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― Me dê aqui, por favor, o papai precisa do colar dele ― Vegas disse pedindo o colar, Veneza encarou o pai por uns segundo e entregou ― Muito obrigado, filho, você foi muito gentil.

― Eu lembro quando eu era pequeno ― Macau disse sentado no chão próximo a Veneza, estavam os três no chão, Pete havia ido fazer um exame de rotina ― Pai não perguntava ou dizia por favor, ele só puxava da minha mão.

― Às vezes eu tenho uns lapsos de memória bem na hora que vou ser grosseiro com o Veneza, é como se algo me lembrasse "seu pai foi um merda, não seja como ele foi" ― Vegas suspirou ― Eu tento não gritar, não falar "não", não forçar a barra com ele, ser mais calmo… Eu só quero que ele não cresça como eu e você.

― Você está se saindo bem, Vegas.

― Toda a noite eu converso com Pete e ele me diz que eu estou sendo um bom pai e que tem orgulho do que sou, mas eu acho que não cheguei nessa parte ainda, tem coisas que eu preciso melhorar.

― Irmão, Veneza tem uma educação que eu e você não tivemos ― Macau disse olhando para o sobrinho ― E ele é tão feliz, eu fico imaginando quando ele crescer. Eu não lembro da minha infância ter sido feliz, eu não lembro de ter saído para algum passeio com o pai, o máximo foi quando você me levava no parque quando conseguia tempo.

― Entrando nesse assunto de parque, você acha que eu estou privando o Veneza de sair?

― Ele tem dez meses, Vegas ― riu ― Ele não tem para onde ir, mas eu acho que você e Pete deveriam sair mais com ele. Ele precisa conhecer o fora da mansão, vivemos aqui, ele não tem contato com outra criança… Talvez isso seja ruim no futuro.

― Você também não teve contato com outras crianças e está ótimo.

― Vegas, eu não sei lidar com algumas coisas, você também não sabe… Veneza precisa ser diferente da gente, precisa sair, conhecer pessoas, ver pessoas.

― Você está certo ― bufou.

― Ba! Ba! ― Veneza gritou apontando para a bola ― Ba!

― A bola ― Vegas sorriu e pegou a bola ― É a bola, meu filho.

― Ba? ― olhou para o pai.

― Bola, olha pro papai. Se fala bola.

― Bo! ― gritou e Vegas riu.

― E esse aqui? ― Macau pegou o cachorro de pelúcia.

― Au au  ― soltou e Macau arregalou os olhos surpreso.

― Cadê o tio Macau? ― Vegas perguntou e Veneza apontou para Macau ― Esse é o tio Macau, não é? O Macau.

― Ma! ― Veneza gritou apontando para o tio.

― Eu sou o Macau. E eu vou chorar ― Macau disse passando a mão no rosto ― Porra, Vegas.

― Ele está bem mais comunicativo e quer repetir as palavras, agora falar "papai" ele não quer ― negou olhando para Veneza que imitou o pai e balançou a cabeça ― É, você não quer.

― Dizem que quanto mais se quer, mais demorado é ― Macau disse.

― Ah, Pete disse que devemos parar de falar no diminutivo com ele, falar a palavra direito, sabe? Porque às vezes uma palavra já é pequena e colocamos no diminutivo fica maior para ele repetir e por isso demora.

― Como assim?

― Assim, suco, devemos falar suco e não suquinho, porque ele vai demorar pra conseguir falar suquinho. Ou banhozinho, temos que falar banho mesmo que não seja fofo ― deu de ombros ― No começo eu achei besteira do Pete, mas ele viu um vídeo de uma fonoaudióloga que falava sobre isso e me explicou por quase duas horas, aceitei de cansaço.

― Não, você aceitou porque o Pete falou.

― Isso também. O que ele fala é lei.

[...]

Veneza estava muito animado naquela noite, seu papai Pete estava sentado no chão com ele, seu papai Vegas sentado naquela grande coisa que Veneza descobriu com seu tio Macau que se chama sofá.

O sofá era muito grande, mas Veneza estava sentado perto dele e seu papai Vegas sentado nele, então ele poderia subir, não é? Claro que sim, Veneza iria conseguir subir.

Pete estava guardando alguns brinquedos para poder começar a preparar Veneza para dormir, no entanto algo lhe chamou atenção, Veneza estava de pé – já era comum, ele até mesmo havia melhorado no engatinhar, e dava uns passos se apoiando em algo. Mas não foi isso que chamou atenção de Pete, e sim o garoto agarrado ao sofá.


Querido ― Pete chamou baixo e Vegas tirou sua atenção do livro que lia, para olhar o marido ― Olha o Veneza.

Vegas virou e viu o menino segurando no estofado e tentando subir, surpreso ele olhou para o marido.

― A gente ajuda ou…?

― Vamos deixar ele tentar.


Veneza não iria desistir, ele iria subir no sofá! Ele tentou e suas mãozinhas já doíam, ele lembrou dos seus pés, era só empurrar, não era?

Ele se empurrou um pouco para cima e conseguiu subir, mas não virar, ficando preso com a barriga no sofá e os pés para fora, a cabeça quase no encosto do sofá.

― Agora sim ― Pete foi até o filho e o ajudou a sentar no sofá ― Você subiu no sofá, meu amor.


― Vamos comprar um sofá maior amanhã ― Vegas disse e Pete assentiu sorrindo olhando para Veneza que batia palmas pelo seu feito ― Se ele conseguiu subir agora, não quero imaginar se continuarmos com esse sofá até ele completar 1 ano.

Veneza não entendeu, mas ele conseguiu subir no sofá e agora iria fazer isso todos os dias.









No dia seguinte tinha algo estranho, ele não conseguiu subir no sofá, mas ele iria tentar mais vezes até conseguir de novo.




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Gente, só quem já viu criança subindo em cadeira, banco, cama, vai entender a sensação de desespero kkk o Vegas não deixou explícito e nem o Pete, mas existe um desespero por isso a compra de um sofá maior pra ele não tentar subir kkk

Eu só falto morrer vendo meus alunos de 3 anos subir no escorrega kkkk eu sei que é ótimo para eles criarem independência, noção de espaço e a própria coordenação, mas ainda sim bate um medo e desespero.

Até amanhã! Com VegasPete saindo com Veneza.

Fases • mpreg vegaspete•Onde histórias criam vida. Descubra agora