O despertar trouxe consigo uma sensação confortável e Obito sorriu antes mesmo de abrir os olhos. Ele se atentou aos arredores, sentindo o cheiro de Kakashi no travesseiro e estendeu uma das mãos, encontrando a cama vazia.
— Então você realmente dorme — ele abriu os olhos quando ouviu a voz divertida do outro —, bom dia.
Kakashi estava saindo do banheiro, os cabelos úmidos, a pele branca avermelhada pela água quente e pelos beijos de Obito na noite anterior.
— Bom dia — o Uchiha respondeu sorrindo enquanto o olhava.
Desejou, por um instante, abandonar todos e quaisquer planos que tinham para permanecer naquela bolha gostosa em que tinham se enfiado horas atrás.
— Pensei em tomar café e pegar estrada — Kakashi murmurou —, se a gente sair em uma hora, chegamos no início da noite.
Obito suspirou pesaroso e se levantou preguiçosamente.
— Vou tomar um banho — ele deixou um beijo nos fios úmidos.
— Vou arrumar as minhas coisas — o Hatake disse, surpreso com o gesto afetuoso apesar de tudo.
O vampiro sorriu ao notar sua reação e adentrou o banheiro, encarando a si próprio no espelho apenas para notar as marcas vermelhas em seu torso.
A lembrança de como elas tinham sido feitas lhe provocou um forte arrepio pela coluna e ele respirou fundo.
Enquanto deixava a água quente lavar seu corpo, pensava sobre a noite anterior, sobre as meias declarações, sobre o sexo maravilhoso. Pensava sobre a reflexão que o perseguiu durante o dia todo a respeito da lealdade de Kakashi.
Provavelmente, pensou, estava apaixonado.
Embora não previsse tal acontecimento, não lhe parecia tão surpreendente. Kakashi era magnífico.
E ele ainda pensava nisso quando deixou o quarto com seus pertences em mãos e foi tomar o café da manhã.
Kakashi já esperava por ele, o café em uma mão, o celular em outra e seu olhar subiu até Obito em meio a um sorriso.
— O café é ótimo.
O Uchiha fez uma careta quando experimentou.
— Falta açúcar.
Kakashi arregalou os olhos diante da quantidade de açúcar que ele colocou na bebida.
— Não te faz mal?
— O açúcar? Não — ele soltou um riso satisfeito diante da indignação do outro.
— Privilegiado — o outro resmungou e ambos riram, imergindo em um clima confortável que se estendeu pelas próximas horas.
(...)
— Estamos chegando.
Obito ouviu Kakashi falar, os olhos voltados para o GPS antes de pousarem sobre si.
— É melhor esperarmos até amanhã para atacá-lo — o Uchiha disse —, precisamos ter a certeza de que ele está aqui e garantir que nenhum inocente seja machucado.
— Tem uma pousada aqui perto — Kakashi falou e mostrou o endereço ao outro.
— Perfeito.
O restante da viagem foi feito em silêncio. Obito respondeu às perguntas do Hatake de forma breve e sabia que ele estava estranhando o comportamento. Era inevitável, no entanto. Não se sentia bem.
E sabia a razão.
Quando pediu apenas um quarto para a recepcionista, sentiu o olhar de Kakashi sobre si, mas não disse nada, seguindo até o cômodo com certa pressa e se apoiando na primeira superfície que viu, sentindo tudo girar.
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Encarnado - ObiKaka
Fiksi PenggemarContinuação de Carmesim ... Nas últimas décadas, Obito esteve acostumado a trabalhar sozinho impedindo que outros de sua espécie fizessem vítimas inocentes. Quando conheceu o médico legista, Kakashi Hatake, após um assassinato no Festival Anual de K...