The Teacher | Drarry

Capítulo 4

Terça-Feira | 06:00

~ Malfoy narrando ~

Ontem, no momento em que estava analisando o perfil de toda a classe do segundo ano, acabei por encontrar um par de olhos verdes-esmeraldas me encarando fixamente.

O garoto - Potter, como havia se apresentado. - parecia paralisado em meu olhar.

Confesso que quase me perdi naquela troca de olhares, mas, graças aos céus, consegui me recompor a tempo de alguém perceber.

No momento da troca de olhares, eu não pensei em nada a não ser no olhar puro e inocente daquele garoto.

Não pensei em nada do que certamente um professor NÃO deveria pensar, apenas fiquei encantado com a forma com que aquele menino me olhava.

Na hora de se apresentar, o garoto parecia nervoso demais, por isso acabou gaguejando um pouco, fazendo com que toda classe risse dele - o que pareceu deixa-lo envergonhado, eu acho.

Aquilo me incomodou, não pelo fato de estarem tirando uma com a cara daquele anjo, mas sim porque era um aluno meu, e eu não permito que nenhum de meus alunos passe pelo que passei na infância ou adolescência - por conta da timidez.

Sou tirado de meus pensamentos, quando ouço uma leve batida na porta de meu quarto.

: Entre. - Digo, enquanto me ajeito na cama.

Floyd: Bom dia, senhor. - Diz, adentrando o quarto cautelosamente, com uma bandeja em mãos. - Trouxe seu café da manhã!

: Eu já ia descer.. - Digo arrastado.

Floyd: Pensei que ainda estivesse dormindo, senhor. - Falou, se aproximando e deixando a bandeja no criado-mudo. - Achei que acabaria se atrasando, por isso resolvi adiantar e trazer seu café.

: Tudo bem, obrigado Floyd. - Respondo, sentando-me em seguida.

Floyd: Não precisa agradecer. - Falou, enquanto fazia uma... reverência? - Agora irei terminar de fazer meus outros deveres, bom apetite. - Disse já se encaminhando até a porta, logo saindo e a fechando.

Com toda certeza Floyd era o melhor mordomo de todos!

Ele trabalha para mim desde meus dezenove anos, que foi quando resolvi morar sozinho.

Floyd é quatro anos mais velho que eu, e ainda assim consegue ter mais disposição.

Saindo de meus pensamentos - mais uma vez. - como apressadamente, pois ainda tinha que me arrumar para o trabalho.

[....]

Acabo de chegar no colégio, no qual por sorte não havia me atrasado.

Adentro a sala onde daria a primeira aula do dia, fazendo com que algumas garotas murmurassem coisas como "ele é tão gato", "o que eu não daria para te-lo ao meu lado" e "um dia eu ainda vou sentar nele!" não, não vai.

Coloco minhas coisas ao lado de minha mesa, logo me virando para observar a turma.

: Bom dia. - Digo firme, fazendo as meninas delirarem.