Maré alta [cap. 7]

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To inspirado então vamo q vamo
——
George's pov

Desci do carro ao chegarmos na grande e assustadora White Hill. Eu estava descansado e disposto a ir para aula pela primeira vez desde a morte da minha mãe, faziam tempos que eu não dormia a anestesia de lágrimas. Mas, como tudo bom sempre acaba, logo pensamentos sobre meu pai invadiram meu cérebro; Queria poder pensar que ele seria legal o bastante para entender que eu amo me divertir como um adolescente normal, mas conhecendo o sujeito.. imagino que ele esteja esperando a oportunidade certa para me deixar roxo de hematomas.

Suspirei.

Clay pareceu notar mas acho que pelo fato de estarmos em frente à escola, ele tinha uma ideia do que se tratava.

C- ei George! Vai ficar tudo bem.. estamos no último ano né?! O que pode acontecer?! - ele sorria com a ideia de liberdade.

Sorri também
.
.

Adentramos juntos os corredores extensos e úmidos daquela câmara de tortura.

De repente o primeiro par de olhos se apossou da minha consciência, depois o segundo.. e o terceiro; quarto..

Logo eu não conseguia mais contar quantos estiveram ali. Meus pensamentos ficavam cada vez mais altos nos meus ouvidos e a única coisa que eu conseguia ouvir era "isso foi um erro."

Olhei para Clay desesperado e disse aos prantos:

G- Me desculpa.
———
Clay's pov

G- Me desculpa.

O castanho saiu da visão do loiro em passos rápidos.

O que..?

Sussurrei.

Olhei em volta, inúmeras pessoas estavam me encarando como se pudessem ver além da minha alma, e foi aí que pela primeira vez, eu entrei na mente de George.

E de algum jeito, eu sabia exatamente onde ele estava.

——

George's pov

Não sei quanto tempo se passou desde que eu passei pelos portões vermelhos descascando mas logo o sinal indicando que a aula estava prestes a começar me alertou da realidade.

Passos largos me guiavam para dentro da minha sala de aula, passei pelo meu armário e peguei os materiais necessários das aulas de hoje. Tudo estava quase deserto, indicando que, com certeza, Clay já havia ido para aula.

—-
"Pois então, a revolução russa-"

Adentrei a sala de aula.

Engoli todo o ar que algum dia me deram direito ao observar todos as orbes oculares olhando diretamente para mim.

L- (professor de história, Luiz)

Luiz me encarou com conforto, indicando meu assento, sabia que ele entenderia.

-
"Alguma dúvida?"

Eu olhava os respingos de chuva que escorriam na janela ao lado da minha carteira.

Chuva na Flórida?

observava os caminhos feitos pelas gotas recém caídas, me traziam conforto.

JS- é verdade que a sua esposa agora 'tá solteira profe?- O filho da puta riu com a tentativa de humor.

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