Paulo André Camilo um homem machucado pelo destino, ele se tornou frio para todos, pra ele é só o trabalho e mais nada.
Por outro lado Jade Picon Froes uma mulher que mesmo com muitas perguntas sem respostas, altos e baixos continua sorrindo pra vid...
Devem ser 21horas, e eu ainda estou na rua quase chegando já em casa, sinto meu celular vibrar várias vezes, deve ser minha mãe me ligando preocupada, hoje sai muito cedo de casa deixando minha filha em prantos, me partiu o coração mas não tinha outra opção, trabalhei todo dia como garçonete num evento de uma empresa, lá conheci uma mulher super simpática que ficou com o meu número e disse que o filho dela estava precisando de alguém para cuidar da casa dele, ela disse que se o filho aceitar ela me ligaria.
Quando terminamos o serviço, com o dinheiro que recebi aproveitei para comprar algumas coisas que faltavam em casa, fralda e algumas coisinhas pra Maya que também estava faltando.
Meu celular vibrou mais uma vez, mas eu não posso atender e chamar atenção dos ladrões, já estou no portão de casa mesmo, já dava até pra ouvir o choro da Maya.
- mãe chegueiii - fechei a porta e Pousei as coisas na mesa da cozinha, e fui ao encontro dela.
Minha mãe tentava pôr a Maya pra dormir na minha cama, que assim que me viu, começou o choro e correu ao meu encontro se agarrando nas minhas pernas
- mamã - falou choramingando e puxando as minhas roupas para que eu a pegasse ao colo
- como foi o seu dia filha? - me abraçou de lado
- hoje dei sorte mãe, dentre todos aqueles ricassos eu conheci uma senhora, ela se chama Mary Camilo uma senhora muito simpática, disse que o filho dela está precisando de alguém para cuidar da casa dele, uma espécie de governanta - falei entusiasmada enquanto me sentava ao lado dela na cama com a Maya no colo.
- aí tomara que essa mulher te ligue minha filha - minha mãe falou positiva
- eu também estou muito positiva mãe, ela me pareceu ser uma ótima pessoa, e pela aflição o filho dela deve estar precisando
- mamã tetê - a mãozinhas dela foram de encontro ao meu seio
- a Maya é irredutível
- hoje ela realmente sentiu falta da tetê dela, vai ser difícil o desmame - minha mãe comentou
Desde que Maya completou dois anos, isso á um mês, estou tentando desmamar ela o que está sendo muito difícil, ela chora bastante até que eu não vejo outra forma a não ser dar o peito pra ela, bom pelo menos reduziu o número de vezes que ela mama por dia, agora só são duas vezes, quando ela acorda e antes de dormir.
- mãe pelo amor de Deus, aguenta ela só mais uns minutinhos, só o tempo de eu tomar um banho - falei já entregando a Maya que logo começou a chorar alto
Para não perder mais tempo entrei rapidamente no banheiro, tentei ser a mais rápida possível, porque a Maya não dava trégua no choro. Saí do banheiro e me vesti num piscar de olhos com um blusão que usava como um vestido para dormir, peguei ela no colo e me deitei na cama, Maya não perdeu tempo e abocanhou esfomeada o bico do meu seio.
- desculpa ter te feito esperar meu amor, May - ela apenas me olhou sem parar de mamar - mamãe sentiu saudades filha-dei um beijo no topo da cabeça dela - perdoa a Deja neném? - ela sorriu pra mim - isso deve ser um sim, obrigada bebê.
Dormi a noite toda despreocupado pois não tenho que acordar cedo para fazer algum tipo de trabalho amanhã é domingo, e enquanto dona Mary não me liga vou descansar um pouco desses últimos dias, foi muita correria.
***
Plano de acordar tarde foi por água abaixo por motivos óbvios, Maya acordou cedo, ela sempre acorda comigo, porque eu acordo sempre cedo, mas hoje queria fazer diferente.
- bam dea mamã - falou me dando beijinhos
- bom dia minha moranguinho - abracei ela, esse é o meu jeito favorito de acordar, com muito amor - temos que tratar dessa juba mocinha.
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Maya é moreninha, nós achamos que o pai dela deve ser negro. Ainda é muito doloroso pra mim lembrar daquele dia, eu só me lembro de ter acordado nua naquele lugar com sinais de que fui molestada e drogada não sei quem foi, minha mente apagou qualquer traço do homem. Sem ter me recuperado da dor de ter sido estuprada, eu descubro a gravidez, isso três meses depois.
Foi muito difícil aceitar que o que fizeram comigo gerou um fruto, o Léo e a Nina se culpavam pois foram eles que insistiram pra que eu fosse naquela festa, mas eu nunca os culpei, eles e a minha mãe ajudaram bastante pra que eu não caísse em uma depressão.
Eu só consegui aceitar a criança nos últimos meses da gravidez, daí eu comecei a me imaginar sendo mãe, eu só soube do sexo do bebê logo que nasceu, porque eu não quis saber, nem roupa eu tinha comprado, as coisas da Maya as dos primeiros dias foram compradas às pressas do dia que ela nasceu.
Quando a Maya nasceu foi uma outra surpresa, os traços dela logo deu-se conta de que ela não seria tão branca. Naquele dia eu chorei muito, chorei tudo que eu tinha pra chorar e jurei a mim mesma que não derramaría mais nenhuma lágrima pelo que tinha acontecido comigo, pois eu dei a luz a um ser humano que não tinha culpa de nada ela não pediu pra nascer.
Assim que eu peguei a minha filha nos braços eu dei o nome de Maya, que era um nome que eu guardava para dar a uma filha que eu tivesse com um homem que eu realmente amasse de verdade e que me amasse também, agora a parte do amor não importava mais, o que importa é que ela é minha e de mais ninguém. Eu prometi que poderia faltar qualquer coisa a minha filha, menos o amor de mãe.
Léo e minha mãe pagaram sessões de terapia pra mim, pelo menos os pesadelos pararam, ainda não consegui ficar com nenhum homem. Na época em que aconteceu tudo aquilo eu namorava o Gabriel, que assim que descobriu a gravidez saiu espalhando pra todo mundo que eu era um vadia puta estava grávida mais não sabia quem era o pai
Depois de cumprir com o meu dever de mãe, que foi dar banho e comida a Maya voltei pra cama com ela, hoje estamos com preguiça de tudo.
- Nani - meu celular estava com ela quando começou a chamar e ela me entregou
- ihh como adivinhou Maya ? Nina a Maya estava com o celular nas mãos e adivinhou que era você. - contei pra ela
- a May sentiu que era a dinda ligando, conexão de milhões - Nina ficou se achando.
Fiquei conversando com a Nina por um bom tempo, tava com saudades então resolvi chamar ela pra almoçar com a gente hoje...
