XVIII

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"Um grande amor nunca é apagado do coração, apenas esquecido pelas suas memórias."

- Vinicius de Campos Ribeiro.

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Cαɳ.

Era um dia ensolarado.

Uma brisa leve dançava pelo meu rosto.

Olhei para o lado, Sophia estava de olhos fechados. Seus longos cabelos loiros rodopiavam com o vento.

- Sei que me olha. - ela sussurra, ainda de olhos fechados.

- Você tem um terceiro olho, não pode ser possível. - falo em tom de brincadeira.

- Talvez eu tenha. não o achei ainda. - ela diz e agora seus olhos me observam com curiosidade. - O que estamos fazendo aqui?

Examino o lugar, é um canteiro de flores.

Um pouco longe de nós uma cesta de piquenique e uma barraca de acampamento.

- Vamos passar a noite aqui. - sorrio. Os olhos dela brilham, eu amo o efeito que eles causam em mim.

- É sério?? - confirmo com um aceno. - Ah, Can. Você sabe o quanto eu queria dormir observando as estrelas. Você ter lembrado disso e feito isso por mim me faz ter certeza que, mesmo passando dias, meses, anos ou até décadas. Eu o amarei.

(...)

Acordo com meu celular tocando, confiro quem é e o nome da Allicya aparece em minha tela.

Atendo no mesmo momento.

"- Alô?" - sua voz não passa de um sussurro.

Olho o horário. 05:50 AM.

Como eu dormi tanto, no sonho parecia que só tinha se passado minutos. . .

O sonho.

"- Can? Você está aí?" - a voz de Allicya aumenta um pouco, isso me faz parar de pensar em tudo.

- Oi. Aconteceu algo?

" - Hãn. . . Estou incomodando?" - ela parece hesitante.

- Não, claro que não. Me conte se aconteceu algo. . . Eu estou preocupado com você.

"- Ah. . . Aconteceu, bem na verdade tenho duas coisas para falar. . . Uma é só um desabafo, algo me diz que devo contar isso a você." - sua voz sooa receosa. Mil perguntas diferentes circulam minha mente.

- Bom, comece.

"- Eu me acertei com minha mãe. . . A gente conversou sobre tudo, e eu entendo ela agora."

- Que bom.

"- É. . . É sim. Bom sobre o desabafo, foi sei lá, um sonho talvez, que eu tive. "

- Prossiga. - Sinto meu coração acelerar, como se uma enorme onda estivesse prestes a me alcançar.

"- Bom. . . Eu não sei direito. Eu estava numa casa antiga, e na frente de um espelho. Alguém apareceu e. . . Desculpa, não consigo descrever exatamente. "

- Respire calmamente. Feche seus olhos e imagine o que sonhou.

Ouço uma fraca e calma respiração. Até que ela volta a falar.

" - A iluminação da casa era mínima, tinha apenas umas velas acesas. E. . . Hum, apenas um lençol cobria meu corpo. " - quando ouço isso, sinto uma estranha sensação. Meu coração acelera e única coisa que sou capaz de pensar é que ela lembrou.

Ela finalmente lembrou de algo que fez parte da sua vida passada.

" - E bom, tinha uma tatuagem. Uma flor de Lótus. . . E. . . " - ela continua a falar, mas não consigo prestar atenção.

Flor de Lótus.
Flor de Lótus.
Flor de Lótus.

" - Can?"

- Ally?

" - Sabe o que é mais estranho? Ele disse que era eu era sua flor de Lótus. . . Não sei exatamente o que aconteceu, mas aquilo soou como algo tão bom e familiar. Eu senti como. . . Como se aquela declaração, fosse a mais verdadeira que já recebi. Me sinto doida por pensar assim." - fecho os olhos. Minha vontade era gritar.

Gritar porque ela não estava doida.

Gritar porque ela lembrou de um momento tão fantástico entre nós.

Gritar porque eu a amo.

Gritar porque mesmo sabendo que eu e ela não podemos ficar juntos, eu não me arrependo. E se pudesse faria tudo novamente.

Entregaria meu coração a ela mil vezes se fosse possível.

Eu encontrei nela a pureza que faltava em mim.

E mesmo sem saber, ela tira qualquer resquício mal que existe em mim.

" - Can? Você me acha doida?"

- Não, de forma alguma. Lembra a pergunta que fez para mim? Sim, Blake. Eu acredito em vidas e passadas.

"- Hãn. . . Obrigada por responder. Agora tenho que ir. Nos vemos na escola?"

- Com toda a certeza, senhorita.

ouço uma risada fraca.

" - Até mais, Coringa."

Ela desliga, e eu deito encarando o teto.

- Até mais, amor da minha vida.

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Notas da autora.

Olá, pessoinhas lindas. Como estão?

Sinto-me irresponsável por ter demorado tanto para atualizar.

Mas, como sempre, tenho a devidas explicações.

Sou o tipo de pessoal que sempre segue seu emocional, e isso me afeta muito.

Nos últimos tempos eu perdi amizades, pessoas, sonhos e tudo o mais.

Isso me afetou tanto, que entrei em um bloqueio criativo. E foi horrível.

Imagina você, uma pessoa que descreve o que sente através de palavras, mas de repente, algo que te impede de  escrever e sua mente vira o caos.

Foi assim que me senti, e não desejo isso a ninguém.

Por favor, me desculpem pelo capítulo pequeno e por qualquer erro.

Espero melhorar e voltar novamente com capítulos grandes e cheios de coisas novas.

Um beijo e um abraço.

Ah, mais um coisa. Valorizem que a pessoa que faz seus olhos dilatarem. Por que eu perdi a minha.

- Litllerflower.

Anjo Sombrio. Onde histórias criam vida. Descubra agora