capítulo 22

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Maraisa

Acordo com a luz do sol no meu rosto, levanto resmungando e vou direto para o banheiro, tomo um banho e faço minha higiene matinal, coloco um short jeans e uma blusa sem sutiã e desço para o café da manhã. Admito que estou morrendo de medo da bronca que mamãe vai me dá, sei que ela tem motivos para brigar comigo e ficar muito zangada mas não quero destruir a nossa relação. Desço para o andar de baixo, mamãe estava na sala de jantar tomando café da manhã em silêncio, sento no meu lugar e não falo nada

Marília: Quando acabar quero que vá no meu escritório - fala sério e saindo da mesa

Pego um suco e uma torrada, tomo meu café da manhã e tento me acalmar para não chorar na hora da bronca, eu não deveria ter saído sem comunicar minha mãe e agora tenho que encarar as consequências

Maraisa: Com licença mamãe - falo entrando no escritório dela

Marília: Senta - indicou a cadeira na frente da sua mesa - Pode me explicar por que saiu de casa para uma festa sem me falar nada?

Maraisa: Mamãe... - ela me interrompe

Marília: Nada de mamãe, você já é uma mulher e tem que saber muito bem o que faz, se eu não tivesse aparecido aquele moleke teria feito alguma coisa com você - abaixo a cabeça - Mora na minha casa, come da minha comida e o mínimo que pode fazer é me avisar

Maraisa: Se fosse pra brigar comigo era melhor não ter me trazido para a sua casa - falo irritada

Marília: O que disse? - perguntou parecendo incrédula

Maraisa: Você nunca me amou, preferiu me mandar para longe assim que a mamãe Priscila morreu para não ter a responsabilidade de cuidar de mim - levanto da cadeira - Eu estou estragando a sua vida perfeita, era melhor ter deixado eu morar com a minha tia

Saí correndo do escritório, subo para o meu quarto chorando e me tranco lá dentro, eu sei que ela nunca me amou e por isso decidiu me mandar para aquele internato, ela nunca quis ter a responsabilidade de cuidar de mim assim que a mamãe Priscila morreu. Deito na cama e ouço ela bater na porta me chamando, enfio minha cara no travesseiro e continuo chorando

Marília: Isa, deixa eu entrar - fala batendo na porta com força

Maraisa: Eu quero ficar sozinha - falo soluçando

Abraço o ursinho de pelúcia que eu tinha ganhado dela quando era criança, ela só ia me visitar uma vez no mês e eu odiava passar os finais de semana sozinha, faz tempo que não falo com tia Laura e quero saber como ela está. Às vezes fico pensando que era melhor morar com a minha tia ou arrumar um lugar pra mim, ouço a porta abrir e vejo tia Maiara parada na porta com um sorriso fraco

Maiara: Ah meu amor, não chora - ela senta ao meu lado - Eu já passei por isso

Maraisa: Ela não me ama tia, e nunca vai me amar - deito minha cabeça em seu colo

Maiara: Querida, ela te ama e muito - seco minhas lágrimas - Não duvide disso. Que tal saímos para comer bolo com a sua avó?

Maraisa: Vamos sim, sinto muita saudade dela - dou um sorriso fraco - Não quero falar com a minha mãe agora

PROIBIDO  / Malila ( G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora