Sem rótulos

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Juh: Eita, Rodolffo está escurecendo já. Daqui a pouco eu preciso voltar para casa.

Rod: Own, queria ocê aqui comigo...

Juh: Eu tb queria ficar contigo aqui para sempre. Mas não posso, preciso voltar à realidade.

Rod: Juh, eu te amo muito. Ocê é a mulher da minha vida. Disso não tenho dúvida nenhuma. O que aconteceu aqui com a gente agora, nunca senti com nenhuma outra mulher na minha vida. Ocê aceita ser minha namorada?

Juh: Ai, Rodolffo, eu te amo. E sei que tu foi feito para mim. O que vivemos aqui nessa tarde foi mágico. Como tudo em nossa vida. Desde o nosso primeiro beijo anos atrás, nosso reencontro no BBB e hoje nossa primeira vez aqui. Foi perfeito! Mas minha vida tá uma loucura, tudo muito diferente...sai totalmente da minha zona de conforto, para uma realidade maluca na qual eu não estou nenhum pouco acostumada. Preciso me adaptar primeiro a tudo isso, antes de aceitar seu pedido. Não precisamos rotular nada agora.

Vejo que os olhos dele se encheram de lágrimas.

Juh: Não fica assim, por favor! Não é que eu não te ame, nem queira ficar contigo agora. Nunca duvide que eu te amo.

Rod: Eu entendo que é tudo muito novo para vc. Mas não posso evitar ficar triste com sua recusa ao meu pedido. Mas vou ser compreensivo e dá o tempo que ocê precisa. Seremos então, nem namorados e nem ficantes. E se ocê quiser ficar com outra pessoa? Como vai ser?

Juh: Piruca, pelo amor de Deus! Eu te amo, não sinto vontade de ficar com ninguém. Esquece isso? Mas e tu? Se aparece alguma daquelas plastificadas que tu gostava? Fãs assanhadas bem gatas, dando em cima de tu? Como vai ser?

Rod: Eu só tenho olhos para vc. Apesar de eu está triste com o que ocê me falou, que eu entendo perfeitamente, eu só consigo pense em ocê. E ter vc comigo. Não olho para nenhuma outra.

Juh: Rodolffo, olha para mim. Ele olha na minha direção, mas não nos meus olhos. Piruca, por favor, olha nos meus olhos aqui...EU TE AMO! Não é pq eu não aceitei formalmente namorar contigo que isso muda, tá certo? Me entende, pufavô!

Rod: Eu olhei para Juh, e ela estava com lágrimas nos olhos tb, quando me pediu para olhar nos olhos dela. Ela falou que me ama e pediu para não duvidar disso. Não tive resposta, a não ser, pegar o rosto dela, e beija aquela boca de chupapéda.

Juh: Amor, eu vou tomar um banho para gente jantar, vou jantar contigo antes de ir embora.

Rod: Tá certo, Juh! Vou pedindo aqui nosso jantar. Ocê tem alguma preferência para o jantar de hoje?

Juh: Não, tu pode escolher ai! Confio em tu!

Rod: Tá bão! Juh vai tomar banho e eu fico aqui escolhendo. Acho pedindo um risoto de camarão e uma barca de sushi, que sei que ela ama.

...enquanto Juh está no banho e espero chegar nosso jantar eu fico pensando em tudo o que ela falou. Apesar de entender o ponto de vista dela, eu fico triste pq queria que ela aceitasse ser minha namorada. Amor tem de sobra, mas ela tem medo. Consigo compor um trecho de uma música. Ao menos isso me inspirou. Pego o violão e começo a cantar.

Sem definir, sem rotular
A gente segue se encontrando
Na cama segue amando
O importante é se pegar

Quatro paredes e nós
Fazendo amor lento
Fazendo amor veloz
O que a gente faz é diferente dos iguais

A gente briga igual casal
E se pega como amante, oh, oh
A gente não tem nada sério
Mas o ciúme é constante
Nem namorado e nem ficante

Estou cantando e tocando aqui meu violão e paro quando começo ouvir palmas, era Juh, que observava tudo em silêncio até resolver aplaudir.

Juh: Piruca, que massa! Essa música já existia? Nunca ouvi, mas gostei demais!

Rod: Não existia não, July! Eu fiz agora. E as coisas que ocê me disse me inspirou.

Juh: Ficou muito boa, Rodolffo! Sei que tu ficou triste comigo, mas me entende, pufavô!

Rod: Eu entendo seu ponto de vista, Juh! Sério! Fiquei triste sim, mas vai passar.

Nessa hora chega nossa jantar. Comemos na varanda da cobertura do quarto do hotel, onde tinha a piscina privativa com uma vista de linda do Cristo Redentor e da praia. Não houve muito assunto, pq o clima ficou tenso. Eu não conseguia esconder minha frustração, e Juh tb não ficou bem. Mas não queria que ela se sentisse pressionada a nada. Decido puxar conversa.

Rod: Juh, me conta! Já fechou com muitas marcas. E a música? Ela estava de cabeça baixa olhando o celular, mas me olha quando eu faço essas perguntas, fica me encarando e depois responde.

Juh: Eh, sim...estou quase fechando com algumas marcas e lendo alguns contratos novos que estão chegando. E sobre a música, eu já iria te contar. Um sócio de Anitta vai me encontrar amanhã para conversamos sobre minha carreira musical.

Rod: Ah, que bom, Juh! Ocê tem muito talento para cantar. Eu confesso que mais uma vez fiquei triste, pq pensei que ela iria me falar sobre isso logo, mas esqueceu de me dizer algo que eu incentivei tanto dentro da casa.

Ao término do jantar, nós ficamos conversando amenidades, mas o clima não estava dos melhores entre nós.

Juh: Eita gotaaa, eita mulesta! Já são 10 horas da noite, preciso ir. O pobi de Ricardo tb precisa ir para casa dele.

Rod: Tá certo, Juh! Quer que eu te leve?

Juh: Não precisa, piruca! Tu deve está cansado! A gente não demora a se ver não, né?

Rod: Farei o possível para que não demore nosso próximo encontro.

Juh: Rodoffô, não esquece que acima de qualquer coisa, eu te amo! É só um tempo que eu preciso, tá bom?

Rod: Tudo bem, Juh! Eu te amo, demais!

Nos despedimos e agora, só Deus sabe quando vamos conseguir nos ver novamente. 

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