Última Música: Hotel California [LAWLU COMPLETA]

🎸 8 🎸

==================================
    Prestem atenção moçada: Este capítulo é todo narrado pelo próprio Corazón
    E não é um capítulo feliz.
    Boa leitura!
==================================

-----

Dia: ???
Horário: próximo das
cinco da manhã
Local: Bucareste, Romênia
-----

    Quero ir embora. Quero minha casa, meu sossego e perturbar a vida de adolescente do meu filho. Não posso ir embora agora, estão contando comigo para prender aquele demônio.

    Isso virou uma operação perigosa, sinto vontade de chorar. Essa merda precisa acabar logo, não quero perder o maior evento da vida do Law.

    Já está amanhecendo, está frio, mas não me incomoda, a ansiedade para os novos acontecimentos esquentou meu corpo.

    Esse vai ser meu último cigarro antes de me jogar para os braços da morte, pode ser que depois dessa última ação eu não volte vivo. Mesmo protegido com o colete, nada me garante que uma bala não acerte meu crânio.

    Pode ser exagero, mas escrevi uma carta de despedida para meu filho. Logo ele vai estar com dezoito anos e conseguirá viver sozinho, não sei como ele lidaria com a fase do luto. Rezo para que fique bem sem mim.

    As batidas da porta da cabana, onde estou escondido, me fazem levantar já com a arma na mão. Me aproximo em passos lentos e silenciosos. Todas as janelas estão cobertas por tábuas de madeira e a porta dos fundos também.

    Toques em código Morse... só conheço uma pessoa em específico que tocaria "Brilha, Brilha Estrelinha" em código Morse. Destranquei e abri a porta o mais rápido que conseguiu. A puxei para dentro e lhe abracei.

— Bom dia para você também, Rosi. Também estou feliz em te ver, agora me põe no chão — lhe dei um beijo antes de colocá-la de volta no chão — Ainda não se vestiu... Não temos muito tempo, põe o equipamento. Te espero na van.

    Já está na hora de ir. Visto o equipamento que me foi entregue, o colete a prova de balas, os sapatos e passo meu batom vermelho da sorte, é sempre bom acreditar em uma superstição ou outra. Coloco a arma no coldre e entro na van com outros policiais altamente armados.

    Ela me olha preocupada através do retrovisor, está tão assustada quanto eu. Notei suas mãos tremendo quando chegou, em dois anos de trabalho em dupla, é a primeira vez que a vejo assim.

    O plano é invadir o galpão principal onde meu irmão costuma ficar com os demais. Lá fica a maior concentração do dinheiro e onde costumam receber os compradores. Foi um ótimo negócio escondido, uma pena eu ter investigado tudo desde o início. Fingir ser sócio foi uma ótima sugestão do meu chefe.

    Estou com tanto medo que minhas mãos não param de tremer, ouço dizerem para me acalmar, que tudo vai acabar bem e confiar no plano do Senhor Sengoku. Confio no meu chefe de olhos fechados, porém ele sabe, mais do que todo mundo, com quem estamos lidando e o que Doflamingo é meu.

    O veículo parou e os policiais desceram, fiquei para trás junto dela, vamos entrar por último com os mandados de prisão. Vai ser engraçado ver a cara dele quando descobrir que eu destruí seu pequeno império ilegal.

    Sete da manhã em ponto, hora do show.

    Está um alvoroço lá dentro. Gritos, tiros e barulho de vidros quebrados, que sorte desse lugar bem afastado da cidade. Os helicópteros já começaram a sobrevoar o local, eles não têm para onde correr, parecem baratas tentando fugir do Veneno.