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LEXIE BYERS SEMPRE SE ACHOU UMA ABERRAÇÃO, ela nunca teve amigos antes de se mudar pra North Denver. Ela cresceu sozinha, filha única, sua única companhia foram os livros, ela até aprendeu espanhol pra conseguir ler em espanhol, ela só tinha nove anos e criou uma paixão. Era o que mantinha ela viva, se não fosse isso, ela não aguentaria ser isolada na escola, não aguentaria sussurros que ela sabia que eram falando mal dela "tadinha, não tem amigos", ninguém merece isso. Mas nos livros, sempre tem final feliz, então Lexie virou uma otimista com cada história, ela chorava por personagens fictícios e se apaixonava por cada um, imaginando que um dia sua vida seria emocionante assim.
Quando ela chegou em North Denver, ela não tinha expectativa nenhuma com a escola, ela esperava ser a esquisita de novo. Era um novo mundo e ela só tinha dez anos. Ela lembrava de esbarrar em um menino na escola, ele mostrou pra ela a sala da aula de matemática e sentou na frente dela naquele ano, ele era péssimo em matemática, então ela lembrava de explicar pra ele algumas vezes. Ela nunca disse, mas ela definitivamente se apaixonou por Robin Arellano naquele dia. Ela era uma romântica natural, talvez se apaixonar pelo primeiro garoto que desse atenção pra ela fosse inevitável. Mas mesmo que ela não falasse muito com ele, ela sabia que ele era legal, e ela gostava disso.
Naquele ano ela também errou o caminho de caso cinco vezes até aprender. Em uma dessas vezes ela esbarrou em Alice Hopper no meio da rua, a ruiva estava treinando algo com o skate e caiu, a morena juntou seu skate e a devolveu. Então ela ficou nervosa e começou a tagarelar sobre como tinha acabado de se mudar, que não tinha amigos, que era filha única, que tinha errado o caminho de casa e se perdido a semana inteira. Foi uma bagunça até a ruiva soltar um "Não entendi porra nenhuma" e a morena rir de nervoso. Alice a acompanhou até em casa naquele dia, ouvindo ela falar sem parar. Lexie não sabia que Alice também não tinha amigos, que ela afastava as pessoas naturalmente, como um medo inconsciente, e por isso foi super arredia com Lexie. A morena não desistiu e a esperou no final da rua dela na manhã seguinte. Foi quando ela foi apresentada a Vance Hopper, irmão de Alice. Ambos eram parecidos. Lexie nunca teve irmãos, ela só sabia que gostava da relação de Vance com Alice. E ela insistiu muito, por dias, até finalmente entrar na vida dos dois. Demorou um mês até Alice aceitar ir na casa dela, e Lexie conseguiu arrancar sorrisos dela. Elas se tornaram inseparáveis. E a família da Lexie praticamente adotou os Hopper. Lexie tinha amigos.
E ela passava quase todo o tempo com eles, digamos que em três anos foi fácil pra ela aprender a lidar facilmente com a raiva, estresse, reclamações e mal humor natural de Alice e Vance. Ela sabia que tinha sorte de ter pais amorosos, e esse não era o caso daqueles dois. Ela notou bem rápido, afinal, Alice nunca deixou Lexie ir na casa dela. Provavelmente aquele último dia de verão foi um dia ruim na casa deles. Porque a caminho do fliperama ela notou que Vance estava com mais raiva que o normal, ele sempre piorava quando alguma coisa acontecia em casa.
- Ele ta bem? - Lexie perguntou pra ruiva quando Vance começou a andar na frente.
- Por que não estaria? - A ruiva encarou a amiga.
- Sei lá, chutar uma lixeira cinco vezes até amassar só porque esbarrou nela sem querer não me parece saudável - Disse Lexie, sempre sem pensar, mas óbvia.
- Cuida da sua vida - Alice foi seca e começou a andar mais rápido.
Lexie piscou três vezes e murmurou algo como "Meus amigos, amo meu amigos" enquanto negava com a cabeça. Ela os seguiu até o fliperama, bom não era bem um fliperama, era uma loja que tinha algumas três máquinas de fliperama. Era o lugar que fazia Alice e Vance se desligar dos problemas, e era onde Lexie comprava doces.
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FRIST LOVE; robin arellano
Fanfiction. Lexie Byers sempre teve uma queda por Robin Arellano. e Robin, por sua vez, se sentiu conquistado por sua esquisitice assim que a conheceu. Ela era um raio de sol, e ele precisava de um sol. Mesmo que nada de certo no final, ninguém nunca esquece...