IV - Parte II

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Oieee, pessoal!!

Primeiramente, muito obrigada pelos comentários. Eu adorei. 

Hoje trago para vocês a parte 2 da one anterior. 

Espero que gostem!!

Boa leitura!  

D&R

A capital estava em polvorosa. A notícia se espalhava como fogo em meio a palha.

Os plebeus adoravam as fofocas da realeza e a família dos dragões servia um prato cheio, muitas vezes seguido um após o outro.

As duvidas e incertezas que se arrastaram durante aqueles anos, finalmente se dissiparam, pois o rei parecia ter voltado à razão.

Nem a filha, nem o irmão...

O filho do rei, o bebê Aegon, se sentaria no trono de ferro, afinal.

Apesar de muitos da cidade torcerem por Daemon, afinal a alcunha dele deveria ser considerada, um filho, mesmo ainda não passando de uma criança, ainda era melhor que uma filha.

Nos últimos dias era impossível ver a princesa fora de seus aposentos. Não tinha mais porque comparecer as reuniões. Não era mais a herdeira e com certeza não voltaria a ser a copeira. Todos os compromissos desgastantes que faziam parte de sua vida desde que foi nomeada herdeira não existiam mais.

Os dias de se dedicar àquela corte e àquele povo acabaram. Que esperassem pacientemente seu meio-irmão crescer e assumir suas responsabilidades de herdeiro.

O rancor queimava em seu peito. Rhaenyra nunca foi fácil de perdoar... Alicent era a prova viva disso.

Talvez o tio fosse a única exceção para aquela regra... Talvez!

A princesa também se recusava a receber qualquer um, afirmando sempre estar indisposta.

Daemon foi o mais insistente de todos. Em outros tempos, ele teria colocado a porta abaixo junto com Sor Criston, porem aquilo acabaria com a imagem homem redimido que estava vendendo para o rei.

Como queria ter visto aquilo. Um dia, seu pai disse que Daemon possuía o sangue do dragão em sua forma mais antiga... Era caótico e inquieto. Rhaenyra percebeu há muito tempo que ela também. Era como se fossem feitos em uma mesma forma, para um propósito...

Ate a magnânima rainha teve o desaforamento de aparecer em sua porta, como se ela e o infeliz de seu pai não estivessem se deliciando com sua queda. Eles esperaram pacientemente por este dia e ele finalmente chegou.

Que aproveitassem sua vitória, mas não daria o prazer de que fizessem isso na sua frente.

O olhar de pena daqueles que estavam em sua presença estava despertando sua fúria... Não precisava daquilo.

Não chorou, gritou ou quebrou as coisas. Não aparentou nada além da fisionomia plena, embora por dentro queimasse tanto que tinha vontade de rasgar o peito com as unhas na tentativa aplacar o que estava sentindo.

O dia mal havia amanhecido e a princesa já estava vestida com seus couros de montaria. Naquele dia optou por traje negro com detalhe em vermelho que simulavam escamas nos ombros e na cintura. A roupa modelava seu corpo com perfeição, mostrando detalhes ao mesmo tempo em que os escondia.

Ela tinha consciência de sua aparência e do que ela causava nas pessoas. Não era conhecida como Deleite do Reino a toa. E, apesar de nunca precisar recorrer a ela para conseguir algo, tinha orgulho da imagem que era refletida no espelho.

Era aquilo que os homens queriam dela... Sua aparência e sua coroa.

Bom, precisariam se contentar apenas com sua beleza.

COLETANÊA DAEMYRAOnde histórias criam vida. Descubra agora