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O som do aspirador fez Harry arregalar os olhos na direção da bagunça

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O som do aspirador fez Harry arregalar os olhos na direção da bagunça. Jelena tentava limpar a sujeira que fez comendo biscoitos. Romy levantou o pé para não ter o tênis aspirado.

— Preciso de silêncio, e isso prejudica o ar que respiramos.

— É um aspirador especial, você sabe. É próprio para essa sala.

— Coma do lado de fora!

— Não, o calor tem me feito mal.

Romane continuou olhando a pintura que retratava a primavera, feliz por ter horas livres. Não sabia se haveria forças para ficar tantas horas de pé. Fazia um dia que não comia absolutamente nada, só bebia água e andava como se sua vida dependesse disso. Achava que conseguiria ficar mais bonita no vestido.

— Vamos sair mais cedo para deixar Romy no jantar, pois somos bons amigos. – avisou Lena.

— Quer dizer, que eu irei dirigir?

— Nosso uber!

— Não precisa, posso ir sozinha.

— Harry tem carteira de motorista, e um carro alugado! Ele irá nos levar pra qualquer lugar, querendo ou não.

— Você é um monstro. – ele acusou apontando o dedo.

— Me poupe.

Romane levantou-se, ignorando a tontura. Deixou as roupas excessivamente brancas na entrada junto as outras. Não ouviu os amigos perguntando para onde iriam, pois estavam mais ocupados brigando sobre o aspirador.

Durante aquele horário o museu encontrava-se parcialmente vazio. As poucas crianças se divertiam com dinossauros, e casais caminhavam pelas pinturas. Os objetos que retratavam Roma e Grécia ficavam na mesma sessão.

Romy parou perto da figura que a deixava tão atraída. Do outro lado Hermes erguia a mão como se a chamasse para um passeio, mas ela preferia quando Mercúrio a esnobava.

Desabou no banco, ficando entre todos os deuses da mitologia greco-romana, sabendo que alguns olhos vazios a encarava.

Ela era uma mulher de vinte e seis anos, aquela situação era no mínimo ridícula. Um jantar não significava nada. Levar em consideração as palavras maternas que ouviu todos os dias seria tolice, já se recuperou do caos. Mudar por uma pessoa sem importância iria desiquilibrar tudo. Se não fosse forte, desabaria.

Encostou a cabeça na parede.

Esteve ali por muito tempo, ouvindo pessoas irem e virem.

Quando tudo passasse precisaria de terapia intensiva, com alguns medicamentos.

Sorriu minimamente para todos aqueles corpos esbeltos sem vida. Um dia ela também foi muito bonita, digna de toda atenção, até de deuses.

— Romy, temos que ir! – ouviu Jelena.

Don't Stay For MeOnde histórias criam vida. Descubra agora