquela batalha.

Olhou para a Mão do rei que o encarava atento a cada movimento. Otto nunca o vira baixar a cabeça ou fazer a vontade de alguém... Nem mesmo do próprio rei. A língua afiada sempre tinha uma resposta atrevida para dar.

Nunca... ele nunca deixava alguém ter a palavra final. E como sonhou em arrancar aquela língua e jogar para os cães. Mas jamais sonhou que viveria para ver o grande Daemon Targaryen, aclamado como Príncipe da Cidade, silenciado por uma menina que mal chegava ao seu peito.