Prólogo

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Natasha Romanoff

Nova York, Estados Unidos era onde eu me encontrava. Está nevando, a temperatura está abaixo de zero, meu bendito cigarro era a única coisa que me esquentava, minhas roupas velhas e o meu cachecol caindo aos pedaços não facilitava o meu caso. Não tenho dinheiro nem pra me alimentar, imagina a honra de comprar roupas novas.

Já começo contado os problemas da minha vida. Meu nome é Natasha Romanoff, tenho 25 anos, sou formada em gastronomia, mas atualmente estou desempregada, e nesse momento estou entregando currículos pelo centro da cidade ou tentando entregar.

- Eu não posso aceitar - Disse o homem alto, com um terno caro, com uma pinta de galanteador e um sorriso branco, digno de comercial de creme dental, parece um ator de cinema. Esse rapaz é dono da cafeteria que ele ao menos me deixou entrar. Viu pelas paredes de vidro que eu estava chegando, então logo abriu a porta antes de mim e perguntou o que eu queria. Muita ousadia minha querer trabalhar em um local na times square, esse lugar são três do meu apartamento.

- Por favor, ao menos dê uma olhada, eu sou formada em gastronomia - Ele riu, não era a primeira e nem a última vez que riram quando eu digo que sou formada. Os olhares discriminatórios caem sobre mim como uma facada no peito, só queria uma chance de provar que sirvo pra alguma coisa.

- E eu sou um mendigo - Ele falou em deboche e ironia. O rapaz saiu de dentro da cafeteria, colocou suas mãos no bolso e me encarou com um ar de superioridade - Escute-me, eu não estou nenhum pouco afim de dar esmolas, eu não faço caridade, então vá pedir pra outra pessoa, vá em outro lugar, porque sendo sincero...Aqui todos são melhores que você, e aqui eles não tem pena de ninguém, eu não tenho. Então dê o fora daqui logo.

- Você não quer nem da uma olhada no meu currículo? Você tem idéia de quantos quilômetros eu tive que percorrer pra vir até aqui?

- Não me importa! É muita audácia você vir aqui me pedir emprego, isso não é uma caridade, eu não dou comida de graça, com roupas assim e esse cabelo tão mal hidratado vai acabar espantando os meus clientes, você está suja e mau vestida, se olhou no espelho hoje ou nem pra isso tem condições? - Fiquei muda - Pra mostrar que não sou tão mal vou lhe dar um agradinho - Ele bateu no vidro chamando a atenção de uma funcionária que logo veio ao seu encontro, ela também estava bem vestida, e olha que aquela roupa era do trabalho.

- Sim?

- Liza, traga café, café preto, o mais simples, traga em um copo descartável pra mim, nada do copo da cafeteria. Essa garota aqui não conseguiria pagar nem pelo copo - Ela entrou na cafeteria e depois de alguns segundos ela voltou com o café em suas mãos - Pegue, já vou pro céu depois dessa caridade - Peguei o café da sua mão, ele tinha um cheiro tão bom, faz tantos dias que não bebo café, estou a mercer disso já que sou fumante, precisava tanto disso, sou tão viciada em café e por alguns dias ele foi a única coisa que me manteve e pé, a única coisa que teve no meu estômago, e agora faz dois dias que eu não como nada.

- Eu não preciso de caridade, eu posso passar por necessidades, mas não me humilho diante de ninguém - Joguei aquele café preto e quente no seu terno caro, fazendo o mesmo ir pra trás pelo susto que levou.

- Você ficou louca! - O terno realmente deveria ter sido caro, ja que seus olhos estavam arregalados e o jovem rapaz pálido chegava a tremer.

- Não, eu não estou louca, quem está louco é você que acha que Deus vai permitir uma pessoa como você na mesma casa que ele, eu espero que o diabo tenha pena da sua alma - Caminhei pra sair dali mas antes me virei encarando o rapaz que ainda tentava limpar seu terno - Liza é uma boa garota - Ele me olhou - Tem menos de dezoito, você poderia ser preso, será que a sua esposa sabe disso? - Reparei o jeito que ele olhou para aquela pobre moça que já estava caindo de amores por esse ser humano se é que devo chamar ele assim

False - Wantasha (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora