5- banho

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Sem mais enrolação, timidamente Ana tira suas roupas e entra na banheira que foi enchida por kikyo.

A mulher então começa a jogar água por toda a garota, lavando seu cabelo com algo que ela não conhecia.
O banheiro havia ficado completamente em silêncio,e era extremamente constrangedor. Kikyo não falava mais nada, apenas estava concentrada.

O frio tomava conta da jovem moça. Com a demora de kikyo,Ana tomou como conclusão que aquilo não era uma simples "gentileza". Ela estava a examinando talvez. Estava observando sua nova nora,ela estava estudando o corpo da moça. Talvez para ver se estava machucada? A garota não pensou assim,mas ainda era um mistério a gentileza dela; até porquê,quem não suspeitaria de alguém com essa atitude?

Após o demorado banho, já no quarto, kikyo separava a roupa para Ana.
Ela não perguntou sobre as roupas que a garota levara.

(Ana narrando)

Aquela mulher esquisita nem se deu o trabalho de perguntar sobre minhas roupas,mas,ela separou uma coisa para mim. Um vestido negro e longo. Era encantador; seu decote em formato reto e suas mangas longas que cobriam todo o braço. A saia do vestido era levemente armada e descia até a altura dos calcanhar.
Era realmente muito bonito. Algo que nunca usei,nem sequer já tinha visto um igual pessoalmente, apenas em revista. Confesso que isso não faz muito meu estilo,mas creio que isso fassa parte dessa família, porque combina perfeitamente com minha quase sogra.

Ela não parou no vestido. Pegou uma meia rendada branca e colocou nos meus pés. Buscou um sapato de salto grosso todo fechado, obviamente preto e os encaixou nos meus pés..e eles serviram.

_ Com licença,senhora kikyo..

_ Sim? Fale querida.

_ Por que está me arrumando tanto? Eu não entendo...

_ Me foquei tanto em arrumar você que me esqueci de lhe dizer o que vai acontecer. _Ela dá um sorriso e logo retoma seu rosto sério.
_ Hoje você conhecerá seu noivo,meu filho.

_ O que?!

_ Vocês jantarão a sós essa noite.

_ Meu Deus...

_ Não tem o que se preocupar.

_ Posso fazer uma pergunta?

_ Pode.

_ Seu filho,como ele é?...e qual seu nome? Senhor Silva nunca me disse nada sobre ele.

A mulher levanta a cabeça e eu tento encara-lá sem vacilar.

_ Sobre sua personalidade, você o verá, então tire suas conclusões. E a respeito de seu nome... Pergunte a ele!

_ Aah...

Ela termina de me arrumar. Penteia meu cabelo e o deixa solto, passa um leve batom rosa claro nos meus lábios.

_ Está pronta, vamos.

A sigo até uma pequena mesa redonda de madeira perto de um jardim. Havia duas cadeiras,uma de frente para a outra. Em cima da mesa tinha 2 taças de cristais e uma garrafa de vinho. Me sentei em uma das cadeiras e kikyo se retirou.

E o que eu fiz foi esperar, esperar e esperar. Acabei jantando sozinha. Um dos dos mordomos me serviu.

_ Boa noite, senhorita.

_ Boa noite.

_ Vim retirar seu prato.

_ Ah,claro!... Quando ele virá?
O mordomo solta uma risadinha sutil e responde: _ Ele? Ele está aqui antes da senhorita chegar,e está a observando a muito tempo.

Faço cara de surpresa com o que foi dito.

_ Agora,se me dá licença,vou me retirar.

Ele sai com meu prato em uma bandeja e some de vista.

Então quer dizer que ele está aqui,e me observando... Ele é tímido? Está se escondendo de mim? Hahaha.
De repente sinto algo se aproximando pelas minhas costas. Não consigo virar, há algo me prendendo. Sinto chegando mais perto. Uma brisa sutil sopra em meu cabelo o balançando levemente.
Começo a escutar passos. Parece que quer que eu o escute. Os passos se aproximam por detrás, quando em um sopro passa por mim.
Era um homem alto de cabelos grandes e negros; está de costa pra mim, não consigo ver seu rosto.

Ele vira o rosto devagar, quase totalmente,mas deu para ver sua face.
Olhos grandes, negros e profundos. Pele clara e pálida. Possui uma boca pequena.
O homem se endireita e fica de frente para mim.
É bonito, é lindo. Aquele homem é o meu noivo? Não é como eu esperava, ainda bem.

Seus olhos estão focados nos meus,eu provavelmente estou de boca aberta, não esperava isso. Ele é muito intimidante.
Por que não diz nada? Fala alguma coisa? Porra...

_ Quem é você? _ pergunto nervosa,eu sei quem é,mas quero saber dele.

Ele não me responde, apenas me olha.

...

...

_ Illumi.

_ I-Illumi?

O homem olha pro lado e então sai andando.

_ e-ei espera. _ me levanto e tento ir atrás dele,mas infelizmente ele desaparece.

(Narrador)

Naquela noite, quando retornou ao quarto,Ana ainda sentia a sensação da presença daquele homem. Revirava na cama tentando entender tudo,mas nada clareava em sua mente,nada fazia sentido.

O dia amanheceu,a garota foi acordada por um mordomo. "Não deveria ser uma mulher a cumprir esse papel?" Ela se perguntou.

O homem em pé na sua frente era um jovem,no máximo ele teria 20 anos. Um rapaz de cabelos azulados e uma postura impecável. Um semblante sem expressões. Ele também não era muito alto e tinha uma boa aparência; Seus olhos azuis escuros destacavam-se pelo contraste da pele pálida.

_Meu nome é Rowan,serei enquanto estiver nesta casa e fazer parte dessa família seu fiel mordomo.

Ele faz reverência,como se ali estivesse uma princesa. "Eu tenho um mordomo só para mim?" Foi o que ela pensou.

_ Ah... Obrigada,Rowan?!

_hum... A senhoria deve comparecer a mesa assim que terminar de se aprontar, senhora zoldyck está esperando.

_ Claro!

O homem então se retira do quarto,deixando a moça se trocar.

𝘼𝙢𝙤𝙧 𝙚𝙣𝙩𝙧𝙚 𝙖𝙜𝙪𝙡𝙝𝙖𝙨 Onde histórias criam vida. Descubra agora