Mary Me?

Capítulo Cinco

No sábado, Harry acordou cedo para visitar o casarão.

Ee tomou café, malhou e corrigiu o restante dos trabalhos dos universitários e respondeu uma dúzia de e-mails direcionados a ele com lágrimas e choros de alunos desesperados com a nota.

Depois de tudo resolvido, ele desligou o telefone e pegou o carro. Dirigiu pela estrada vazia, as árvores corpulentas e o clima frio tornando a paisagem tão bela quanto ele poderia se lembrar.

Ele parou em uma cafeteria e se abasteceu de um Latte e alguns cookies de chocolate assim que chegou em Slytherin. A chuva o pegou desprevenido antes que ele conseguisse entrar dentro da casa.

Correndo e pulando as poças recém feitas, ele esbarrou em Pansy e uma bandeja de cupcakes.

- Sr. Potter. - ela lhe sorriu, seus dentes brancos e sua roupa de Chef de cozinha impecável e ajeitada. Seus cabelos estavam presos com um lápis e ela havia passado algum gloss labial. Um broche pendia no uniforme completo.

- Pansy. - ele sorriu, tirando os óculos. - Eu tinha uma visita marcada...

- Visita a propriedade, não é? Não se preocupe, Draco está no escritório dele. Estava um caos, porque acabamos de reformar algumas coisas aqui. E ele havia comentado.

Astoria, a fotógrafa com seus cabelos avoados e seu sorriso sapeca apareceram.

- Pansy, qual é! Red Velvet é meu sabor favorito! Oh... Sr. Potter. Chegou bem cedo hoje.

Ele  sabia que tinha chegado cedo. Mas não queria admitir.

Blaise estava certo, Draco estava meio que o atraindo. Fazia um bom tempo que Harry não estava saindo com alguém. Seu último relacionamento foi um desastre de dependência amorosa, mal resolvido e com grandes consequências.

Desde então, Harry não quis arriscar: Queria um relacionamento estável e muito firme, onde que ele pudesse amar intensamente a pessoa e ser retribuído da mesma maneira.

Era só o que ele pedia.

Desviando-se de seus pensamentos, Harry sorriu novamente para as garotas.

- E onde o Draco está?

-X-

Debruçado sobre diversos modelos de vestido de noiva e de números de loja s, Draco digitava e enviava e-mails com uma frequência intensa.

Ele não estava dormindo bem fazia quatro dias. Desde que Tom saiu oficialmente de sua vida, tudo o que ele pensava era se ele um dia encontraria alguém.

Era um pensamento imbecil? Provavelmente, pois ele não tinha tempo para pensar em romances, não naquele momento. Muitas coisas acontecendo em pouco tempo, muitos trabalhos a serem executados.

Mas no dia que eles terminaram, Draco abriu uma garrafa de vodka e se sentou com as fotos que ele guardava em uma caixa debaixo do closet. Ele não bebeu inteira, mas as doses foram suficientes para ele ir trabalhar com uma ressaca horrível e uma dor de estômago terrível.

Tom não lhe dava mais amor, mas ele lhe dava companhia. Sentiria saudades dos abraços de Tom envolta de seu corpo quando eles dormiam juntos ( Nas raras vezes ). Sentiria saudades das mensagens sem nexo dele, mesmo sabendo que tudo aquilo que eles estavam vivendo estava se desmoronando aos poucos e eles não podiam fazer nada, a não ser assistir a queda do relacionamento deles.

Ele desviou seus pensamentos para uma revista de casamento. Na capa, a celebrando o mês do Orgulho LGBTI+, uma das revistas que ele ficou de ler há meses e não leu. Um casamento de dois homens estampados na capa, de maneira tão natural e bela que fez Draco soltar o computador de lado por alguns minutos e apreciar aquela foto.