De quem é a culpa?

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– PROVE QUE VOCÊ ME AMA! – Ray estava visivelmente irritado, e para quem ainda tivesse com dúvidas, o grito era o bastante.

– Mas... oque eu preciso fazer? Você nunca fica satisfeito! Me usa e me abandona depois. Parece que você é indiferente a mim.

– A Emma que bota esses absurdos na sua cabeça? – Diz Ray que se afasta um pouco de Norman, acha que se o albino responder que sim e ele estiver perto o bastante, alguém ali iria sair machucado. Mentalmente e fisicamente.

– Por que sempre bota a culpa nos outros? Já parou pra pensar que o problema... é você? – Apela Norman, que se aproxima um passo a cada vez que o moreno vai para trás.

– Eu? EU? Você fala como se não me conhece! Eu nunca quis isso! Eu nunca tentei te fazer mal! Mas eu sou o vilão da história, né? Como sempre.

O moreno sai dali furioso, enquanto Norman é deixado sozinho para pensar no que falou.

Quando Ray volta, já está com suas malas na mão, e sua cara está determinada a sair o mais rápido dali.

– Ray... Não! Por favor,me perdoe, você sabe que eu não sou assim, por favor... – O albino se ajoelha e junta suas mãos enquanto implora por uma segunda chance. O moreno se afasta com desprezo.

– O problema é que você sempre foi assim, eu só demorei a enxergar.

Ray vai embora da casa que a tantos tempos dividira com o marido, esse que chorava e se esperneava para ver a cara que o amor da sua vida fez quando o olhou.

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