you like the bad ones too

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Louis espera Lottie, que foi ao banheiro, enquanto tenta ao máximo não ficar na linha de visão de Liam e Zayn (se tem algo que ele não quer fazer hoje é se justificar ou se explicar para os seus amigos). Contudo, ele não consegue se esconder dos olhos atentos de Niall, que acaba cutucando Harry no braço e apontando para o fundo do bar. Ele dá um sorriso sem graça e suspira quando o cantor o vê. Não tem como fingir que seu corpo não se abala quando Harry caminha em sua direção, é como eletricidade se misturando à sua corrente sanguínea, é como voltar à ter quinze anos e vê-lo pela primeira vez no corredor da escola e receber suas boas vindas. Aqueles cabelos estrategicamente bagunçados, os brilhantes olhos esverdeados com as pupilas dilatadas, o caminhar confiante, as pernas esguias dentro da calça apertada, as coxas voluptuosas quase rasgando o tecido — afinal, como o pau dele não quebrou ou qualquer merda assim? —, a camisa preta transparente quase toda aberta, aquele peitoral tatuado, tão projetado para frente.

Louis quer morrer, mas, ele também quer ficar bem vivo porque se ele for sortudo o suficiente essa imagem de pecado é real e ele pode tocá-la.

Harry para na frente dele e o lança aqueles seus bonitos sorrisos tímidos e adoráveis, as mãos para trás e a cabeça tombando para o lado, como se estivesse diante da realeza.

— Oi Louis, nem acredito que está aqui.

— Yeah — Louis murmura como quem diz "pois é, nem eu", porque é a verdade, afinal — Seu celular, vim devolvê-lo pra você.

Ele entrega o aparelho descarregado na mão de Harry. Ele mexeu em todos os aplicativos possíveis até toda a porcentagem de carga desaparecer para que seu ex-melhor amigo tenha um pouco mais de trabalho em ver suas pequenas surpresas.

— Oh, o seu está aqui — Harry pega o celular do bolso e entrega à Louis, a tela acende com o movimento e, aparentemente, não há nada diferente no aparelho. Harry deixou o celular 100% carregado. Maldito. — Gostou do show?

— Foi ótimo — Louis diz sem sorrir, mesmo que no fundo tenha amado cada música tocada e ficado feliz por ouvir a voz de Harry de novo.

— Harry! — Lottie volta e corre para cima de Harry em um abraço apertado, cheio de saudade — Quanto tempo!

— Hey, Lottie, quanto tempo, eu tenho te acompanhado online, seu conteúdo está maravilhoso.

— Obrigada! — Ela agradece e o abraça novamente.

Harry sempre foi próximo da família Tomlinson, é muito estranho ter passado todo aquele tempo distante, desde que ele e Louis brigaram.

— Bom, amanhã não tem aula, por causa da reunião dos coordenadores dos cursos, então, o pessoal da fraternidade está fazendo uma reuniãozinha, acho que não pararam de beber desde ontem na verdade, vocês querem ir?

— Seria divertido, o que você acha, Lou?

Louis troca um olhar profundo com Harry e desvia quando o rapaz usa sua expressão de filhotinho.

— Vamos ver, okay? — Ele responde à sua irmã e no celular digita uma mensagem no grupo de cheerleaders para convidá-los, uma reuniãozinha (que ele sabe que virará uma grande bagunça) é sempre melhor com seu squad. Quando ele tem a confirmação de Maddy, Kat, Cassie e alguns dos meninos da equipe de torcida, ele pensa que pode até ser uma boa ideia, mais algumas horas de diversão estendendo seu final de semana, por que não?

— Vou ajudar Niall com os equipamentos — Harry avisa e dá um abraço curto na irmã de Tomlinson. Depois, ele se inclina na direção do rosto de Louis e planta um beijo em sua bochecha, perigosamente perto dos seus lábios — Espero vê-lo lá, seria divertido.

So it goes | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora