Apaixonado?

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"Estava feliz em saber que a pessoa por quem se apaixonou aceitou lhe dar uma chance. Sentou na cama e o abraçou apertado, ouvindo a gargalhada gostosa do outro e gargalhando junto. Estavam felizes, mas mais do que nunca, conectados."


(...)

Alguns meses depois.

Por uns meses, Jungwoo tinha um sentimento estranho dentro de si, como se faltasse algo. Sentiu-se incompleto. Tentou preencher com jóias, roupas, e perfumes caros, mas nada enchia o que sentia. Lucas fazia coisas românticas como um jantar a luz de velas, entregava rosas em sua sala, ou bilhetes bobos dizendo o quanto ama o Kim. Essas ações simples fizeram um sorriso bobo brotar em seus lábios. Sem perceber já estava apaixonado pelo Wong e esse sentimento brotava tímido. Nesse momento lia um pequeno post it deixado na estante ao lado da cama que dividia com seu esposo.

"Nunca me cansarei de seus lábios, pois é como se estivesse os provando pela primeira vez.

Xoxo do seu Lulu."


- E esse sorriso bobo que há muito tempo não via. – Kibum se fazia presente no cômodo.

- Lucas deixou uma mensagem nessa folha de papel.

- Que fofo. Você é um homem de sorte, meu filho. Lucas te ama muito. Espero que esteja retribuindo a altura.

Jungwoo pensou um pouco com o que seu pai disse sobre retribuir ao Wong tudo e fechou um pouco a cara. Sentia algo estranho em seu peito toda vez que lembra de todo o carinho e amor que era depositado em si.


- Eu... Eu vou me vestir e ir trabalhar. Mais tarde nos falamos – pegou sua carteira e saiu para o seu carro. Kibum estranhou o comportamento de seu filho ao se referir ao que ele sente pelo seu genro.

Enquanto dirigia, Jungwoo tinha a mente confusa pois disse para si que jamais envolveria sentimentos nisso e sim focar em tudo que sempre quis. ~ Eu amo o dinheiro. Eu amo o dinheiro. ~ Repetiu como um mantra. Se perdeu em sua mente por minutos e quando voltou a si, pisou no freio bruscamente e quase se chocando em um outro carro. Gritou assustado com a quase tragédia que ia acontecer. A outra pessoa sai do carro e vem tirar satisfação com o Kim.

- Você está louco? Está querendo me matar ou o que? Cancela a porcaria da tua carteira de motorista! – gritou uma jovem, batendo no vidro do carro do Kim. Esse que abre a janela.

- Desculpa moça, eu não queria... Eu... Juro eu não queria machucar você. – Gaguejou ainda assustado.

- Se quiser morrer morra, mas não me leve junto. – E voltou para seu veículo.

O loiro respira fundo para se recompor e volta a dirigir até a fábrica.

(...)

Já em sua sala, organizava os documentos e via que as finanças não iam nada bem e que a fábrica vinha de alguns prejuízos por conta de fornecimento. Estava preocupado com o que isso possa significar. Pegou algumas folhas e foi até a sala de seu esposo.

- Lucas eu preciso... – foi interrompido por uma segunda pessoa ao lado do Wong, e reconheceu quem era. A moça do acidente.

- Jungwoo essa é Song Yuqi, ela é uma investidora autônoma e veio falar de negócios. – Apresentou o Wong.

- Você! – disse os dois, fazendo o moreno olhar confusão.

- Vocês se conhecem?

- Ele quase bateu meu carro mais cedo. – disse suave a moça de fios castanhos.

- Eu não quis bater seu carro. Eu tive um mal-estar dirigindo e quando percebi eu quase batia meu carro contra o seu. E eu já me desculpei.

- Amor, se não estiver se sentindo bem, você pode ir para casa. Eu te deixo. – Sugeriu o moreno.

- Está tudo bem, já passou. Quando terminar sua pequena reunião eu volto. Precisamos conversar sobre os negócios também. – pediu licença e saiu.

Ficou na porta esperando até a moça sair da sala. Sentiu um incômodo grande ao ver ela. Algo como ameaça. Sabia que Yukhei era muito bonito e poderia atrair qualquer um. Viu a moça sair do cômodo, e trocaram olhares nada agradáveis até perdê-la de vista. Entrou outra vez na sala do Wong.

- Trouxe o balanço das finanças e os resultados são nada agradáveis. Prejuízo de 40% esse mês, comparado ao mês passado. Isso é péssimo! – deixou os papéis sobre a mesa.

- Estamos passando por uma crise de fornecimento. Três filiais importantíssimas fecharam por conta de brigas diplomáticas que afetam empresas e estão gerando esse prejuízo e uma outra ameaça fechar. – O Wong respira fundo. – Estou com medo do que possa acontecer.

- Não pense nisso, amor. Vai dar tudo certo, confia. – Deu um sorriso e se aproxima do moreno.

- Sei que não é momento de fazer isso, mas sabia que você está lindo e cheiroso hoje? – O abraça e cheira o pescoço alheio vendo se arrepiar.

- Estamos trabalhando. – respondeu suspirando de leve. – Eu não gostei dessa sua fornecedora, ela tem cara de safada e pode dar em cima de você. Um homão gostoso desses só pode ser meu.

- Está com ciúmes, Kim Jungwoo? Pois saiba que esse homão gostoso te pertence. – Gargalhou.

Jungwoo tremeu com o que o moreno disse. Seria mesmo ciúmes, ou sentiu a ameaça de alguém tirar tudo o que é seu? Essa pergunta ficou martelando em sua mente até voltar em si.

- Você 'tá bem? O que tanto pensa? – perguntou o moreno que foi surpreendido pelo Kim com um beijo necessitado.

Lucas sorriu, antes de se entregar e colocar todo o sentimento que sentia pelo seu loirinho. Sem perceber, Jungwoo copiava aquele mesmo sentimento naquele ósculo. Entregaram-se aquele sentimento por longos minutos até findar com vários selinhos e o Wong o abraçar de novo. O Kim se assusta com tal novidade que seu coração finalmente fez questão de gritar.

~ Minha razão e meu coração vão entrar em conflito agora, e a única certeza é que estou ferrado. Muito ferrado. ~ pensou.


Estava apaixonado por Wong Yukhei.

Estava muito apaixonado por Wong Yukhei.











Continua...

Desejos e ambições de Kim JungwooOnde histórias criam vida. Descubra agora