Capítulo 7

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Park Jimin:

Não sei o que eu esperava, mas na manhã seguinte, quando rolei na cama gigante, August não estava mais lá. O amassado dos lençóis de algodão egípcio era a única prova de que ele tinha estado lá. Ele era uma boa companhia para dormir. Silencioso e fiel à sua promessa, não tentou fazer nada comigo.

Eu me espreguiço e fico rolando na cama. No banheiro imponente fico em dúvida se tomo um banho, estou louca para usar aquele banheiro luxuoso com aquela ducha gigante, mas resolvo ser rápida caso August esteja esperando por mim no andar de baixo.

Depois de arrumar meus cabelos em frente ao espelho, desço as escadas à procura de café.

A casa está totalmente silenciosa. Enquanto passo pelos quartos a caminho da cozinha sinto como se estivesse em um museu.

August está sentado à mesa, inclinado sobre seu iPad com uma xícara fumegante de café expresso ao seu lado.

Bom dia — digo.

Seus olhos encontram os meus, sua boca virada para baixo forma uma carranca. Sinto como se estivesse interrompendo-o. Ele faz mais algumas coisas no tablete e então olha para mim de novo, parecendo distante.

Bom dia.

Tem café aí?

Ele me disse para ficar à vontade, e por isso eu estava tentando lutar contra a sensação de que eu deveria ficar escondida em um canto da casa e parar de interrompê-lo. Ele inclina a cabeça para o aparato de aço inoxidável instalado em uma parede.

Não tem uma garrafa de café ali. Até onde eu sei, aquilo até poderia ser uma máquina do tempo.

Minhas funcionárias, a empregada e a cozinheira, já sabem da sua presença. Elas acham que você é uma amiga que está passando uns dias aqui comigo. Então, se precisar de alguma coisa, é só pedir. Emma é a minha preferida. Pode confiar nela, tá?

Balanço a cabeça.

E qual é a história? Sobre como eu conheço você.

Ele franze a testa ao pensar nisso.

Você é a irmã mais nova de um amigo meu da faculdade. Você está em Los Angeles para tentar a carreira de modelo e eu ofereci para você ficar aqui em casa até arrumar um emprego. Que tal?

Modelo? Eu? Olho para o meu corpo. Eu não tenho altura e nem sou magra o suficiente para ser uma modelo. — Vamos pelo menos inventar uma história na qual as pessoas possam acreditar.

Sim. Modelo. E as pessoas vão acreditar.

Mordo meu lábio inferior, internalizando essa informação sobre a maneira como ele me vê.

Tudo bem.

Tanto faz.

E esse meu irmão tem um nome?

Ele pensa a respeito.

Anthony.

Eu não sou italiana.

Tá bom, John.

E em que faculdade o John e você estudaram?

Harvard? — ele diz sem piscar os olhos.

Uau. Impressionante. Acho que agora a casa de milhões de dólares em frente à praia de Malibu e as duas empresas que ele administra fazem sentido. Ele fez uma faculdade de ponta. Ele é inteligente, poderoso e sensual. Tudo isso junto e temos uma combinação letal.

Sweet Lie! (Yoonmin)Onde histórias criam vida. Descubra agora