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Londres – Inglaterra, 20 de Dezembro de 2022

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Londres – Inglaterra, 20 de Dezembro de 2022

     Abro os olhos ao ouvir um choro de bebé. Passo a mão pelos olhos, esfregando-os e assim que os abro, percebo que estou no hospital. Levanto-me de imediato, ao relembrar que sou pai e que o meu filho nasceu ontem, para logo o alcançar e o retirar o berço. Lembro-me de a enfermeira me dizer que a deveria chamar, no caso de ele chorar, podendo ser fome. Observo Anastacia ainda a dormir e confesso que estou com medo. Não era suposto ela ter acordado já?

     — Bom dia, amor do pai. — Abano Finn no meu colo, sorrindo docemente quando o choro parece acalmar, mas assim que abre de novo a boca para chorar, carrego no botão para chamar a enfermeira. — Eu sei, eu também tenho fome! A menina já vem para me ajudar, aguenta só mais um pouquinho.

     — Bom dia, George. — O médico diz, ao entrar com a enfermeira, e sorrio aliviado quando vejo um biberão nas mãos dela. — Como passou a noite? Podia ter pedido uma cama, não tinha de dormir na poltrona.

     — Oh, eu fiquei bem, não se preocupe.

     — Temos aqui este leite materno enquanto a mãe não acorda. — A enfermeira informa e observo atentamente a forma com ela verifica a temperatura do leite. — Quer ser o George a dar? — Confirmo com a cabeça e sento-me, de novo, na poltrona, segurando no biberão. — Com cuidado. — Ela explica-me como o devo fazer e sorrio ao ver como Finn logo agarra o bico do biberão.

     — Estavas mesmo cheio de fome, campeão. — Comento enquanto mantenho a minha atenção no meu filho. — Doutor, é normal ela ainda estar a dormir? Ela está bem?

     — Como lhe disse ontem, a Anastacia, devido à condição de saúde dela, teve de ser induzida em coma. — Mantenho o olhar no bebé, para garantir que tudo corre bem, mas ouço o que ele me diz. — Dentro de pouco tempo o efeito passará e ela acorda.

     Confirmo com a cabeça, sem dizer uma única palavra. Eu sei que algo se passa com ela, já ontem me deram a entender isso, mas ninguém me quis dizer o quê. Tanto Charles como o médico, disseram que seria melhor esperar para que ela fale comigo. Finn já arrotou e sinto-me aliviado por o saber como fazer devido aos meus sobrinhos. Ele dorme tranquilamente no meu colo, já depois de o médico ter saído, e olho para a porta ao ver que ela se abre.

     — Está a dormir? — Leclerc inquire baixinho e aponta para o menino. Abano afirmativamente a cabeça mas faço sinal que ele pode entrar. — Ele parece-se contigo a dormir. — Reviro os olhos, uma vez que sei que ele está gozar comigo. Finn dorme com a boca entreaberta e com as mãos erguidas ao lado do rosto. — Tu és assim, G.

     — Isto não é um motivo de piada, é um motivo de orgulho. — Entro na brincadeira e ajusto as mãozinhas dele para ele não se magoar. — Não vais mesmo dizer-me o problema que ela tem? Eu já percebi que é algo grave.

     — Tem de ser ela a contar. — Respiro fundo quando o piloto da Ferrari me responde e mordisco o interior da minha bochecha. — Eu sei que quer ser ela a contar-te. — Balanço o olhar entre o monegasco e o meu filho e ergo-me lentamente. — Onde vais?

see you later ⌈ george russell ⌋Onde histórias criam vida. Descubra agora