III

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Oieee!!

Primeiramente, muito obrigada pelos comentários!! Eu gostei muito!!
Trago mais uma oneshot que acabou de sair do forno.
Lembrando: elas são independentes. O que acontece em uma não está relacionado com a outra, assim como elas não são fieis 100% a serie ou ao livro. As mudanças são feitas conforme da história.
Espero que gostem!
Boa leitura!!


D&R


Deserdada?

A palavra horrenda não parava de ser gritada em sua mente. E mais uma vez, Rhaenyra Targaryen se perguntou se ouviu corretamente as palavras floreadas de seu pai que no fim significam simplesmente que todo o esforço e sacrifício que fez durante todos aqueles anos foram em vão.

Ela estava sendo deserdada?

Em sua mente procurava o que ela poderia ter feito de tão terrível que justificasse aquilo, sendo que desde que foi nomeada a herdeira de Viserys, colocou sua alma para ser digna daquele titulo, para provar que era tão ou mais capaz que um filho...

Desde o momento em que soube que finalmente poderia dar orgulho e felicidade ao seu pai, deu tudo de si para merecer. Estudou, compareceu a todas as reuniões, conversou com todas pessoas ao seu redor, sendo elas da realeza, nobres ou plebeus. Queria ouvir a todos! Queria ser uma boa rainha para todos! Afinal, ela não a rainha da Fortaleza Vermelha... ela seria a rainha dos Sete Reinos.

Não queria ser vista como uma princesinha mimada que o pai havia caprichosamente colocado no trono. Queria reinar com sabedoria, com justiça e com bondade. Ela seria a primeira rainha dos Sete Reinos e abriria caminho para as mulheres que viessem posteriormente.

Acima de tudo, fez o que pôde para ser uma boa filha. Obediente, calma, paciente e calorosa, descobriu em si uma capacidade de se adaptar às situações menos favoráveis. Abraçou a nova esposa de seu pai e a fez sentir em casa. Fingiu não ver o ninho de cobras em que a corte, antes seu lar, se transformou. Ignorou muitas pessoas tomando partido sobre quem deveria se sentar no trono, sendo que o odor da traição pairava no ar.

Tudo por ele! Tudo pelo reino!

Para que?

Por quê?

Não... Aquilo não importava mais! A única coisa que importava era que estava sendo colocada de lado com um trapo usado que não tinha serventia.

Quando o pai apareceu em seus aposentos, Rhaenyra percebeu imediatamente que havia algo de errado. O semblante caído em nada lembrava o sorriso sempre presente no rosto do pai, principalmente nos últimos meses após o retorno do irmão caçula que esteve em guerra durante três longos anos.

Mesmo acreditando que não tinha importância saber, a sua curiosidade foi maior:

- Eu fiz algo de errado, pai? – manteve o olhar firme sobre o seu pai. - Apenas me diga o que aconteceu, assim pedirei o seu perdão e encontrarei uma forma de consertar.

Era impossível que ele tivesse descoberto. Essa possibilidade não passou por sua cabeça uma única vez, pois, se fosse o caso, ele estaria furioso. Todas as paredes da Fortaleza tremeriam se Viserys soubesse o que realmente se passa embaixo de seu teto.

Mas a única coisa que o rosto dele demonstrava era culpa...

- É claro que não, criança! - Ele pegou uma de suas mãos cheia de anéis que descansavam sobre a mesa e apertou. – Você sempre foi perfeita! Desde muito antes de ser feita herdeira, você já era uma criança incrível. – o olhar do mais velho ficou nostálgico. – Qual era a palavra que seu tio usava? Ah sim!! Um prodígio! Tão inteligente, tão intrépida... você e ele sempre foram muito parecidos.

COLETANÊA DAEMYRAOnde histórias criam vida. Descubra agora