Capítulo Um

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Slytherin, 2001

O cheiro de chá e bolo cremoso acendeu a fome em Lucius Malfoy assim que ele chegou em casa. Depois de um dia de trabalho, ele passou na floricultura do bairro e comprou o mais lindo vaso de flores que tinha na loja e depois se apossou de um pote de sorvete de morango em uma loja de conveniência que havia do outro lado da rua.

Ele passou pela sala de jantar e encontrou Narcisa enfeitando um pequeno bolo com as flores artificiais de açúcar e mel, enquanto via apenas a cabeça e os cabelos loiros de Draco perto da mãe.

- Perfeito mamãe. - ele dizia. - Vai ser o casamento mais bonito do bairro.

Ele trajava um terno velho e puído e Narcisa com toda a cautela, entregou a bandeja com o bolo.

- Foi ótimo ser auxiliar de confeitaria, Sr. Malfoy. - ela riu.

Draco com todo seu trabalho, levou o bolo pela porta dos fundos, sem olhar para o pai que estava confuso. Narcisa pegou a tigela de chantilly e lambeu o sujo dos dedos, se virando para o marido.

- Ele está casando o Padfoot com a Daphne, nossa vizinha.

- Espero que o bolo seja o suficiente para aquele brutamontes de 50kg que chamamos de mascote.

Narcisa se aproximou do marido e o beijou. Calmamente, escutou um prato caindo e Draco estressado.

- Padfoot, esse bolo era depois da recepção!

Aos 8 anos de idade, Draco gostava de brincar com as garotas do bairro em um tema bastante incomum: Casamento.

Mas ele nunca era o noivo: Sempre era o organizador do casamento. Narcisa já havia percebido esse talento do filho desde que ele brincava com as Barbies das irmãs. Ele mesmo preparava toda a cerimônia com as bonecas. Geralmente, a Barbie sempre se casava com o Max Steel, com o palhaço do berço de Catherina e com os legos de Adhara.

Depois de algum tempo, a jovem Daphne e suas cinco irmãs se mudaram para a vizinhança. Enquanto os amigos de Draco brincavam de bola, Draco preferia tentar entender como funcionava uma banda cerimonial. Geralmente, a banda cerimonial era um rádio com discos antigos de sua mãe e a vitrola velha de seu avô.

Os pano de renda que Narcisa fazia suas roupas, se transformaram em panos de vestidos, as camisas velhas de Lucius, em ternos complexos.

Draco tinha talento para casamentos.

Lucius entregou o pote de sorvete de morango para a esposa e tentou entregar o vaso de flores.

Mas foi interceptado por Draco, que puxou a manga da sua camisa.

- Podemos ficar com esse vaso? A Daphne combina mais com peônias do que com rosas vermelhas.

Lucius com toda paciência, entregou alguns ramos de flores para o filho.

- Obrigado. A recepção está pronta, mamãe. Pode levar o chá.

E ele saiu correndo. Narcisa e Lucius trocaram uma risada.

- Vamos parabenizar os noivos.

Com a bandeja, o sorvete e alguns sanduíches de frango, eles saíram para o jardim, onde encontram Padfoot, o noivo peludo rolando na grama molhada e Daphne, a bela noiva de panos de cetim, tentando roubar um dos biscoitos da mesa que Draco havia montado. Astoria, a irmã mais nova de Daphne era a fotógrafa e munida da Nikon que era seu pai, tirava muitas fotos de tudo o que ela conseguia ver.

- Tivemos um problema com o bolo, mas está tudo certo agora.

A boca cheia de chantilly do cachorro já explicava o que havia acontecido. Mas Draco e sua cautela infantil, conseguiu enfeitar toda a mesa com algumas flores, com a jarra de limonada rosa e o  bolo parcialmente comido.

Lucius se sentou na mesa de piquenique do quintal e viu que Astoria havia tirado uma foto dele.

- Os noivos merecem uma foto dos convidados. - ela e seus cabelos castanhos.

Se servindo de chá e bolo, os "convidados" se deliciaram com os quitutes, enquanto Draco e seu rosto final sorriam lindamente para eles, com a sensação de dever cumprido.

Slytherin, Atualmente.

- Estou nervosa.

Fleur e seu lindo vestido de decote francês estavam à beira de um ataque de pânico. Astoria, que tirava algumas fotos, parou no meio da sessão. 

- Quer que eu chame o Draco?

-Ele vai entrar no meu lugar?

- Por mais que o Bill seja um homem lindo, ele não faz o tipo do Draco. Vou chamá-lo.

Draco estava organizando o último bombom de licor da mesa quando seu rádio apitou.

- Noiva em surto.

- O que aconteceu?

- Acho que ela está à beira de um ataque de nervos.

- Falta dez minutos para ela entrar.

- Eu sei, mas acho que ela vai desmaiar. Ela quer que você entre no lugar dela.

- Não sei se fico bem com um vestido de decote francês. Meus seios são pequenos demais para isso.

- Draco...

- Estou indo.

Atravessou o corredor da enorme mansão que eles alugaram para a cerimônia e entrou no quarto principal da noiva, onde a mesma estava sentada e olhava para o buquê de gardênias e pensava se era o que ela queria.

- Vou ficar velha e ranzinza, posso morrer. Porque ele quer casar comigo?

O bom e velho surto da noiva. Draco havia lidado com três deles na mesma semana,

Fleur era a quinta a dar esse surto.

- Por que ele te ama.

- Não pode amar. Eu sou maluca, eu sou doida. Tomo antidepressivos.

- Isso não é loucura, Fleur . Faz parte de você.

- Bill, ele vai me odiar.

Draco se se sentou ao lado dela.

- Se ele te odiasse, não teria pedido em casamento.

- Mas...

- Fleur, ele te ama. Entenda isso. Você está linda, seu pai está te esperando e Bill está quase vomitando de tão nervoso que ele está.

- Serio?

-Claro. Ele está tão

Mary Me?Onde histórias criam vida. Descubra agora