Weakness

Jealousy

"- Case-a comigo. Quando ofereci minha coroa, disse que eu poderia pedir o que quisesse. Eu quero a Rhaenyra. Eu a aceitarei como está e me casarei com ela nas tradições da nossa casa. Me de Rhaenyra como esposa e juntos traremos a Casa do Dragão de volta a sua devida glória."

Por um momento pensei que Viserys poderia aceitar minha oferta. Nunca palavras haviam saído da minha boca com tanta certeza.

"- Mas é claro! Não é minha filha que você deseja. É meu trono."

Não sabia o que pensar. Seria meu irmão sábio, por saber que eu poderia planejar algo do tipo, ou tolo, por não conseguir perceber que meus desejos já haviam se alterado bem diante de seus olhos.

Ah irmão, tudo seria mais fácil se eu realmente só quisesse o trono...

"- Você já é casado. Volte para o Vale, Daemon. Para a sua legítima esposa. Lute para restaurar as sobras de honra que restam em você."

Nem mesmo usar Aegon, O Conquistador, como exemplo, uma argumentação válida por sinal, bastou para que meu irmão mudasse de idéia.

Restou-me então deixar novamente Porto Real, vagando sem rumo sobre Caraxes.

Voar costumava ser um ótimo jeito de espairecer, refletir sobre minhas ações.

Mas durante os últimos dias tudo o que martelava na minha cabeça era aquelas duas malditas frases:

"Você já é casado"

"Volte para o vale, para sua legítima esposa"

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Vale de Arryn, uma região tão frivola e entendiante quanto a mulher que a comanda.

Ouço Rhea se aproximar, montada em seu cavalo e cercada por armas de caça.

Ela era uma exímia caçadora, uma exímia montadora, mas até pessoas com exímias habilidades sofrem acidentes.

- Marido - o asco em sua voz era evidente ao me reconhecer sob o capuz preto, após me observar por alguns segundos ao longe - O que lhe traz ao vale?

Permaneci em silêncio, me aproximando sorrateiramente.

- Finalmente veio consumar o nosso casamento? - seu tom era debochado - Talvez as ovelhas se interessem... Mesmo que eu não. As ovelhas do Vale são mais bonitas do que eu, não é verdade?

Só mais alguns passos...

- Ou talvez, o seu irmão tenha finalmente se saturado de sua companhia. Rejeitado em favor de uma menininha... - Ela me provocava, tentando transparecer que não me temia, mas eu sei que temia - O que você fará agora?

Já me encontrava a centímetros de seu cavalo, apenas um pequeno movimento de minhas mãos já deixara o animal em alerta.

- Você planeja derrubar a menina? Ou... - seu semblante cínico deu lugar ao medo, ao finalmente perceber minhas intenções.

Antes que ela conseguisse alcançar o arco em sua aljava para se defender, agitei o cavalo e virei seu corpo contra o da mulher, derrubando-a e esmagando-a.

Me aproximei para certificar-me, notando que ela ainda respirava com dificuldades enquanto tossia um pouco de sangue.

Virei as costas e me preparei para sair do local do crime.

Logo ela estará morta, sufocada pelo próprio sangue.

- Sabia que não conseguiria terminar - ela usou suas últimas forças para cuspir as palavras em minha direção - Covarde!