Prólogo

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Kara Zor-El  |  Point of View




— CARALHO, KARA! TEU VÔO É EM MEIA HORA, FILHA DA MÃE! TEMOS QUE IR. – Ouvi o grito raivoso da minha irmã no andar de baixo.

— ESTOU INDO!! – Grito, correndo pelo quarto e caindo quando meu pé enrolou na colcha da cama. — Ai! Porra!! Inferno!! Me levantei num pulo e fui para o meu closet pegar minha mala.

— Certo, não estou esquecendo de nada. Eu espero, né? – Falo, coçando a nuca vagando os olhos pelo meu quarto. Dei um pulo quando a porta se abriu com violência causando um estrondo alto, logo vi minha mãe com uma expressão irritada no rosto, caminhando na minha direção na força do ódio.

— Você vai descer agora. – Disse entre dentes, puxando minha orelha.

— Ai, ai, ai! Mãe, está doendo! – Choramingo, descendo as escadas com minha mala e tentando fazer ela largar minha orelha.

— Você está a uma semana arrumando suas coisas, já pegou tudo, para de paranóia, Kara! – Fala em tom sério.

— Tá bom, já entendi. – Falo quase chorando e ela soltou minha orelha. — Misericórdia, vocês são todos agressivos. – Resmungo massageando minha orelha que estava quente e dolorida.

— Vamos logo. – Meu pai surge da cozinha com a chave do carro.

Nós três caminhamos para a garagem e entramos no Jeep preto do meu pai. O portão automático abriu e meu pai começou a dirigir pelas ruas. Felizmente o aeroporto fica a quinze minutos da minha casa, ou eu estaria fodida.

— Vê se não vai fazer merda, hein? – Minha mãe fala no banco da frente.

— Ah, a senhora está me pedindo demais. – Falo e minha irmã Alex riu levemente.

— Se fizer merda, eu te capo quando voltar. – Ela ameaça eu arregalei os olhos, ouvindo meu pai e Alex gargalhando.

— Que isso, mãe? Vou ser tão anjo que o Tiago vai me dar o colar do anjo toda semana. – Eu falo e minha irmã gargalha mais alto.

Depois explico essa frase dela “me capar”.

Chegamos ao aeroporto e meu vôo já tinha sido chamado duas vezes. Corri para o check-in e fiz tudo que era necessário. Depois de despachar minha mala, eu fui até minha família.

— Preciso ir. – Falo suspirando e vendo eles sorrirem tristes. — Sentirei muita saudade de vocês, mas me enviem forças por pensamento ou magia, sei lá. – Falo e eles riem. Minha mãe já chorava. — Se cuidem. E pai... não me demita depois que eu sair de lá.

— Vou pensar no seu caso. – Diz brincalhão. — Se cuide e seja você mesma. Não crie uma personagem porque uma hora vai dar merda.

— Tudo bem, pai. – Falo abraçando o homem.

— Filha, me deixe orgulhosa. – Minha mãe diz chorosa, me abraçando apertado. Eu já não conseguia evitar as lágrimas.

— Pode deixar. – Falo e abracei minha irmã mais velha. — Cuida desses velhos ranzinzas.

— Deixa comigo. – Diz sorrindo.

Meu vôo foi chamado mais uma vez.

— Amo vocês, não se esqueçam disso e fiquem bem na minha ausência. – Falo sorrindo entre lágrimas.

— Amamos você. – Falam juntos.

Abracei eles uma última vez e segui para o portão de embarque com meus documentos nas mãos. Quando entrei no avião, procurei minha poltrona e logo me acomodei.

This Love - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora