Carinho.

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O dia continuou frio desde que o grupo saiu do shopping.

Eles entraram na caminhonete e seguiram em direção à Alexandria, comunidade que os abrigou desde o ínicio com os braços abertos, com um ótimo líder e com ótimos membros para administrar todo o espaço.

Todos olharam para Hoseok e para a criança que com ele estava quando entraram no carro, querendo saber o que tinha acontecido. Mas eles não foram respondidos, afinal, o silêncio era a prioridade no momento. O pequeno perdido precisava descansar. As olheiras visíveis em seu rosto tão magro indicavam isso.

Após chegar em Alexandria, Jungkook pediu licença e disse que hoje não poderiam fazer parte da organização e da entrega de produtos para os moradores, visto que tinham algo mais sério a ser realizado. Com Jimin no colo e com o marido com a criança ao seu lado, ele andou em direção à sua casa que ficava no meio da comunidade, entre a praça principal e o lago.

A casa era grande e espaçosa, com dois andares e com as paredes pintadas de azul claro. Havia um belo jardim na frente preenchido por rosas vermelhas e por árvores com folhas largas, caindo conforme os dias passavam e enfeitando o chão. A porta da frente não era muito pequena, branca, e com a maçaneta dourada. Jungkook não demorou a tocá-la, abrindo passagem.

— Papai, eu quero brincar com o menino — sussurrou Jimin no ouvido do mais velho.

— Depois, querido. Ele precisa descansar, comer e tomar um banho — Jungkook o respondeu, acariciando o rosto do filho. — E você precisa experimentar as roupas que pegamos, tudo bem? Vamos fazer isso agora.

— Tudo bem, papai.

Seguindo em direção para as escadas que levavam ao primeiro andar, Jungkook foi para o quarto de Jimin junto com as roupas de inverno que pegaram, deixando o marido e a criança adormecida sozinhos.

Olhando para Taehyung, Hoseok caminhou com ele para o quarto de hóspedes, acariciando a sua bochecha rala a fim de acordá-lo. Com lentidão, o garotinho abriu os olhos e bocejou, calmo por se sentir seguro, e relaxado por estar em um lugar tão quente e confortável. O pequeno ergueu a cabeça, fitando o adulto.

— Hobi?

— Oi, meu bem?

— Onde e-eu estou?

— Você está em casa.

A criança se mexeu.

— C-Casa?

— Sim. E sabe o que faremos agora? — perguntou, baixo. Taehyung negou ainda sonolento. — Eu vou te dar um banho bem quentinho e vou te dar uma comidinha bem quentinha também.

— Agora?

— Agora, Tae. Você se importa que eu te dê banho?

Após ver o menino negando, Hoseok sorriu para ele e foi para o banheiro, colocando-o sentado na tampa do vaso sanitário e ligando o registro da banheira. Logo ela encheu até a boca, repleta de sabão e perfume com cheiro de flores.

O banheiro foi preenchido com um aroma doce, com os azulejos úmidos por causa do calor e sendo iluminado pela luz vindo do lustre pequeno preso ao teto.

— A água está morna. Vem aqui.

Segurando o pequeno nos braços, colocando-o com demora dentro da água, o rapaz o viu fechar os olhos, gostando de sentir o carinho que fazia em suas orelhas. Taehyung ronronou como um gatinho, buscando por mais do toque de Hoseok.

The gloomy corner.Onde histórias criam vida. Descubra agora