1- uma vida normal

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Mais uma semana se iniciava na casa dos Bart's. O sol raiava esplêndido  nas janelas da casa de dois andares, sendo a parte de baixo uma pequena padaria.

Hoje Ana ajudaria seu pai a atender,o que era de costume nas segundas.

-Bom dia papai_ diz Ana descendo as escadas com um rosto inchado de dormir.

-Bom dia! Que belo dia, não acha?_ Diz seu pai colocando o avental.

-... Não sei, não consigo pensar direito.

- Para admirar o dia não precisa pensar, pequena. Apenas observe.

- Não consigo,meus olhos querem se fechar.

Ana se arruma, colocando o avental. Ah,claro, depois de passar 15 minutos arrumando o cabelo rebelde e lavando o rosto.

Ana é uma garota de cabelos castanhos e bem rebeldes; que vão até a cintura; olhos verdes escuros e pele levemente bronzeada.

Já era hora de abrir a padaria. A mãe de Ana estava terminando de organizar as mesas.

-Ana,por favor,abra as portas, está na hora _ diz a senhora.

Ana abre as portas,e como todos os dias muitos clientes passam por ali. Até às 18:00 horas a padaria fica aberta,e está sempre movimentada.

Foi bem exaustivo o dia. Todos trabalharam bastante atendendo clientes.

- Hora de fechar_ Grita Shin,pai de Ana.

- Estou indo _ Ana deixa o que está fazendo e vai em direção as portas. Mas inesperadamente aparece um novo cliente.

- Oh,me desculpe,mas estamos fechando.

-...Me perdoe, não tive tempo de passar aqui pela manhã. Serei rápido.

Ana olha para seu pai,que faz um movimento positivo para ela.
Então o homem entra. Uma figura alta e muito forte com cabelos longos e claros. Ele possuí uma feição séria.

-Então senhor,o que deseja?_ pergunta Shin.

- Eu não quero nada de comida aqui._ reponde o homem.

- O que... _ confuso, Shin fica sem entender.

-Meu nome é Silva Zoldyck._ diz o homem puxando uma cadeira e se sentando em uma das mesas.

-Z-Zoldyck?... Shin estava paralisado.

Os Zoldyck eram uma família famosa de assassinos. Conhecidos por seus atos cruéis por dinheiro. Todos os membros daquela família eram ensinados desde cedo a matar.
Mas o que ele queria alí? Era o que se perguntava Shin... Logo ele teria sua resposta.

- Eu vim aqui com um único propósito._ Silva diz calmamente com braços cruzados acima do peito.

- E qual seria?...Shin, impaciente com a situação pergunta.

- A sua filha_ Diz ele sem arrodeios.

-Eu?_ Ana pergunta com o rosto em pânico.

Silva suspira antes voltar a falar.

- Meu filho mais velho precisa de uma esposa. Eu ando observando a um tempo todas as moças desta cidade. A sua filha tem um padrão cujo eu busco. Ela tem algo poderoso,que se encaixaria perfeitamente com o sangue Zoldyck.

-Mas ela só tem 15 anos _ diz Shin.

-Eu não disse que seria agora. _ reponde Silva.

- E se ela não quiser? Você não pode obriga-la. _ Indaga o homem.

O outro senhor fecha os olhos e em seguida uma energia pesada toma conta de todo o ambiente, fazendo todos ficarem imóveis.

- Eu não vim pedir nada,estou avisando. Além de que isso seria muito bom para ela. 3 anos é o prazo que ela tem. Depois eu irei vir buscá-la.

Ana prestava atenção nas palavras do homem. Sua feição mostrava medo.

Silva,ao perceber o estado da menina, procura palavras em sua mente para consola-la .

- Por favor não tenha medo. Não tenho a intenção de machucar você,eu apenas quero que você seja.... minha nora.

Ana se surpreende com as palavras de consolo,ou tentativas.

-Seu filho,ele é um dos nossos clientes? _ pergunta a garota.

- Não,ele jamais veio aqui. _responde o homem.

-Então é um casamento às cegas?_ Ana Indaga.

-... Tecnicamente sim. _ Silva.

-E se eu negar?_ Anna.

- Eu já disse. Não é um pedido, é um comunicado. E se caso você ainda negar,levarei você e essa padaria a falência.

- Eu?A falência?

- Sim, falência.

- Tóxico. _ retruca Ana cruzando os braços.

Silva da um sorriso soprado.

- Eu aceito. _ Diz Ana.

- Filha?_ Shin parece não acreditar nas palavras de sua filha.

- Sim papai. Eu não quero que algo aconteça a padaria,e outra, isso também seria algo a acrescentar na minha vida.

- Acrescentar? Filha você vai se casar com alguém que nunca viu.

- Eu sei papai,mas talvez seja melhor do que passar o resto da minha vida trabalhando em uma padaria.

Nesse momento o pai de Ana se calou, apenas sentia seu coração pesado e aflito pela filha.

- Bom,daqui 3 anos nesta mesma data eu volto. _ Dito isso Silva some completamente.

Tudo ficou silencioso,a mãe de Ana, Margie, apenas observava tudo com uma naturalidade que assustava Ana.

- Papai..

- Por favor,me deixe descansar um pouco. Amanhã nos falamos.

Ele sai em direção aos fundos da casa.

- Mamãe...?_ diz Ana aflita.

-Sim?_ responde.

- Por que a senhora agiu com tanta naturalidade?

- ...Filha,eu tenho algo para te contar. Mas antes,por favor, vá tomar um banho e tente se acalmar. _ disse a mãe com um olhar preocupado.

- Não pode contar antes?

- Não...

- Está bem então.

Ana sai em direção ao seu quarto. A curiosidade caia sobre seus ombros, queria saber do porquê sua mãe está daquele jeito. Suspirou antes de entrar no banho.

𝘼𝙢𝙤𝙧 𝙚𝙣𝙩𝙧𝙚 𝙖𝙜𝙪𝙡𝙝𝙖𝙨 Onde histórias criam vida. Descubra agora