𝐈𝐑𝐑𝐄𝐕𝐄𝐑𝐄𝐍𝐓 ▰ 𝗖𝗢𝗕𝗥𝗔 𝗞𝗔𝗜 (HIATUS)

𝐗𝐈𝐈𝐈, 𝐧𝐞𝐰 𝐠𝐢𝐫𝐥... 𝐚𝐧𝐝 𝐚 𝐛𝐨𝐲

— Vocês tem que entender que o mogadíscio nos anos 90 era um inferno. Os guerrilheiros controlavam grande parte da cidade, Eu e minha equipe fomos chamados para resolver a situação.

— quantos guerrilheiros matou? — perguntou falcão, E a loira apenas observava aquela conversa um pouco entediante enquanto se alongava junto com Miguel.

— você sabe em quantas formigas já pisou? — perguntou Kreese.

— Nossa, que irado.

— A gente tinha mais armas, e eles mais homens. Olha, Em Ruanda, não é fácil. — o mais velho completou.

— Não quer dizer Somália? — perguntou Miguel, que se levantou junto com a Moskowitz. — mogadíscio é na Somália, Ruanda é em outro país.

Efeitos da velhice, pensou a loira.

— É claro, Somália. — Kreese concordou, depois de encarar Miguel com um olhar não muito agradável. — Eu passei tanto tempo no deserto que tudo aquilo parece igual.

— Atenção! — O sensei apareceu, chamando a atenção dos alunos. — Tô vendo que temos novatos, todo mundo em posição.  — mandou, e assim fizeram. — em fileiras bem organizadas. Vamos ver do que são feitos.

O sensei começou a analisar alguns alunos, andando no meio deles.

— Se acertem, gêmeos ruivos. — se virou para outro cara, que parecia bem mais velho que o resto da turma. — Desculpe mas pais não podem ficar. É uma coisa do seguro.

— E-eu não sou pai. eu tô aqui pra descer a porrada, senhor! — o homem falou.

— eu te conheço de algum lugar? — perguntou o sensei

— Sim, eu sou o cara que te vendeu o espelho. A gente se deu bem, rolou um papo... Sobre bandas de rock.

A Moskowitz analisava seu cabelo enquanto o sensei conversava com aquele cara, e nesse tempo que restava, ela pensou em Robby.

Tudo nessa semana foi Robby, robby, robby keene. Que merda de pensamento constante, nem no dojo ela parava de pensar nesse nome.

— Espero que eu tenha tempo livre hoje. — murmurou, e seu irmão que estava do seu lado, acabou escutando

— vai fazer um dia de princesa? — ele riu, e a a loira o olhou entediada.

— Sim, irmãozinho, vou pintar as unhas, fazer maquiagem, comprar saltos novos... — revirou os olhos, enquanto voltava a pensar em outras coisas.

— Achei que meu último grupo de alunos era patético. — O sensei foi para a frente. — mas se fizeram o que eu mandar, terão a chance de virar lutadores. Mas para isso, Precisam lutar, Então, quem aí tem coragem de enfrentar o campeão?

Lia tossiu, e depois levantou a mão discretamente, Ela sabia que já tinha experiência, não mais que Miguel, mas gostaria de tentar.

— Certo, Loirinha. — o sensei concordou. — vamos fazer assim, quem teria coragem de enfrentar o campeão... e a senhorita Moskowitz?

— Eu tenho. — Duas vozes se fizeram presentes no local, e os alunos deram passagem para revelar as aquelas novas pessoas.

Lia demorou um pouco para notar, mas acabou se surpreendendo depois de seu olhar se colidir com o de um rapaz bem conhecido pela garota.

— Vocês tem, é? — Questionou o sensei.

— Vi a demonstração de vocês no festival. Só vim dar um show, mas será que sabem lutar? — a garota olhou para os demais, com um sorriso no rosto.

— No meu caso, eu achei muito interessante a forma de como vocês lutam karatê, Além do mais, queria ver se os alunos daqui são realmente durões. — disse o garoto ao lado da menina nova.

— Parece um desafio. — O sensei encarou os dois.

— Gostamos de um desafio. —  os dois disseram.

— Senhor Diaz, Senhorita Moskowitz, Mostrem para os dois sabem tudo o que é o cobra kai.

Miguel e Lia se entreolharam, mas logo concordaram com o sensei, indo para o meio do tatame quando viram que os outros deram espaço.

— Sem perguntas, por agora. — James disse, quando viu a Moskowitz se aproximar.

Ela o pegou de surpresa com um soco, mas por incrível que pareça, foi bloqueado pelo garoto. Vendo isso, Lia logo avançou com um chute lateral, mas como o mesmo tinha desviado, A loira sem mais ou sem menos, deu uma cotovelada no rosto, um soco contorno e sem seguida, um Chute para Trás.

— Bom te ver novamente também, James. — Lia sorriu, após ver que o menino caiu no chão.