Capítulo 7- Apaixonadinha.

16 2 12
                                    

Stella Miller*

Já se passou 3 meses desde o dia que eu perdi meu bebê. Não estou mais trabalhando já que o David me proibiu até eu ficar pelo menos 80% melhor. Eu ainda não consigo crê que eu perdi meu bebê, meu menino, nunca quis ter um filho, mas quando eu descobri que eu ia ter ele, sei lá algo mudou em mim, virou uma coisa que eu queria, e eu queria muito, mas to melhorando e bastante, minha vó disse que uma hora a gente se acostuma com a dor, que ela não vai sumir, mas vai diminuir. O David vem aqui todo dia depois do trabalho me visitar e vê se eu estou bem. Ninguém da empresa sabe que eu estava grávida, só o pai dele que veio uma vez aqui ainda quando eu estava grávida.

Flashback on*

Era 20:30 tinha acabado de sair do trabalho, e estava sentada no sofá quando a campainha toca.

-Senhor Coller? O que o senhor está fazendo aqui? -Pergunto assim que atendo a porta.

-Você pode enganar meu filho, mas a mim não, achou mesmo que esse seu plano ia dá certo? -Ele pergunta grosso pra mim.

-Que plano senhor?- Pergunto já sabendo do que ele fala.

-Esse seu plano da barriga. Saiba que meu filho não vai cair nisso, isso só vai atrasar a vida dele, então se for mesmo filho dele se vai abortar, ele só tem 28 anos para ter um filho, principalmente de uma golpista como você, e caso você não abortar pode ter certeza que vou fazer um inferno na sua vida. Eu só vim falar isso mesmo.- Ele falou indo embora. E eu fiquei lá parada na porta sem reação nenhuma.

-Quem era filha?- Meu pai pergunta.

-Ninguém. Deveria ter sido alguma criança.- Falo fechando a porta.

Flashback off*

Nunca contei ao meu pai quem era, só a Ells e as meninas que quis mata ele, elas são demais sério, sempre vem aqui ver como eu estou, normalmente elas vem mais no final de semana já que elas trabalham. E realmente ele fez um inferno na minha vida, até o David descobrir e brigar com o pai dele.

Achei que o David ia estar bem aí, é aliviado de eu ter perdido o bebê, mas não ele está nada bem, eu me arrependo muito de ter falado da aquele jeito com ele, mesmo que antes ele tinha me tratado que nem bosta, mas ele já tinha mostrado que estava mudado e que amou a ideia de ter um bebê, e eu ter falado aquilo dele não foi nada certo, até porque o que aconteceu comigo e com ele, não tinha nada haver com o bebê. E realmente ele mudou, acho que estou começando a gostar dele, ele vem aqui todo santo dia ver como eu estou, essas coisas... me traz flores, chocolate, entre outras coisas... E ele vem no final da tarde e fica comigo até a noite. As vezes eu até penso em pedir desculpa sobre aquele dia, mas sei lá não consigo.

A campainha toca que me levanto do sofá para vê quem é.

-Pode ficar aí boneca. Eu atendo- Meu pai fala como eu já tinha dito ele e super protetor, não me deixa fazer nada.

-Pai. O senhor sabe que eu sei andar né?!- Falo risonha pra ele.

-Sei. Só que se está deitada, e eu estou em pé, então mais que justo eu atender, já estou do lado mesmo.- Meu pai diz indo atender a porta.- Oi Ells, tudo bem?

-Oi tio, tudo e com o senhor?- Escuto a voz da Ells.

-To bem. Entra, a Stella tá na sala assistindo.

-Oi meu amorzinho como você está?- A Ells pergunta, das meninas ela é a mais próxima de mim.

-Oi, estou bem.- Digo tentando enganar mais a mim mesma do que ela.

-Ta bem mesmo?- A Ells insiste.

-Não. Mas vou ficar- Falo suspirando.

-Vem vou te levar para almoçar fora, você precisa sair um pouco, tá pior que a cinderela.

-Ah não. Não tô afim.- Falo suspirando.

-Vai bora. Só um almoço, assim que você quiser vim embora, nós vem.- Ela fala dando um sorrisinho.

-Ok. Tá bom, mas não vamos demorar.- Falo me levantando para ir me trocar.

(...)

Eu e a Ells já estamos no shopping desde de o começo da tarde, já almoçamos e tudo e estamos agora comprando algumas coisas quando percebo que já é 17 horas, jajá o David vai ir lá pra casa e fica chato ele ir me ver e eu não estou lá.

-Bora Ells.- Falo.

-Mas por que? Pensei que nós estava nos divertindo.- Ela fala com um ar de triste.

-E nós estamos, mas é que...- Paro na hora de falar porque sei que ela vai me encher o saco.

-Mas é que.... Continua vai, se começou agora terminar.- A Ells fala desconfiada.

-To cansada, só isso.- Falo tentando fugir do assunto.

-Fala logo que eu sei que não é isso, se não se n ia enrolar para falar.

-Ai tá, o David jajá vai ir lá para casa e fica chato eu não está lá.- Falo me dando por vencida.

-Oh não. Se tá gostando dele!- A Ells fala.

-Que? Não! Tá doida. Não tô gostando de ninguém.- Falo desviando o olhar.

-Esta sim. Seu olhar fala tudo.- Fala alegre.

-Para de delirar garota, já falei que não tô.- Falo fingindo estar brava, mas com toda certeza estou vermelha que nem um pimentão.

-Ai que fofa, toda apaixonadinha. Vai bora pra casa para você ver seu amor.- Fala apertando minhas bochechas, enquanto eu revirou os olhos.

Entre o ódio e a dor Onde histórias criam vida. Descubra agora