infirmary

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Any Gabrielly

Segunda - feira 20:00

— Eu estou achando vocês extremamente estranhas.
— comentou minha tia tirando a messa do jantar desconfiada, juntamente com Isabelle enquanto eu mastigava a comida devagar para não correr o risco de vomitar em sua frente.

Desde de quando ela chegou não consegui trocar uma mísera palavra com ela, por medo e por estar quase morrendo.
Estou um pouco tonta e com muita ânsia de vômito, minha vista está começando a embasar

— Digam alguma coisa – parou na minha frente com as mãos na cintura e a feição brava.

— Alguma... – Isabelle iria terminar aquela fala se o alimento que estava comendo não estivesse saído toda pra fora.

— Any você está bem? – venho em minha direção desesperada segurando firme em meus cabelos.

— Sim – Foi o que consegui dizer antes da tontura aumentar e me deixar praticamente inconsciente

— Não, estou vendo que você não está nada bem! – e por que perguntou? — Vamos para o hospital agora! – não tive como descordar por que em segundos estava desmaiada.

Todo que conseguia escutar era o barulho da Cirene da ambulância em direção ao hospital e as enfermeiras comentando alguma coisa com minha tia que a deixou  um pouco assustada

Deus, por favor, que não seja o que eu estou pensando!

                                     (...)

A luz do lugar me incomodava, e o cheiro era insuportável, estava em uma cama de hospital, e eu odeio hospitais com todas as minhas forças, enquanto ainda estiver em condições de evitar esse lugar, irei evitar.

Mas agora essa não era o caso, ao lado da maca estava tia Laura, não conseguia distinguir sua feição.

Droga!

— Finalmente acordou estava preocupada, você passou por alguns exames de sangue o doutor deve está chegando com os resultados, que pelo o visto não são nada graves graças a deus. – arrumou o tubo de soro que estava no meu braço impaciente.

— Tia eu pre... – fui interrompida pelo o médico que aparentava ser bem jovem por sinal, ele era negro e alto, tinha os cabelos trançados em uma trança perfeita e uns belos olhos e estava com alguns papéis nas mãos.

Droga! Mil vezes droga!

— Any Gabrielly Rolim soares? – Minha tia assentiu rapidamente

— Os resultados dos exames já saíram
– disse sorridente, como se fosse a melhor notícia do mundo. Nojento!

— Diga doutor – Minha tia disse ansiosa. Eu não conseguia tirar o olhar de seu rosto

— Senhorita Laura soares, Any Gabrielly você está grávida – A expressão de tia Laura não foi a que esperava, raiva, triste, desespero, não, ela apenas assentiu como se aquilo fosse uma confirmação.

— De quantos meses? – perguntou muito calma, já estava ficando preocupada se soubesse que seria assim não estaria passando por tudo isso.

— Está chegando aos quatro meses, por isso os sintomas os primeiros meses são os piores mas ou decorrer do tempo o corpo vai acostumado – ela assentiu e eu só observava.

— E o bebê? – Tive que perguntar querendo ou não, isso que estava crescendo em meu ventre seria meu... "Filho".

Pelo o visto está ótimo, só não podemos falar muita coisa por que está com poucos meses de gestação, mas ao decorrer do tempo você irá ter que passar por exames e vai ficar sabendo de tudo certinho. – assenti

— Então, meus parabéns!  – Ele me cumprimentou
— Em alguns minutos a enfermeira irá passar para te dar alta e recomendar alguns remédios, uma boa noite para vocês. — Saiu do quarto me deixando com tia Laura

— Já sabia? – apenas assentiu
— Como?

— Não sou burra Any, eu te conheço muito bem para notar a sua mudança de comportamento, o que me irrita não é o fato de está grávida, isso é o de menos – Tombei a cabeça para trás
— Me irrita o fato de não confiar em mim — suspirei, eu nem pensei nisso.

— Eu confio em você tia, mas foi o medo, medo de te deixar decepcionada, de te deixar magoada comigo, também não faz tanto tempo que estava desconfiado, e descobri isso hoje ainda – Desviei o olhar para o chão, ela levantou em minha direção e segurou minhas mãos

— Olha pra mim! – Ela ordenou com a voz firme e eu a olhei, claro
— A partir de hoje any Gabrielly você vai me contar tudo que for preciso sem medo, está me escutando Gabrielly? – concordei — Está mesmo Gabrielly? – Sorri e concordei novamente e ela me abraçou.
— Eu te amo e nunca seria capaz de tomar uma decisão que te prejudicaria meu amor, eu só preciso da sua confiança.

Ela continuava me abraçando forte

— Agora me dica uma coisa Gabrielly, quem é o pai dessa criança?

Puta merda

Nessa hora lá em baixo não passava um fio, mas para minha sorte, a linda e maravilhosa enfermeira que aparentava ser asiática dos cabelos ruivos e que parecia ter um metro e meio de altura, entrou no quarto com vários papéis que séria as receitas dos remédios que deveria tomar diariamente

lascada

Lá tinha remédio de todo tipo, remédios para enjôos, tonturas, calmantes, incluído vários tipos de chás que nunca tinha visto na vida.

Depois de ter recebido alta, tia Laura tratou de passar na farmácia com urgência, comprando o necessário e o desnecessário para mim

E após isso finalmente chegamos em casa, já estávamos na madrugada e tudo que eu queria era um banho bem quente para esquecer todos esses problemas, mais não foi bem isso que aconteceu, tia Laura voltou a insistir na conversa do hospital e acabei me estressando mais uma vez.


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pregnant with a mobster - Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora